Educação Brasil
Por: Bruna Ramos • 3/5/2015 • Trabalho acadêmico • 2.892 Palavras (12 Páginas) • 353 Visualizações
Reforma e Contrarreforma
O espirito inovador do Renascimento manifestou-se inclusive na religião, com a crítica à estrutura autoritária da Igreja centrada no poder papal. Interessas políticos nacionalistas e de natureza econômica sustentavam os movimentos de ruptura representados pelo luteranismo, pelo calvinismo e pelo anglicanismo.
Embora a Idade Média se caracterizasse pela unidade da fé, esse consenso esteve ameaçado inúmeras vezes: no século xi houve o Cisma Grega, que resultou na separação entre as igrejas Romana e Ortodoxa: no século alv., por ocasião do Grande Gisma, foram eleitos dois papas, um em Avinhão, na França, e outro em Roma. Desde o século Xil, as heresias se disseminaram por toda parte a Europa, quando então foi criada a Inquisição (ou Santo Oficio), como instrumento de combate aos desvio da fé
As causas desses movimentos não eram apenas de natureza religiosa. Ventos novos de rebeldia surgiam nas cidades, que começavam a se liberta dos senhores feudais e das restrições econômicas, como a condenação ao empréstimo a juros feitos pela Igreja, por exemplo. Além disso, a teoria da supremacia da autoridade papal era rejeitada porque o universalismo da Igreja contrariava o nascente ideal do nacionalismo, expresso na formação das monarquias e no fortalecimento do poder dos reis.
A crise maior da igreja, no encanto, deuses no século xvl, com a Reforma Protestante. Contrariando as restrições feitas pelos católicos aos negócios e a condenação ao empréstimo a juros, os protestantes viam no enriquecimento um sinal do favorecimento divino. Lureto recebeu a adesão dos nobres interessados no confisco dos bens do clero e Calvino teve o apoio da rica burguesia Portanto, as divergências não eram apenas religiosas, mas sinalizavam as alterações sociais e econômicas, que mergulharam a Europa em sanguinolentas lutas.
Á expansão da crença protestante, a Igreja Católica desencadeou forte reação, conhecida como Contrarreforma, a fim de recuperar o poder perdido As novas diretrizes tomadas no Concílio de Trento (1545-1563) reafirmaram a supremacia papal e os princípios da fé, além de estimular a criação de seminários, para formar padres. A Inquisição tornou-se mais atuantes, sobre tudo em Portugal e Espanha.
A reforma protestante criticava a igreja medieval e propunha o retorno às origens, pela consulta direta ao texto bíblico, sem a intermediação, estabelecido pela tradição cristã católica. No plano religioso surgiu característica humanista de defesa da personalidade autônoma, que repudiava a hierarquia, para restabelecer o vinculo direto entre Deus e o fiel. Ao dar iguais condições de leitura e interpretação da bíblia a todos, a educação tornou-se importante instrumento para a divulgação da reforma.
A educação proposta pelos protestantes sofreu ainda a influencia de Calvino (1509-1564), teólogo francês que atuou nos seus pais e em Genebra, Suiça.
Reação católica: o colégio do jesuíta
Para combater a expansão do protestantismo a Igreja Católica incentivou a criação de ordens religiosas. Aqui daremos maior atenção ao colégio dos jesuítas devido a influencia que exerceu não só na concepção da escola tradicional europeia como também na formação do brasileiro, embora como veremos, outras ordens tenham dado sua contribuição.
Educação Brasil
De modo geral, podemos dizer no século xlx ainda não havia uma política de educação sistemática e planejada. As mudanças tediam a resolver problemas imediatos, sem encará-los como um todo. Quando a família real chegou ao Brasil, existiam as aulas régias do tempo de Pombal, o que obrigou o rei a criar escolas, sobretudo superiores, a fim de atender às necessidades do momento.
Além das adaptações administrativas necessárias, houve o incremento das atividades culturais, antes inexistentes ou simplesmente proibidas. Essas iniciativas estava de acordo com o movimento iluminista que já amadurecera na Europa.
Transformações culturais e criação de cursos superiores
No período joanino, foram as seguintes as inovações no campo cultural:
- Imprensa Régia (1808): ate então as publicações eram proibidas
- A biblioteca (1810): futura Biblioteca Nacional
- Jardim Botânico do Rio (1810): incentivou os estudos de botânica e zoologia
- Museu Real (1818), depois Museu Nacional.
- Museu cultural francesa (1816): foram convidados artistas franceses que influenciaram a criação da Escola Nacional de Belas Artes. Apesar o valor dessa obra, convém lembrar que a estética estrangeira se firmou à revelia do estilo barroco brasileiro, interrompendo a tradição da arte colonial.
As primeiras medidas a respeito à educação tomadas por D. João vl assim que chegou ao Brasil, em 1808, foram à criação de escolas de nível superior para atender as necessidades do momento, ou seja, formar oficiais do exército e da marinha, engenheiros militares, médicos, e a abertura de cursos especiais de caráter pragmático vamos ver algumas dessas realizações.
- Academia Real da Marinha (1808) e Academia Real Militar (1810): após 1832 foram anexadas, compondo uma instituição de engenharia militar naval e civil; com sucessivas junções e desmembramentos, a Escola Militar organizou-se em 1858 e a escola politécnica em 1874, como instituições que preparam para a carreira militar e formavam engenheiros civis respectivamente.
- Cursos médicos cirúrgicos: que visavam a formar médicos para marinha e exército
- Diversos cursos avulsos e economia, química e agricultura.
Império: três níveis de ensino
Ao examinar os três níveis de ensino períodos do Primeiro e Segundo império, notamos as dificuldades de sistematização dos dois primeiros níveis, por conta dos interesses elitistas da monarquia, que não se importava com a educação da maioria da população ainda predominantemente rural. O ensino secundário também foi conturbado na medida em que se configurava propedêutico, portanto atrelado aos interesses do ingresso nos cursos superiores.
O ensino elementar
A situação era bastante caótica no ensino elementar. Embora o modelo econômico brasileiro predominantemente agrário, tivesse sofrido algumas alterações na segunda metade do século xlx em ração ao incremento do comércio e, e mais para o final, devido ao pequeno modelo não favorecia a demanda da educação, que não era vista como meta prioritária, apesar de grande população rural analfabeta composta sobre tudo de escravos.
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