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Fichamento de Considerações em Torno do Ato de Estudar de Paulo Freire

Por:   •  8/5/2023  •  Resenha  •  748 Palavras (3 Páginas)  •  459 Visualizações

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FREIRE, Paulo, Considerações em torno do ato de estudar. 1968. Chile. Publicado em Ação Cultural para a Liberdade, Paz e Terra, Rio de Janeiro, 5 Ed., 1981.

                                                                            Loise Maria Baraúna Guedes[1]

“Toda bibliografia deve refletir uma intenção fundamental de quem a elabora: a de atender ou de despertar o desejo de aprofundar conhecimentos naqueles ou naquelas a quem é proposta.”

“Uma relação bibliográfica não pode ser uma simples cópia de títulos, feita ao acaso, ou por ouvir dizer. Quem a sugere deve saber o que está sugerindo e por que o faz. Quem a recebe, por sua vez, deve ter nela, não uma prescrição dogmática de leituras, mas um desafio.”

“Estudar [...] exige de quem o faz uma postura crítica, sistemática. Exige uma disciplina intelectual que não se ganha a não ser praticando-a.”

“[...] a “educação bancária” não estimula [...] Sua “disciplina” é a disciplina para a ingenuidade em face do texto, não para a indispensável criticidade.”

“Este procedimento ingênuo ao qual o educando é submetido, ao lado de outros fatores, pode explicar as fugas ao texto, [...].”

“O que estuda se sente desafiado pelo texto em sua totalidade e seu objetivo é apropriar-se de sua significação profunda.”

“[...] é impossível um estudo sério se o que estuda se põe face do texto como se estivesse magnetizado pela palavra do autor, à qual emprestasse uma força mágica.”

“Estudar seriamente um texto é estudar o estudo de quem, estudando, o escreveu.”

 “Estudar é uma forma de reinventar, de recriar, de reescrever – tarefa de sujeito e não de objeto.”

“A atitude crítica no estudo é a mesma que dever ser tomada diante do mundo, da realidade, da existência.”

 “Impõe-se-lhe uma exigência: analisar o conteúdo do trecho em questão, em sua relação com os procedentes e com os que a ele se seguem, evitando, assim, trair o pensamento do autor em sua totalidade.”

“[...] quem estuda não deve perder nenhuma oportunidade, em suas relações com os outros, com a realidade, para assumir uma postura curiosa.”

“Se o que estuda assume realmente uma posição humilde, coerente com a atitude crítica, não se sente diminuído e encontra dificuldades, às vezes grandes, para penetrar na significação mais profunda do texto.”

“[...] o que deve fazer é reconhecer a necessidade de melhor instrumentar-se para voltar ao texto em condições de entendê-lo.”

“Não se mede o estudo pelo número de páginas lidas numa noite ou pela quantidade de livros lidos num semestre. Estudar não é um ato de consumir idéias, mas de criá-las e recriá-las.”

Comentário:

Quando nos deparamos com o mundo à nossa volta - cheio de interrogações e diferentes formas de pensar - percebemos a necessidade e a importância do “estudar”. Ao abrir um livro é necessário saber que ali existe um universo de possibilidades, então nunca se deve estudar sobre tal assunto com apenas a visão do autor, uma simples memorização como forma de aprendizado, e sim uma visão crítica do conteúdo, englobando outras áreas do conhecimento e sua própria visão de mundo. Para globalizar melhor o tema é necessário conhecer a bibliografia da qual o texto se refere, para depois delimitá-lo.

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