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Formação continuada na Educação Infantil

Por:   •  6/4/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.575 Palavras (11 Páginas)  •  297 Visualizações

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FORMAÇÃO CONTINUADA DO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Thamires Pereira da Silva

Profª. Tutora Maria Elzi Scheffer Oriques

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Pedagogia (Ped0735) – Estágio II Educação Infantil

09/06/2015

RESUMO

Dentro da educação existem muitos profissionais, no entanto, a peça chave é o professor. Embora ainda existam professores apaixonados por sua área, podemos dizer que ainda existem mudanças a ocorrer no que diz respeito a pró-atividade do profissional da educação em buscar cada vez mais conhecimento e novas maneiras de efetuar seu trabalho. Devemos nos esforçar em rever antigos conceitos principalmente em relação a educação infantil, que é o objeto de nosso interesse neste trabalho. E não nos esqueçamos de que isso inclui nossa postura diante de novas percepções.

Palavras-chave: Formação. Professor. Educação Infantil.

1 INTRODUÇÃO

A educação infantil no Brasil é um campo em expansão. Faz-se esforço como nunca em que mais e mais alunos possam ser matriculados na mesma. O que essa acadêmica pôde perceber foi que desde a década de 80, quando a educação infantil começou a vigorar no Brasil, as mudanças e avanços na área foram no mínimo, tímidos. Isso não se deve somente as políticas públicas que influenciam na educação, nem tampouco nos PNEs, embora esses sejam fatores importantes. Penso que existe um potencial enorme a ser explorado e que, ouso dizer, existe um comodismo por parte dos profissionais da educação.

Minha área de concentração é a formação continuada do professor na Educação Infantil. Escolhi esse tema porque acredito piamente que não existe uma maneira melhor de mudar a estrutura da educação como um todo a não ser que parta do principal envolvido e interessado no assunto.

A escola onde eu fiz o meu estágio foi a E.M.E.I. Golfinho do Mar, na travessa sem nome, nº 112. A escola tem construção padrão de E.M.E.I., e foi fundada por meio de um projeto em parceria com o governo federal chamado PRÓINFÂNCIA.  

O paper está estruturado nos seguintes tópicos: Primeiro, a fundamentação teórica da minha área de concentração, que é a formação do professor na Educação Infantil; após, minhas vivências no estágio; e em seguida, minhas impressões deste estágio.

  1. FORMAÇÃO E PROFISSIONALIZAÇÃO DO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO INFANTIL: FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA

Alguns profissionais da educação, senão a maior parte, pensam que a formação do professor só tem a ver com a graduação desde por meio de pedagogia ou até de um magistério, e que, terminado esse, concluído foi o objetivo. Conforme Martins e Coelho (2011), “pensar esse processo como algo contínuo e inacabado é perceber a formação inicial como começo e não o fim do processo formativo.” Conforme Imbernón (2004), esta base “deve proporcionar aos futuros professores a compreensão das transformações que surgem nas diferentes áreas do conhecimento, mantendo-os abertos a novas concepções, com condições de adaptarem-se as necessidades dos alunos”. Imbernón (2004) ainda informa que “para que essa compreensão aconteça, é preciso investir em novas metodologias e pesquisas.” Ainda segundo Martins e Coelho (2011):

A formação inicial é uma fase na busca constante do processo de formar-se professor. Este processo é o início da profissionalização, um período de descobertas e de contato com o mundo escolar, visto por um outro ângulo. Esta visão não é a do aluno, que está no ambiente escolar se educando, mas daquele que assume a responsabilidade pelo ato educativo. Geralmente, alguns hábitos, vícios, regras, atitudes são assumidos pelos profissionais nesse período. Este processo inicial pode estar privilegiando formas de apoio ao professor iniciante, pois assim que ele estiver em sala de aula, no cotidiano com todas as suas dificuldades, talvez se depare com confrontos teóricos e metodológicos entre a própria formação e a prática pedagógica que desenvolve. A incompreensão desses processos pode refletir um professor repetidor de práticas comumente vivenciadas no seu processo de escolarização, e isso possivelmente não possibilitará que pense sobre a construção da sua própria prática. Em decorrência, contribui por não propiciar mudanças em sua ação docente.

Isso pode implicar na decadência educacional, ou seja, as potencialidades dos alunos são cada vez menos exploradas, e o analfabetismo funcional tende a aumentar. Muito ainda pode ser feito no campo da literatura infantil, por exemplo, e pouco é explorado. Como citado por Vygotsky (1991)

Como sujeitos histórico-culturais que somos, estamos em constante processo de formação. O professor, nesse sentido, vive essa contínua formação. Sua característica primeira no processo ensino-aprendizagem é ser mediador. Para ser mediador, é necessário, primeiramente, ter se apropriado significativamente do conhecimento a ser apropriado pelos demais sujeitos.

Como também citado por Costa(2010), “conhecer a literatura infantil, sua função e sua impotancia como formadora do sujeito, é o primeiro passo para o mediador do processor ensino-aprendizagem – o professor. A partir desse entendimento, a inserção da literatura infantil no fazer pedagógico do professor e no planejamento do professor é fundamental.”

Essa ideia é muito bem explanada por Freire (1997) da seguinte forma:

[...] Sou professor pela boniteza de minha própria prática, boniteza que dela some se não cuido do saber que devo ensinar, se não brigo por este saber, se não luto pelas condições materiais necessárias sem as quais meu corpo, descuidado, corre o risco de se amofinar e de já não ser o testemunho que deve ser de lutador pertinaz, que cansa, mas não desiste. Boniteza que se esvai de minha prática se, cheio de mim mesmo, arrogante e desdenhoso dos alunos, não canso de me admirar.

Muitos encaram sua profissão com descaso e até com comodismo como já citado anteriormente. Quando muito, se esforçam em fazer um ou dois cursos aleatórios depois que se formam, e pensam estar fazendo muito. Mas a formação continuada é muito mais que fazer alguns cursos de reciclagem ou capacitação. Marin (1995) define a formação continuada da seguinte maneira:

[...] não se trata de uma simples aquisição de conhecimentos, mas de uma transformação da própria pessoa envolvendo mecanismos psicológicos mais amplos, e essa interação sujeito-mundo (local onde habito e no qual dou e recebo significações) é que faz aparecerem problemas mais profundos, os quais a simples instrução não consegue resolver. É necessária uma prática transformadora constituída pela teoria e pela ação, formando uma proposta pedagógica que não concebe as pessoas como ‘destinatárias’, mas como sujeitos da própria atividade política.

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