Geografia na Educação - AD1 2015.2

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO[pic 1]

CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB

Curso de Licenciatura em Pedagogia – modalidade EAD

AD1 – 2015 -2

Disciplina: GEOGRAFIA NA EDUCAÇÃO 1

Coordenador (a): EDUARDO PIMENTEL MENEZES

Aluno (a): Anna Carolina de Miranda de Cerqueira Leite

Matr.:14112080221

Polo: Petrópolis

1 – Como os fatos históricos e o desenvolvimento técnico interferiram e continuam interferindo na formação de conceitos na Geografia? (2,5)

R: O homem é agente da vida social, suas ações como indivíduo, grupos ou sociedades e suas consequências. Devemos analisar como produtos dos movimentos sociais e culturais, que lhe deram origem, das intervenções do homem (meios técnicos) e naturais que aceleram ou tornam mais lento o ritmo e as ações do homem em diferentes espaços e tempos. As questões socioambientais no plano local e no planeta como um todo interferiram e interferem na vida social e na dinâmica de suas relações com a natureza. A história se ocupa do estudo dos fatos históricos, acontecimentos relevantes para o entendimento das questões do presente. Fatos que provocam rupturas ou que contribuem para continuidades. Fatores como a expansão marítima europeia, que ampliou o conhecimento de mundo, a realização de inventários por viajantes e cientistas reunindo uma série de descrições sobre variados locais e suas características. O desenvolvimento do conhecimento tecnológico, inclusive na cartografia, que facilitou a expansão marítima e as mudanças no modo de ver e interpretar o mundo em sociedade. 
A dimensão histórica na análise geográfica possibilitou a percepção das forças que atuaram e continuam atuando na construção desses espaços conduzindo ao entendimento do significado de cada lugar e de suas relações com outros lugares, possibilitando compreender a espacialidade com os processos sociais, políticos, culturais e naturais. O professor de Geografia em sua prática deve ter a preocupação de realizar os conteúdos na perspectiva de compreensão do espaço como resultado de diversas ações e interações sociais procurando garantir a elaboração de um saber geográfico que integre natureza e cultura dentro de um mesmo campo de interações. A Geografia tem essa preocupação e as reutiliza na compreensão do mundo atual.

2 – Opine sobre o MITO DA NEUTRALIDADE CIENTÍFICA, descrita na Apostila. (2,5)

R: O Mito da Neutralidade Científica baseia-se no pressuposto que a objetividade da ciência basta para suspender a subjetividade dos cientistas. Os cientistas fazem escolhas do que vão estudar e pesquisar que são influenciadas por vários aspectos de cunho pessoal: interesses políticos, sociais, econômicos. No geral, a ciência tem sido a ciência de uma classe por não ser neutra como diz ser.

O avanço tecnológico tem ocorrido de forma tão rápida que torna difícil para as pessoas absorverem tanta informação e refletir sobre elas. Dessa forma surgem dúvidas, incertezas e diante do desconhecido as pessoas passam a se questionar sobre a eficiência da ciência, assim, ao contrário da corrente positivista que acreditava na ciência como única forma de conhecimento, o que faria dela neutra e perfeita. O Mito da Neutralidade Científica se refere à impossibilidade de existir uma neutralidade na ciência, pois esta está subordinada ao homem. Como a ciência é uma atividade humana, toda atividade humana é movida por sentimento, valores, princípios, ideias e crenças de quem a realiza. Não tem como a ciência ser objetiva, ou seja, a bagagem das pessoas influencia o modo como ela vai interpretar a realidade do objeto, portanto a ciência não pode ser considerada neutra. O ideal é que a ciência seja mais aberta a sociedade e forneça mais informações e explicações, e também é necessário que as pessoas saibam julgar aquilo que lhes é passado.

3 – Faça um paralelo dissertando e diferenciando as características de cada GEOGRAFIA: A tradicional e a Crítica. (2,5)

R: Geografia Tradicional 

“O foco tradicional do ensino da Geografia enfatiza em geral a transmissão do conhecimento que utiliza a memorização, a reprodução e a repetição como estratégia principal de ensino-aprendizagem, valorizando o saber prescrito presente nos livros didáticos, limitando-se a descrição de lugares e a narração de fatos. Isso faz com que o discurso mnemônico da Geografia tradicional continue sendo reproduzido até hoje (Castelar, 2005 b).”

O ensino aprendizagem da Geografia nesse parâmetro não colabora para o desenvolvimento de competências e habilidades necessárias a formação de um cidadão crítico como propõe os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN).

Essa proposta pedagógica não conduz o aluno à autonomia e a criticidade, ao contrário, fortalecem a adaptação e o ajustamento a um modelo excludente de sociedade. A postura do professor é autoritária. O professor utiliza metodologias ultrapassadas, positivistas e clássicas.

Geografia Crítica 

Na Geografia Renovada o professor valoriza o conhecimento prévio do aluno, contextualizando conteúdos em escala local para global. Utiliza a postura humanista, tendo o professor como mediador do conhecimento, tendo como foco a concepção da Geografia inovadora fazendo sempre análise crítica do espaço em que está inserido. Os recursos didáticos utilizados são jogos, brincadeiras, maquetes, análise de figuras, aulas de campo, músicas, filmes e atividades lúdicas.

Hoje é preciso mesclar conceitos e correntes do pensamento geográfico, pois vivemos em um mundo globalizado onde cada vez mais as informações têm fundamental importância. O ensino da Geografia deve se desenvolvido de forma dinâmica para que acompanhe todos os passos de um mundo cada vez menor, essa ciência deve realizar uma leitura das entrelinhas dos fatos que ocorrem desde questões naturais até conflitos.

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