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Estagio supervisionado educação em espaços não escolares.

Por:   •  11/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.702 Palavras (7 Páginas)  •  1.563 Visualizações

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PROJETO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E EDUCAÇÃO EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES.

Participantes: Ana Paula Delgado Corrêa, Geisiely de Souza Ronssoni, Mariana Monteiro, Maristela Machado Tibúrcio e Silvia Raquel Rocha.

Título do Projeto: Educação em Tempo Integral.

Escolha do tema

Atualmente percebe-se que a escola que realiza seu atendimento em tempo integral (ETI), contribuem diretamente para a formação do sujeito social, pois no “contra turno” estas instituições oferecem possibilidades de socialização deste individuo, seja em forma de oficinas, esportes e outras maneiras de socializar a educação multidisciplinar. Por esta razão, percebeu-se a necessidade de aprofundar o tema, e tentar sucintamente discutir os benefícios para a formação social do aluno enquanto sujeito em desenvolvimento.

Formulação do problema.

Pode-se dizer que o atendimento em tempo integral é um problema social, uma necessidade que demanda atenção das partes responsáveis. Pois quando o aluno esta realizando suas atividades em ambiente escolar – no contra turno, ele deixa de estar exposto a riscos na rua, a margem da vulnerabilidade. Uma escola que oferece este trabalho, além de proporcionar ao aluno uma expansão (muitas vezes pratica) do conhecimento – indo além dos planos e currículos, ao mesmo tempo que o inclui, no momento em que este participa de dinâmicas, conversar em grupo, danças, teatros, etc.

Justificativa

Esta pesquisa tem o objetivo de confrontar realidades. Tendo embasamento teórico sobre o funcionamento de escolas regulares, com ensino vespertino e matutino. Objetivando uma breve comparação e avaliação das percas que o aluno sofre tendo somente um período de atividades. O grupo escolheu acompanhar o laboratório de karatê, visto que é uma arte marcial cuja ainda se encontra marginalizada socialmente, tendo como objetivo mostrar a importância desta relação entre professor e aluno, aluno e colegas, sujeito e esporte.

Determinação dos objetivos.

Objetivo geral: compreender a educação em tempo integral como instrumento de formação social e mecanismo de proteção ao sujeito.

Objetivos específicos:

  • Observar as relações existentes entre os alunos, bem como a estabelecida pelo professor;
  • Avaliar o interesse por parte dos educandos em participar da oficina;
  • Criar estratégias para ampliar a participação dos alunos, através de dinâmicas diferentes, metodologias que condigam com a realidade dos mesmos;
  • Esquematizar o conhecimento sobre o tema, de forma a trazer este para sua realidade, proporcionando ao aluno a pratica deste fora do ambiente escolar.

Metas

Compreender através de leituras e entrevistas a importância social da Educação em tempo integral.

Observar o relacionamento entre os alunos e também com o professor, a partir das relações que acontecem no interior da escola.

Perceber o interesse dos indivíduos na participação das aulas, caso haja um desinteresse consideravelmente elevado, devemos criar estratégias para apresentar ao professor na intenção de melhorar a participação em dinâmicas condizentes com a sua realidade. Caso não haja desinteresse, apenas caracterizar as metodologias adotadas para o laboratório em questão no tempo integral.

Metodologia

O projeto será realizado na Escola Municipal Professora Dulce Andrade Siqueira Cunha CAIC I, no contra turno escolar denominado Educação em Tempo integral (ETI). Onde serão realizadas uma visita de apresentação, coleta de dados e entrevistas e uma visita de observação da aula desenvolvida no laboratório de karatê.

Cronograma

  • Organização da realização do projeto;
  • Visita na Escola e agendamento da realização do projeto;
  • Apresentação do projeto;
  • Entrevista realizada com o Coordenador e com a Sensei – instrutora;
  • Observação da oficina;
  • Realização do relatório;

Coleta de dados

Leitura do currículo municipal de cascavel para o ETI.

Entrevista com o coordenador pedagógico.

  1. O que é educação em tempo integral?
  2. De que forma são realizados os atendimentos?
  3. Quantos alunos o tempo integral atende?
  4. Quantos e quais laboratórios de atendimento tem o ETI?
  5. Os profissionais que atendem nos laboratórios apresentam que formação? Qual é o vínculo empregatício?
  6. De que forma acontece a avaliação no ETI?

Entrevista com a professora Sensei do laboratório de Karatê.

  1. Como acontecem as aulas de Karatê?
  2. Como acontece a graduação?
  3. Quantas são as graduações? Quais são as cores das faixas?
  4. O karatê oferecido no tempo integral tem caráter formador de atleta? Qual principal?
  5. Quais recursos são utilizados durantes as aulas?
  6. Como acontece a avaliação?

Tabulação e apresentação de dados

  1. A avaliação em tempo integral é um modelo de educação com objetivos de ampliar o universo de experiências artísticas, cientificas e filosóficas. Ampliar a aprendizagem nas diversas áreas do conhecimento por meios de práticas desenvolvidas nos laboratórios. Estender o tempo de permanência do aluno no ambiente escolar com atividades complementares que propiciem o desenvolvimento das relações inter e intrapsicológicas.

  1. Os atendimentos são realizados nos laboratórios, através ws de cronogramas de rotatividades, assegurando não coincidir as metodologias e conteúdo das disciplinas do Currículo para a Rede Pública Municipal de Ensino de Cascavel que possuam o mesmo objetivo de estudo do ensino regular evitando assim, o desgaste físico e psicológico. O atendimento tem duração de 1h 20m em cada laboratório.

  1. 212 alunos
  1. No período da manhã 6 laboratórios sendo estes:

-Laboratório de capoeira

-Coral

-Laboratório de Karatê

-Laboratório de Taekwondo

-Laboratório de música-modalidade flauta

-Laboratório de música-modalidade violão.

No período da tarde 9 laboratórios:

-Laboratório de capoeira

-Coral

-Laboratório de Karatê

-Laboratório de Taekwondo

-Laboratório de música-modalidade flauta

-Laboratório de música-modalidade violão.

-Laboratório de Português

-Laboratório de Matemática

-Laboratório de Artes

  1. Os laboratórios são atendidos por professores terceirizados com formação específica na área de atuação e por estagiários em formação na área de atuação.

  1. A avaliação ocorre de forma diagnostica e é diferenciada de acordo com as especificidades de cada laboratório. Ocorre por intermédio de diversos instrumentos e por meio destes são realizadas as análises pretendidas.

Entrevista com a professora.

  1. No Caic I são ministradas diariamente aulas de Karatê aos alunos do 1º ao 3º ano períodos da manhã e da tarde. De segunda à quinta-feira são ministradas três aulas de Karatê no Laboratório com duração de 1h20. Já na sexta-feira as aulas têm duração de 55 minutos.

  1. Para que os alunos sejam convidados pelo professor a participar do “exame de faixa”, estes devem ter um bom comportamento e boas notas. Em seguida, existe uma programação que deve ser muito bem assimilada por parte do aluno. Em cada graduação inicial existem “katas” (lutas contra adversários imaginários) que devem ser memorizados pelos alunos e algumas técnicas de defesas, socos, chutes e posturas que são realizadas no fundamento básico do Karatê chamado “kihon”. Caso o aluno consiga realizar estas programações com sucesso será convidado a participar do “Exame de faixa” a ser realizado no final do ano na escola. Quando vier a ser aprovado recebe seu certificado e faixa correspondente.

  1. Branca, azul clara, amarela, laranja, azul escura, verde, roxa, marrom e preta. Na preta existem os “dans” que são os graus que pode chegar até o 9º em vida sendo o 10º dan uma graduação póstuma por dedicação em prol da arte.
  1. Não tem caráter formador de atleta. O objetivo do karatê no ensino em tempo integral é a formação do indivíduo como um ser integral desenvolvendo integralmente suas capacidades.
  1. Os recursos vão desde a utilização de músicas para meditação, livros e vídeos de artes marciais e, posteriormente, discussão até o uso de cones grandes, cones pequenos, cordas, colchões, macarrões de piscina, bola, manópolas, “makiwaras”(madeiras para aplicação de golpes – utilizadas de várias formas nas aulas), aparadores, sacos de pancadas, raquetes, coletes de luta da modalidade, “orientadores de lateralidade” (desenvolvidos em E.V.A. em cores distintas para ajuda-los a distinguir esquerda e direita).
  1. O “Exame de faixa” citado na questão 2 trata-se de uma formalização técnica da arte. Entretanto, há avaliações durante as aulas para saber se o aluno está preparado ou não para prestar esse teste. Adotei para as minhas aulas um boletim para poder controlar melhor este desenvolvimento técnico. Também realizo uma avaliação do desenvolvimento motor do aluno por meio do protocolo de Gallahue onde consigo analisar o estágio do desenvolvimento do aluno em várias habilidades como: salto, desvio, salto horizontal, salto vertical, equilíbrio dinâmico, equilíbrio estático, rolamento, etc.

Analise, avaliação e discussão dos resultados.

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