Estrutura do Parecer Psicopedagógico a Ser Escrito: CASE 2
Por: Martahelen • 1/3/2020 • Relatório de pesquisa • 3.268 Palavras (14 Páginas) • 237 Visualizações
Estrutura do Parecer Psicopedagógico a ser escrito: CASE 2
Instituição: ASSOCIAÇÃO MARIA AMÉLIA -AMA
Coordenadora Pedagógica: Gil
Área de Investigação: Institucional
Período da Avaliação: 23/09/2019 a 07/10/2019.
Psicopedagoga Institucional: Marta Elena da Rosa
As pesquisas na área da psicopedagogia se iniciaram com a intenção de identificar os problemas de aprendizagem daqueles que não conseguiam acompanhar o ensino regular nas escolas, gerando a necessidade de pesquisa na área da aprendizagem. O psicopedagogo inicia seu trabalho nas clínicas para auxiliar na aprendizagem desses estudantes. No decorrer dos anos esse profissional foi adentrando as instituições, fazendo um trabalho preventivo, e trazendo um novo olhar principalmente nas organizações escolares, fazendo uma ponte entre o professor e os estudantes.
Diferentemente da atuação clínica, a ação do psicopedagogo na instituição dá- -se pelo caráter da prevenção. Primeiro, porque não há um cargo de psicopedagogo institucional, então, a atuação do profissional delineia-se de duas maneiras: pela prevenção de dificuldades de aprendizagem na ação do pedagogo ou de um psicólogo educacional contratado e/ou concursado na instituição, ou pela contratação de serviços terceirizados de avaliação institucional, em que o psicopedagogo realiza a atividade sem vínculo empregatício com a instituição. (MUNIZ, 2017, p.40).
A atividade do psicopedagogo nas instituições ainda hoje é um grande desafio, mesmo ficando clara a importância do seu trabalho, pois além do caráter preventivo ele vem auxiliar na identificação do problema trazendo a integração do grupo para continuarem através de suas aprendizagens proporcionarem continuidade para as transformações necessárias para organização através das próprias reflexões do grupo.
Na estrutura organizacional de uma escola, por exemplo, temos, em geral, uma direção, coordenações, supervisão, corpo administrativo, corpo docente e discente. Cada uma destas partes forma o todo da instituição, e se relaciona de diferentes formas. Seja qual for o problema apontado, ou a queixa inicial que motivou a entrada do psicopedagogo o trabalho de avaliação considera estes personagens suas posições e entendimentos, avaliando e privilegiando o contato com aqueles identificados no problema que vai se detectando com a avaliação. (MUNIZ, 2017, p.54).
O trabalho do psicopedagógico se inicia pela queixa ou o motivo apresentado pela instituição é através destes, que o psicopedagogo vai desenvolver todo seu trabalho, através da observação, ouvir os envolvidos, entender a fundamentação e o contexto da instituição.
- Queixa:
Dificuldade que as professoras tem de trabalhar projetos em conjunto integrando os conhecimentos de todas, cada professora apresentou uma dificuldade.
A professora Jennifer relatou dificuldade de associar o conteúdo a uma atividade lúdica com movimento corporal. A professora Sabrina relatou dificuldade em estruturar a escrita na hora de estruturar o projeto. A professora Cristiane apresenta dúvidas se as crianças atingem realmente os objetivos proposto em seu projeto.
A escuta dos profissionais é de suma importância e o psicopedagogo nesse momento tem que angariar a confiança e a simpatia do profissional, para que ele se sinta entendido e acolhido, fazer uma leitura corporal. Tem que estar muito claro que o psicopedagogo vem agregar , contribuir, que se busca a melhoria para o todo.
A análise do problema e a intervenção estariam diretamente ligadas à escuta dos profissionais envolvidos, aos princípios ou à missão da empresa e ao ambiente onde estes se encontram. Ao dar voz a seus funcionários e buscar identificar onde está o foco do problema, o psicopedagogo projeta uma intervenção que se baseie em soluções fundamentadas em uma nova forma de olhar o problema. O conhecimento do problema e a forma de intervenção que busca solução estão alicerçados na construção de um conhecimento coletivo capaz de gerar recursos e soluções para o problema anterior. (MUNIZ, 2017, p.16).
- Instrumentos de Investigação:
a. Contato e entrevista com o profissional da instituição que buscou o serviço e que formula queixa ou motivo, visando obter mais dados para a elaboração do problema.
b. Entrevista com outros profissionais envolvidos e apontados a partir da entrevista inicial. c. Na escola, caso seja necessário, observação em sala de aula, ou outros espaços.
d. Dinâmica de integração com os alunos, e/ou equipe.
e. Acesso a materiais e documentos que traduzam a missão da organização, sua história, filosofia e finalidades. Na escola é muito importante ter acesso ao Projeto Político Pedagógico e/ou à proposta pedagógica. f. Observação do ambiente e da estrutura física da organização. g. Conhecimento da estrutura organizacional, onde estão apresentadas as relações entre os profissionais e hierarquias.
O comprometimento do psicopedagogo com a investigação o faz seguir uma sequência de procedimentos, utilizando-se de todas as informações possíveis, para que possa analisar com assertividade todas as possibilidades, para que possa levar os envolvidos a encontrar caminhos assertivos na resolução de situações problemas.
A partir da indicação, por parte da instituição, de um problema, o psicopedagogo procede a uma avaliação diagnóstica para levantar os elementos que possam caracterizar o problema e os atores sociais implicados. Essa investigação ocorre em uma sequência de procedimentos capazes de caracterizar ou descrever uma determinada situação: analisar as relações humanas ou o grupo implicado no aparecimento do problema e buscar levantar hipóteses que orientem o trabalho da prática. (MUNIZ, 2017, p.18).
A investigação podemos afirmar com certeza é o norte do trabalho psicopedagógico, através de um questionário bem direcionado, de anotações, observações detalhadas vai se formando um mapa detalhado para o caminho que se tem a seguir. O conhecimento teórico e uso da técnica pelo psicopedagogo vão embasar o seu trabalho, mas a sua perspicácia e sensibilidade vão fazer com que o grupo participe e reflita todo o processo de aprendizagem colocando as reflexões e conhecimentos adquiridos no decorrer do desenvolvimento do grupo.
...