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Gestão Educacional

Por:   •  25/8/2015  •  Resenha  •  1.943 Palavras (8 Páginas)  •  906 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO

PEDAGOGIA

Vivian Tebaldi Guirra

Matrícula – 3106498

Período – 6º – Manhã

Trabalho Solicitado pela Professora Maria Luiza, orientadora na disciplina Gestão Educacional I

DUQUE DE CAXIAS

2014

SOUZA, Genival Nunes. Gestão Democrática Escolar: Reflexões e Desafios. Revista Eletrônica da FACED. vol 1. n.7. 2011.

                    Gestão Democrática Escolar: Reflexões e Desafios.

         Genival Souza, em Gestão Democrática Escolar: Reflexões e Desafios, traça um pouco o contexto histórico da Gestão democrática no Brasil, fala também sobre a participação da comunidade escolar e seu papel na mesma, o autor também discute sobre o Projeto Político-Pedagógico como ferramenta da gestão democrática e por fim fala da avaliação institucional e a escolha do gestor.

       O autor começa analisando a gestão pelo seu lado histórico, que de acordo com Ferreira, Reis e Pereira (1999, p.6) “a palavra gestão tem origem latina, genere, que significa conduzir, dirigir ou governar”, com isso o autor afirma que gestão democrática é um exercício de cidadania, fundamental para o avanço da sociedade que planeja ser mais justa ou igualitária. Com isso ele fala também da origem da democracia, que veio da Grécia Clássica, Atenas e outras cidades adquiriram esse sistema para eleger seus governantes e serem eleitos para tal função por um determinando tempo. Mas como sabemos, no Brasil tivemos o regime militar por um período de tempo (1964-1985), só após esse período que foi instaurado o regime “democrático” onde as eleições diretas foram acontecendo, onde milhões de pessoas puderam escolher seus representantes para os cargos políticos.

       Souza comenta sobre o movimento estudantil de 1968 no mundo ocidental, mas as “Escolas Livres” ou alternativas só surgiram especialmente nos Estados Unidos e na Inglaterra, como instrumento de superação da escola tradicional, tecnicista e burocrática do Estado. No Canadá foram criadas inúmeras escolas comunitárias que, até hoje, são administradas pela comunidade e mantida pelo poder público.

Souza fala que no Brasil sempre existiram experiências, isoladas de gestão colegiadas de escolas, mas sem nenhum sucesso. Elas eram veiculadas à iniciativas de alguns educadores, logo elas eram interrompidas quando os mesmos deixavam à escola.

      O autor fala que a gestão democrática da escola pública, consolidada pela constituição Federal de 1988, e pela LDB (9394/96), é resultado de um grande processo reivindicatório  que surgiu por meio da organização de diversos segmentos da sociedade nas últimas décadas. E ele fala também para lembrarmos da luta pela escola pública e pela cultura popular nos anos de 1950 e o inicio dos anos de 1960, mas essas manifestações foram reprimidas após o golpe militar, que impões várias regras e censuras, mas o silêncio por fim foi quebrado no final da década de 1970, só assim a educação se mobilizou.

      Com essa mobilização, tomaram impulsos pela democratização da gestão da escola pública, querendo uma renovação pedagógica que lutava pela escola pública.

Na década, o autor fala que praticamente o mundo inteiro, começou com um forte movimento de descentralização e de busca da autonomia e gestão colegiada das escolas públicas, mas a primeira só foi acontecer em 1975, em Edmond, Canadá, onde implantou um gestão baseada na escola como crescente expansão da autonomia financeira, pedagógica e administrativa, depois foi a vez da Inglaterra e Estados Unidos.

      No Brasil, na década 1990 tiveram a implementação dos recursos e, consequentemente, uma racionalização economista das ações e administrativas, tendo como diagnóstico de que os problemas eram financeiros, não outros.

      As décadas finais do século XX, foram marcadas pelo o surgimento de uma revolução no pensamento administrativo, como níveis maiores de educação, o crescimento do espírito democrático e o crescente reconhecimento da interdependência do local de trabalho, como também do ambiente global, têm levado a percepção de que a chave que supere o modelo centralizado, autocrático e controlador, cuja ênfase situa-se em regras de trabalho e na obediência. (Fernandes, 2006)

     Souza diz que a democracia, ainda é um direito mas ela não é respeitada, em especial na área educacional, que apesar de estar regulamentado através de leis e normas escolares, que afirmam que a gestão escolar deve ser democrática, mas a educação em nosso país ainda experimenta uma pseudodemocracia.

     Mas embora percebemos que avançamos na área educacional, ainda é notório o grande caminho que devemos percorrer, mas essa é uma luta que todos deveremos travar.

     A seguinte reflexão de Souza é a participação da comunidade escolar, ele considera que para ser considerada pública, uma escola deve ter a participação da comunidade escolar e local (gestor, pais, alunos, funcionários, professores e comunitários), além de oferecer uma educação de qualidade. Segundo Paro, “a escola estatal só será verdadeiramente pública no momento em que a população escolarizável tiver acesso geral e indiferenciado a uma boa educação escolar”. (2005, p.17)

     Nesse sentido, Souza percebe que ainda não há interesse pela universalização de um ensino de boa qualidade, então fala da necessidade da classe dominada de fazer valer seus direitos de cidadania plena, reivindicatório melhores condições de trabalho e estudo.

Souza agora manifesta seu pensamento sobre o gestor, ele fala que o papel do gestor escolar nesse processo é imprescindível, pois ele é o líder educacional que deve ser espelho para os atores educativos a instituição. Souza diz que o gestor deve buscar uma educação transformadora, que desinstabilize o ser humano de sua poltrona de acomodação, o tornando ativo, crítico e histórico.

      O diretor bem preparado é aquele que sabe mediar os interesses de todas as partes, inclusive os pais e a comunidade. Precisa atuar democraticamente, dar satisfação a todos e ser cobrado por sua atuação e também deve estar atento as demandas dos professores. “Acabar com o isolamento na sala de aula é extremamente importante. Não me parece possível resolver os problemas que a educação brasileira vem acumulando há décadas sem que se ouça o docente, que é o responsável por executar na prática as decisões dos políticos”, afirma Tânia Zagury (Nova Escola, 2006, p.45)

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