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Fundamentos Antropo filosóficos da Educação

Por:   •  11/5/2018  •  Dissertação  •  534 Palavras (3 Páginas)  •  394 Visualizações

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Universidade Federal da Paraíba

Fundamentos Antropo filosóficos da Educação

Discente: Obede Domingos de Sant’Ana

Docente: Fabiola Barrocas Tavares

O que são estes “saberes populares”? São conhecimentos empíricos, na grande maioria das vezes passados entre gerações por meio oral ou rituais e são também normalmente regionalizados ou associados a determinados grupos étnicos. Ests conhecimentos abrangem de tratamentos para doenças físicas ou não, receitas culinárias, rezas, danças, etc., trazendo consigo certa sinergia entre o pensar, o agir baseado na empiria, as emoções e as sensações.

Antes da revolução científica (iniciada por volta do século XVI) muito do que se acreditava estava relacionado a uma vontade divina e tudo estava de certa forma atrelado ao “espiritual”. No oriente (na China em particular) tudo estava associado a energias que estavam constantemente fluindo e em mutação. Em todos os continentes, diversas culturas tentavam harmonizar o ser humano a estas forças nas quais se sentiam não só inseridos mas também, parte dela. Com a evolução científica, este “elo” foi rompido e saberes populares e a cultura não produzida em meios acadêmicos e/ou científicos (saberes eruditos) passaram muitas vezes a serem vistos com preconceito ou muitas vezes caíram no reducionismo dos chamados folclores. No entanto, eles são por muitas vezes a base e a origem de estudos e descobertas que, depois de submetidos a metodologias formais, sistematizados e padronizados são elevados a categoria de “ciência” ao passo que, aquilo que lhes deu origem são relavadas a categoria de “crendices”. A este fenômeno, no livro “Conhecimento prudente para uma vida decente” (Boaventura de Souza Santos, (org.). - São Paulo: Cortez, 2004) é tratado como “totalitarismo epistêmico”.

Temos diversos exemplos de saberes populares ainda amplamente utilizados, ainda que os meios formais não lhes deem valor ou atenção. As culturas indígenas possuem vasto conhecimento de ervas usadas em infusões, curativos, defumações para tratamentos de diversas enfermidades ou até mesmo para aplacar a ira de espíritos que possam influenciar negativamente uma pessoa ou até mesmo a comunidade em quem vivem. Entre integrantes de cultos de matrizes africanas são comuns os rituais de banhos de ervas com finalidades de curas fisicas e/ou espirituais. Temos ainda em comunidades rurais as figuras das benzedeiras que com seus rituais e rezas buscam a solução para problemas que envolvem pessoas que a elas chegam.

Em nossa sociedade ocidental, ainda que não aceitas ou entendidas pela Ciência, os tratamentos com acupuntura tem sido bem recebidos por uma parte da população que, procura se afastar dos efeitos colaterais de remédios que a indústria farmacêutica cria para a cura ou apenas tratamentos sintomáticos.

Hoje em dia, com os estudos relacionados a física quântica, se tem questionado sobre certos paradigmas que rejeitavam aquilo que os saberes populares de tem como certo e que envolvem questões tais como o que é a matéria ou o que é a realidade. Dentro destas possibilidades que a física quântica levanta, pode quem sabe surgir um elo entre os saberes poulares e os saberes eruditos.

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