Estagio conhecimento fundamental
Trabalho acadêmico: Estagio conhecimento fundamental. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: chaleane • 26/2/2015 • Trabalho acadêmico • 3.999 Palavras (16 Páginas) • 486 Visualizações
INTRODUÇÃO:
O estágio faz-se como um campo de conhecimentos fundamental para o nosso processo formativo. É neste contexto que podemos compreender também nosso papel de reprodutores e/ou transformadores sociais. Nesta construção de modelo de professor que queremos ser, podemos focar a exclusiva reprodução de conhecimento científico ou, além desta reprodução de modelo social, próprio da prática escolar, tomarmos o papel de gerador de transformação social, fazendo com que os alunos reflitam sobre as questões sociais que os envolvem. Esta reflexão também é proporcionada durante o estágio. Corroborando com as reflexões trazidas durantes esta experiência, Pimenta e Lima (2009, p.112) nos dizem que:
A identidade se constrói com base no confronto entre as teorias e as práticas, na análise sistemática das práticas à luz das teorias, na elaboração de teorias, o que permite caracterizar o estágio como um espaço de mediação reflexiva entre a universidade, a escola e a sociedade.
Desta forma, podemos entender a importância desta construção profissional onde se vivencia um confronto entre teoria e prática na busca da construção do sujeito professor, assim como a observação desta relação como enriquecedora para um bem maior que é a própria sociedade que usufrui dos frutos individuais nesta junção do coletivo. Como resultado do estudo em questão, foi proposta a elaboração de um artigo desenvolvido como atividade final da disciplina de Estágio Supervisionado em EJA, que é aqui apresentado. Para tanto foi desenvolvido um estudo bibliográfico no transcorrer da disciplina, organizamos observações em sala com os alunos e as professoras das escolas municipais de Fortaleza-Ce, e planejamos as regências baseadas no cotidiano dos educandos observados. Ao final do estudo e pesquisa, fomos avaliados pela professora da disciplina de estágio supervisionado e pelos educandos da escola analisada.
Metodologia:
Para o andamento da pesquisa a disciplina de estágio foi dividida em quatro momentos que se complementavam embasando assim os alunos que dela participavam. O primeiro momento foi o de conhecermos a escola onde realizaríamos o estágio, para isto observamos as dependências e funcionamento da escola, conhecemos seus componentes e, assim, fecharmos os acordos com as professoras sobre o que aconteceria durante o estágio. No segundo momento observamos em grupo a rotina da sala de aula, para que o pudéssemos nos familiarizar com os alunos, conhecendo as práticas pedagógicas dos professores e os conteúdos que estavam sendo trabalhados por eles naquele momento. Para o terceiro momento dividiu-se este em dois pontos, um que consistia na e elaboração do planejamento e outros que tratava de sua execução em sala de aula. Este último ponto foi observado pela professora da disciplina de estágio para efeito de acompanhamento e avaliação. No quarto momento aconteceu uma avaliação em formato de roda de conversa realizado pela turma e professores da escola pesquisada de como foi conviver com os estagiários da UFC em sala de aula. Desta forma, tivemos assim, uma experiência com uma visão geral de como seriam preparadas nossas regências, observando principalmente nas salas da EJA o olhar sobre a visão de mundo dos alunos.
OBSERVAÇÃO E INTERAÇÃO:
As observações interações ocorram durante o período noturno. A primeira aula observada foi a de Língua Portuguesa da professora I. Esta aplicou um exercício de português que consistia em completar o texto “O homem que aprendeu a ler o mundo” com as palavras ditadas pela professora no singular e escritas pelos alunos no plural. A professora corrigiu a atividade escrevendo na lousa as palavras corretas. Após a correção e releitura do texto, propôs uma reflexão com os alunos sobre a mensagem contida no texto, o que rendeu inúmeras colocações. Posterior à aula de Português, ocorreu a de Matemática com a professora E. Ela fez uma exposição do assunto: fração, utilizando uma pizza de E.V.A. colada na lousa, apenas representando cada fatia com um número fracionário sem dar significado a ele. Em seguida, entregou material com os exercícios para serem resolvidos pelos alunos. Porém, observamos que, havia necessidade de maior esclarecimento sobre o assunto da aula. Segundo relato da professora I, os alunos não gostam muito de atividades artístico-lúdicas ou relacionadas com algum filme, eles preferem estudar os conteúdos das disciplinas, perece mais prático. Isso foi fundamental para a elaboração do nosso planejamento, pois procuramos desenvolver atividades relacionadas e aplicadas no cotidiano do aluno, mas de forma leve, que não se tornassem cansativas ou enfadonhas. Portanto, decidimos retomar, em Matemática, o conteúdo fração; e em Português desenvolver atividades sobre ortografia, como proposta levando-se em conta uma leitura crítica. No quarto dia de observações, assistimos à aula de História, do professor R, que trabalhou um texto. Inicialmente o professor propôs uma leitura silenciosa e posteriormente uma leitura oral onde foram realizadas algumas intervenções do professor para explicar alguns termos que geraram dúvidas. Neste momento o professor fez explanações sobre alguns dos principais assuntos observados neste texto: tecnologia, trabalho assalariado e emigrantes. Durante a leitura oral, observamos a necessidade de dar atenção mais uniforme a todos os alunos. Por algumas vezes, a aula nos pareceu estar sendo improvisada, aparentando uma falta de planejamento.
Dando sequência à aula, o professor solicitou que os alunos grifassem no texto as palavras que não conheciam o significado para que fossem buscá-las no dicionário. Nós nos dispomos a ajudar e o professor aceitou. À medida que íamos auxiliando os alunos percebemos que parte deles não sabia utilizar este instrumento. Não houve oportunidade de dar continuidade à atividade e assim, encerrou-se a atividade proposta. Desta forma, Freire (1978, p. 68 ):
A prática de pensar a prática é a melhor maneira de aprender a pensar certo. O pensamento que ilumina a prática é por ela iluminada tal como a prática que ilumina o pensamento é por ele iluminado (FREIRE, 1978).
Desta forma, Freire (1978), nos fala que a prática de pensar consiste na melhor forma de aprender a pensar reflexivamente, assim, o pensamento acaba por iluminar a prática e desta forma também acontece inversamente, ou seja, a prática também ilumina a forma de pensar. Então, percebemos que este período de observação é de fundamental importância para que seja realizada uma dialética entre a prática e a teoria a fim de construir uma nova prática. Assim sendo,
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