Ensino de frações via recursos lúdicos no ensino fundamental

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CURSO DE MATEMÁTICA LICENCIATURA EM MATEMÁTICA

LUZIA DE SOUZA

ensino de frações via recursos ludicos no ensino fundamental

RESUMO

Tem-se por tema o ensino de frações e o empirismo na aprendizagem via atividades lúdicas. Motivados pela dificuldade na aprendizagem proporcionada pelo preconceito e pouca familiarização dos números racionais, objetivou-se apresentar recursos lúdicos no combate ao estigma negativo quanto aos números racionais no 7º ano, promovendo o desenvolvimento de mesma natureza e a formação para a cidadania. Os conteúdos em questão são: A metodologia consiste no uso dos recursos lúdicos jogos “pizza das frações” e “frações do dinheiro” associados às aulas expositivas, fazendo uso de materiais reciclados em sua maioria. Os aspectos qualitativos e quantitativos serão considerados na avaliação ao final do projeto. O referencial teórico empregado, fundamenta-se na Teoria Sociocultural de Vygotsky, que estabelece a socialização como meio de internalização da aprendizagem e a ludicidade como promotores da zona de desenvolvimento proximal. Além das obras “A formação social da mente”, “Obras Escogidas” e “Thinking and speech”, autores como Carmo et. al (2017), Fontana & Cruz (1997), Oliveira (2006), Pimentel (2008), Parcianello e Krukoski (2014) contribuíram para o referencial teórico. Almeja-se o desenvolvimento de uma THA que promova satisfação na aprendizagem significativa das frações.

Palavras-chave: Ensino de Frações. Ludicidade. Teoria Sociocultural. Trajetória Hipotética de Aprendizagem.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO        3
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA        4

1. Alfabetização e letramento em matemática        4
2. Abordagem Sociocultural de Levi Vygotsky e as atividades lúdicas        5
3. Ludicidade e o ensino de Frações        7
4. O que é a Trajetória Hipotética de Aprendizagem        8

1. DESENVOLVIMENTO        9
2. CONSIDERAÇÕES FINAIS         11
3. REFERÊNCIAS        13

1. INTRODUÇÃO

O presente estudo tomou por tema a alfabetização e letramento matemático quanto ao ensino dos números racionais no ensino fundamental aplicado aos 7 anos. Sua realização fundamenta-se na ludicidade, de modo empírico via jogos matemáticos.

Seja o brincar e a aprendizagem ainda expressos como conceitos opostos na educação formal no ideário de muitos docentes na contemporaneidade e a defasagem matemática fato observado no cotidiano escolar, justificamos o presente estudo como recurso em prol da redução da pouca aquisição de conhecimentos matemáticos, que por sua vez, fundamentam a aprendizagem gradual de mesma natureza ao longo da vida escolar do educando.

Como a escola além de se local de desenvolvimento do conhecimento das mais diversas áreas, também é local de socialização, que estimulada pelo uso de instrumentos lúdicos, podem contribuir significativamente para a aprendizagem.

A interação social, nos remete a teoria sociocultural vygostyana, teoria na qual o professor mediador é de suma importância, pois conduz o grupo para o aprendizado e socialização, norteando a prática pedagógica durante toda a vida docente.

Desta forma, se estabeleceu como objetivo a aplicação de recursos lúdicos para a alfabetização e letramento matemático no 7º ano, de modo a auxiliar na redução da defasagem matemática juntamente com a aprendizagem gradual rumo a saberes mais complexos. No que diz respeito a ludicidade, seu uso prima pela diversificação da prática pedagógica em prol da efetividade da aprendizagem.

Os conteúdos a serem explorados são: Conceito de Números Racionais, mais especificamente as frações; módulo de um número racional e operações com números racionais. Optou-se por eles, devido a sua relação intrínseca com os números decimais tão empregados no cotidiano e sua grande utilização nas demais áreas do conhecimento. Outro fato significativo para a escolha da temática é a leitura e a escrita de mesma natureza, que constituem recursos na formação processos mentais superiores que aproximem o conhecimento real quanto aos signos numéricos, seus significados e sua aplicação.

Os recursos utilizados serão materiais reciclados (caixas de papelão) e dinheiro de brinquedo, que pode ser adquirido no comércio local ou confeccionado pelos alunos em atividades extra classe a partir de encarte para pintura e recorte. A avaliação será procedida através de exame escrito, contudo considerar-se-á com os aspectos qualitativos e quantitativos, caracterizando uma avaliação formativa.

O referencial teórico empregado, baseia-se na Teoria Sociocultural de Vygotsky, para a qual o jogo propicia a criação de zona de desenvolvimento proximal, sendo a criança instigada a experimentar habilidades ainda não consolidadas, criar modelos operacionais (mentais e metais) mediante o desafio, potencializando as funções em consolidação. Na ludicidade, a imaginação delimita regras, que as preparam tanto para outras etapas de aprendizagem como para o próprio convívio em sociedade.

Além de Vygotsky nas obras “A formação social da mente”, “Obras Escogidas” e “Thinking and speech”, autores Socioculturais como Carmo et. al (2017), Fontana & Cruz (1997), Oliveira (2006) e Pimentel (2008) fundamentaram a revisão bibliográfica. De mesmo modo Parcianello e Krukoski (2014) contribuiu para o referencial quanto a ludicidade empregada no ensino de frações.

Esperamos, portanto, que através da ludicidade os resultados obtidos sejam a aprendizagem dos conceitos que dizem respeito as frações assim como de suas operações, alfabetização matemática, socialização e interação com os objetos de aprendizagem em um processo prazeroso e propício para a interiorização de seus produtos de modo efetivo.

1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. Alfabetização e letramento em matemática

Alfabetização em âmbitos gerais, diz respeito aos processos de leitura, (FERREIRA, 2001) em relação a identificação e uso correto dos signos como as consoantes, vogais, sílabas, textos em seus diversos tipos, dentre outros. Em âmbitos específicos como a matemática, refere-se ao processo de aquisição de uma informação por meio de uma técnica. (FARIAS, 2015, p. 5763)

Segundo Farias (2015, p. 5763) O termo trata-se da compreensão dessa técnica. E nos tocantes matemáticos aborda a aplicação adequadas dessas técnicas nas situações problemas tanto escolares como em ambientes externos a esse.