Fichamento Invenção da Sala de Aula

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Universidade Federal do Estado do Rio De Janeiro

Curso de Licenciatura em Pedagogia

Disciplina de História das Instituições

Professora Jane Santos

Fichamento do livro: A invenção da Sala de aula: uma

Genealogia das formas de ensinar

Por: Lohane da Silva de Oliveira

RIO DE JANEIRO – ABRIL DE 2016

Lohane da Silva de Oliveira

Fichamento realizado na disciplina de

História das Instituições, ministrada pela

Professora Jane Santos, no curso

de Licenciatura em pedagogia da

Universidade Federal do

Estado do Rio de Janeiro.

RIO DE JANEIRO – ABRIL DE 2016

DUSSEL, Inês; CARUSO, Marcelo. A invenção da sala de aula: uma genealogia das formas de ensinar. 1.ed. São Paulo: Editora Moderna, 2003.

O livro irá abordar práticas pedagógicas através de uma visão histórica, partindo do princípio, das definições de ser um bom professor, conteúdo e ensinamentos, produzidos por pensadores que atuaram em outros contextos com o intuito de ajudar-nos a esta tarefa que é transmitir o conhecimento. Mostrando como a pedagogia deu forma a sala de aula, rituais, costumes, modos de interação e de comunicação, visando em uma maneira melhor de como passar conhecimento através da história.

O autor destaca que a educação usada de maneira correta consegue transformar as pessoas, porém não devemos ‘’clonar’’ nossos alunos ou molda-los, como acontece com muitos professores, devido a necessidade de controlar os alunos. Devemos abrir a mente do outro para que utilize de maneira diferente o conhecimento que foi transmitido, para ser um indivíduo diferente do que está ensinando. Procurando sempre diferir na vida das outras pessoas, visando transformar a sala de aula em um lugar prazeroso e não um habitat natural na qual animais são submetidos a se adaptar.

Capítulo I

• Sala de aula? Genealogia? Definições para iniciar o percurso

O autor destaca que ao passar do tempo a estrutura das salas de aulas sofreram modificações, tanto quanto na organização de espaço, escolha dos locais, mobília, instrumentos pedagógicos e na estrutura de comunicação.

• Destaca-se também que a sala de aula pode ser comparada a uma espécie de governo, relacionando as formas de liderança na sala de aula na sociedade, observando que algumas características das sociedades modernas têm algo em comum com a formas de governar as crianças. A educação é bem mais compreendida quando se observa as estruturas de governo e organização da sociedade. Não se deve forçar os indivíduos a fazer coisas que o governante deseja, mas sim ter um equilíbrio com técnicas que garantem a obediência. Ou seja, para criar um governo, duas coisas são necessárias: condução de si próprio, e a articulação, união, a combinação de muitas conduções, no caso, essas articulações, uniões e cominações seriam a junção dos pais, escola, governo e etc. Logo, a escola deve manter intervenções que estimulam o aluno a formar sua consciência, ao invés de apenas impor leis, fazendo com que a criança conduza a si mesma, para depois se conduzir em modelos, com base no professor.

Capítulo II

• Nasce a sala de aula: o papel da religião como parteira

Como a escola estava ligada à teologia e formação de eclesiásticos, ninguém ocorria reclamar uma escola para todos. As pensões improvisadas, transformavam-se como uma espécie de internato para garantir aos estudantes sua manutenção e práticas religiosas. Mais tarde, esse espaço fechado recebeu funções educativas, onde se praticavam rotinas determinadas, em um espaço de aprendizagem. Não havia preocupação da escola com a diferença de idades, atendia-se velhos e jovens, sem preocupação. O ensino da escrita que era apenas para os mais velhos, passa a ser ensinado também para as crianças, porém não havia um método específico de ensino para elas. Surge então a necessidade de tratamento e sensibilidade particulares da criança, gerando uma visão desta com outros olhos.

• O protestantismo e a aprendizagem da leitura

Tradução da bíblia do latim para alemão falado na Baixa Saxônia. Lutero afirmava que o acesso de todos à leitura é a melhor maneira de colocar o crente em contato com a divindade. Lutero também escreveu um documento na qual era necessário o dever de fundar e manter as escolas cristãs, no qual pedia apoio material e político para a criação de estabelecimentos onde se ensinassem alemão, a Bíblia e a palavra divina. Desse modo, o protestantismo deu grande impulso a escolarização, e em particular à pedagogia.

• A sala de aula chega com atitude dominadora: Definição do poder pastoral

Surge a dificuldade de ensinar e governar uma tropa de alunos, devido a demanda de crescimento nas escolas. Muitos pedagogos se perguntavam de que maneira a sala de aula deveria ser organizada, tudo indica que os pedagogos viam os numerosos conjuntos de aluno como um rebanho. Com a necessidade de formular princípios ou fundamentos para a facilidade de ensinar e aprender, estabeleceram premissas sobre a qual se estruturou a sala de aula moderna.

• Métodos de Ensino

O método global é uma metáfora naturalista que contém a ideia de um ‘’ente uno’’ oposto a uma variedade empírica: ‘’ o sol’’, que ilumina, e aquece toda a terra. A partir de então a pedagogia postularia que o professor (ente uno) ordenaria uma variedade de alunos diante de si. Surgia-se então a unificação do método. Ele propôs uma sala de aula na qual se configurava uma autoridade centralizada por meio de fala direta ao rebanho ou grupo que se situava à sua frente, porém essa unificação da figura da autoridade não significa que a relação de autoridade seja apenas uma imposição. Não lhe interessava a obediência cega à autoridade, mas sim a obediência pensada.

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