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Escritas e Leituras na Educação Matemática

Por:   •  3/12/2015  •  Resenha  •  1.607 Palavras (7 Páginas)  •  456 Visualizações

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O artigo “Comunicações e interações sociais nas salas de Matemática” de Carolina Carvalho discute as analises quanto ao progresso dos alunos em trabalhos de forma colaborativa. As interações sociais são processos complexos e dinâmicos, sendo objeto de estudo constante da psicologia. E esta tem demonstrado cada vez mais aliada ao ensino e aprendizagem em sala de aula. Atividades propostas em sala de aula para resolução de problemas no ensino de forma colaborativa propõe aos alunos uma discussão entre eles no desenvolvimento para a solução. Ao colocar esses alunos para trabalharem juntos, a interação com diálogos e a troca de ideias provoca o conflito sócio cognitivo.

Esta forma de construção do conhecimento contribui muito para o progresso dos alunos. A pesquisa fundamentada por experiências de Gilly, Fraise e Roux (1988) divide-se em 4 tipos de co-elaboração:

a) Co-elaboração por consentimento.

Nesta situação entre os alunos A e B, um deles toma de forma passiva a iniciativa do outro para a resolução do problema. Se deixando levar, tomando atitude sempre semelhante com a do parceiro para a resolução do problema.

b) Co-elaboração por construção

Aqui alunos A e B aglutina a ideia do outro em seu raciocínio para a solução do problema, fazendo intervenções se achar necessário. Abrindo assim um campo maior de possibilidade.

c) Co-elaboração por confronto ou desacordo

No caso de dupla, um aluno propõe sua ideia ao qual é rejeitada pelo parceiro. Este por sua vez argumenta reforçando seu motivo inicial.

d) Co-elaboração por confrontos contraditórios

A dupla discorda d opinião do outro. Pode ocorrer a desistência ou a experiência da hipótese de cada um.

Em “O livro didático, o autor e as tendências em Educação Matemática”, o autor Jairo Araújo Lopes faz um caminho pela história do livro didático de matemática, apontando suas mudanças causadas em seu conteúdo por tendências pedagógicas e levantando questões sobre a ideologia em suas páginas.

Crítica o tecnicismo do inicio da educação brasileira e suas formalidades alheias à realidade dos alunos. Logo depois com movimentos e reformas da educação também passou por mudanças. Tentativa de globalizar o conhecimento matemático, a inserção das outras ciências no conteúdo para aproximar o aluno da matéria. Seu conteúdo obteve melhoras ao longo dos anos, tentando se aproximar do contexto vivido pelos alunos. Mas o material apostilado revela a limitação e características da velha escola tradicional. Fato é que apesar das “inovações” e da moda de tendências, o livro didático mesmo assim não deixou de ser protagonista em sala de aula, quando na verdade deveria ser ator coadjuvante do ensino, tendo o professor o papel principal.

“Linguagem matemática, meios de comunicação e Educação Matemática” produzido por Roseli de A. Corrêa. Segundo o artigo a matemática como linguagem universal com sua escrita imutável de signos próprios. Apresenta-se na sociedade através de vários meios de comunicação, além do livro didático do professor. Fazendo parte do mundo do aluno, a linguagem matemática é formadora social, está presente em seu cotidiano, em sua cultura, identificada na mídia, seja TV, rádio etc... E um bom exemplar de recurso didático para o ensino da matemática é o jornal. Sendo um meio de comunicação imediato, o jornal impresso presente na vida do aluno é rico em conteúdo. Abordado dentro de sala de aula, com a leitura orientanda pelo professor, o jornal ajuda o aluno a desmitificar o ensino de matemática. Ao encontrar assuntos interessantes aos alunos, o professor deve apontar naquelas informações os elementos expressivos da linguagem matemática.

Valéria de Carvalho discute em “Linguagem matemática e sociedade: refletindo sobre a ideologia da certeza” o uso social da matemática para além da sala de aula. Como a matemática influencia em nossa vida domestica até as decisões políticas de um país.

De inicio a autora critica o ensino da matemática nas escolas, seu conteúdo restringe ao necessário para formação de mao-de-obra, consequência de parâmetros curriculares voltados para formação de profissionais e não de cidadãos. Mas enfim, o que uma sociedade deve esperar de uma escola? Antes que se responda a essa pergunta é preciso responder outra: mas do que foi formada essa sociedade? A escritora debate um assunto delicado, do que ensina em sala de aula e de como se ensina. Está presente em nossas vidas índices, valores formulas criadas pelo governo em sua maioria incompreensíveis ao resto do povo. A matemática manipulada tornou-se aliada do governo fazendo cada vez mais distante do conhecimento cidadão. É possível uma neutralidade no ensino escolar matemático? Livre de uma ideologia? A única certeza que a escritora afirma é de que é preciso rever o currículo como uma ação pedagógica que realmente prepara o aluno para o mundo, para a sociedade...

Em “Linguagem e comunicação na aula de Matemática”, Vinicius de M. Santos expõe o desafio do ensino da matemática para o professor. De quanto é imprescindível a boa comunicação, seja ela verbal, gestual, gráfica ou simbólica no ensino do conhecimento matemático. Falar a língua materna, argumentar, atribuir significados em sala de aula para a interpretação do aluno. No ensino e aprendizagem da ciência matemática os aspectos linguísticos se desenvolvem paralelamente ao aspecto conceitual na comunicação, consequentemente no aprendizado. Em pesquisa com alunos e até mesmo professores demonstrou-se a dificuldade em “ler o enunciado”, caracterizado por dificuldade de comunicação em sala de aula.

O ensino resulta na compreensão de que aprender é uma forma de socializar o sujeito, se ele não aprende é porque não ocorre uma interação social estabelecida pela comunicação. Que em sala de aula fica somente no discurso, no monologo do professor. A repetição e o uso de uma mesma expressão muita vezes reforçada por livros didáticos desmotiva alunos em sala aula. O autor chama a atenção para a Semiótica que define em seu artigo assim: quando existe correlação em uma expressão de conteúdo e sua representação, a expressão de tal. No ensino da matemática escolar deve se produzir demonstrações

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