FICHAMENTO PAULO FREIRE
Por: gorethfreitas • 12/10/2016 • Trabalho acadêmico • 947 Palavras (4 Páginas) • 1.079 Visualizações
Universidade Federal de Pernambuco
Disciplina Eletiva: Pedagogia Paulo Freire
Centro de Educação – 3º período
Por: Maria Goreth Freitas Vaz
Professoras: Eliete Santiago e Marília Gabriela Guedes
FICHAMENTO
Fichamento apresentado
às professoras Eliete Santiago e
Marília Gabriela Guedes
como requisito parcial à
obtenção da nota do 2º semestre,
da disciplina
Pedagogia Paulo Freire.
Recife – 2015.2
- Dados Formais:
FREIRE, Paulo. Ação Cultural para a Liberdade e seus escritos.
Rio de Janeiro: Paz e Terra.1981. págs. 149.Capítulos( 23 escritos).
2.Dados Temáticos:
- – Paulo Freire tinha como objetivo provocar discussões e reflexão sobre algumas questões como o estudo e a prática da leitura e da escrita para um novo olhar, a realização da leitura crítica, sujeitos que recrie, reinvente e reescreva o que leu, estabelece relações entre alfabetização de adultos, conscientização das classes populares, transformação da realidade e reforma agrária, que são uma constante no livro.
Percebemos as ideias de Paulo Freire em cada lida que damos nos artigos(escritos) entre os anos de 1968 e 1974, produzidos durante sua vida e seu sensível apego às mudanças em sua transformadora existência, uma de suas primeiras preocupações surge a partir das origens, dos meios socioculturais e econômicos dos sujeitos para que reflitam e cheguem a condição de cidadãos e isso só se dará no pertencimento à educação, onde o sujeito com autonomia se engaja para mudar sua realidade e seu cotidiano, tornando-se capacitado para criticar e então compreender e transformar com a tomada de consciência que se encontra e também seus semelhantes. Segundo o autor, “Estudar não é um ato de consumir ideias, mas de criá-las e recriá-las(pág. 10), ele traz à tona, que estudar é um compromisso com a qualidade de vida dos seres humanos, dessa forma, todos que estão empenhados, o educador, ou quem quer que esteja subjugado, o sujeito ou os sujeitos, no plural mesmo, é solidário, não trata o assunto como algo individual, mas coletivo. A educação trabalha com o sujeito e não se sobrepondo à ele, justamente por não serem objetos de sua ação, desse modo, jamais deve aceitar “o que vem de fora”, ter humildade sim, e criticidade, mas sem ingenuidade, ter posicionamento crítico frente aos fatos e acontecimentos, seja da própria vida ou do mundo. Quando o educador faz
uma leitura crítica de mundo e encontra respostas através de ações solidárias e coletivas, se prevê transformações.
Seguindo em frente em nossa leitura, Paulo Freire traz observações tais como “Na medida, porém, em que a verdadeira utopia implica na dialetização da denúncia e do anúncio...”(pág.64), onde se faz necessário tornar-se objeto de conhecimento, da veracidade dos fatos com uma ação que traga a libertação, pois se não for radical não há como educar, a educação só acontece se houver comprometimento, quer seja com o cidadão, ou com a vida, transformando e desacomodando os acomodados em sua ingenuidade e sua forma de enxergar seu papel nas mudanças, encarando suas realidades. Para educar é preciso ver, e para que haja entendimento e transformações das realidades sejam elas individuais ou sociais, é preciso obter reconhecimento. Dessa forma, os dominados se unem, deixam de ser minorias e se identificam através de interesses, mesmo nas diferentes realidades, sejam homens ou mulheres, se constatam como companheiros em busca dos mesmos ideais.
“Educação é comunhão e como tal”(...)caracteriza a ação cultural que traz a libertação. A partir de então é possível entender eficiência não mais na lógica do neo-liberalismo como”(...)mero cumprimento, preciso e pontual, das ordens que vêm de cima”. O pensamento Freiriano traz como forma transformadora de mundo, uma educação com ação profunda no ser humano, no indivíduo e culturalmente também, não de modo descontextualizado, individualizado. A educação que liberta é a que contribui para libertar as classes dominadas, pois segundo Paulo Freire(...) a é na intersubjetividade, mediatizada pela objetividade(...), que se ganha sentido de existência coletiva. Ainda de acordo com ele, “ O eu existo não precede ao nós existimos, se constitui nele”, então concluímos que o ter consciência só acontecerá na práxis, onde o conhecimento não é transferido e sim criado pela ação sobre a realidade e a práxis autentica tem que ter unidade dialética da ação-reflexão, prática-teoria, a educação só será profunda e radical em sua transformação quando não houver mais acomodação e nem atitudes acomodativas através de ações pedagógicas, lançar-se ao desafio, incomodar, agir diante dessa sociedade de privilégios, vê o coletivo, assumir o seu papel como educador e se comprometer com a vida, como pessoa digna e humana.
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