Heterogeneidade no Ambiente Escolar
Por: Alan Willian Silva • 23/3/2025 • Artigo • 3.760 Palavras (16 Páginas) • 16 Visualizações
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HETEROGENEIDADE NO AMBIENTE ESCOLAR E A INFLUÊNCIA NA APRENDIZAGEM DO DISCENTE
Resumo
O presente trabalho traz à tona a questão da democratização da gestão escolar, abordando as dificuldades dessa implantação/ação e o papel fundamental que o gestor exerce nessa construção. Abordaremos nesse trabalho a questão da mudança cultural, onde a escola passa do modelo Tradicional, voltado para o autoritarismo, evidenciando que uma gestão democrática participativa produz melhores resultados. Atualmente, a sociedade exige resultados rápidos, hoje, já, se possível para ontem, esquecendo que tudo tem um tempo, Esse ritmo acelerado é perceptível em todos os segmentos da sociedade, no ambiente escola não seria diferente, porém cabe ressaltar que na natureza tudo tem o seu tempo. A flor tem o seu tempo de florescer. A lagarta tem o seu tempo para sair do casulo e transformar-se numa borboleta. As mudanças não são exceções! Mudar também requer o seu tempo e mudanças culturais são demoradas. O Brasil vem de uma cultura de autoritarismo, a monarquia, nesse sentido é visível que os padrões de autoritarismo estão penetrados em nossa sociedade, seja por, excesso de poder político, social e econômico. A escola, como instituição integrante do sistema, está sujeita a essa mesma relação de autoritarismo, o que contradiz com o disposto na Constituição Federal, que consolida as ideias democráticas, nesse sentido existe um movimento histórico no sentido de descentralizar o poder da gestão escolar tornando-a uma gestão democrática compartilhada.
Palavras-chave: Heterogeneidade, Gestão Democrática Participativa, Multiculturalismo, Participação Social, Diferenças.
ABSTRACT
The present work brings up the question of the democratization of school management, addressing the difficulties of this implantation / action and the fundamental role that the manager exercises in this construction. In this work, we will address the issue of cultural change, where the school moves from the traditional model, focused on authoritarianism, showing that participative democratic management produces better results. At present, society demands rapid results, today, already, if possible to yesterday, forgetting that everything has a time, This accelerated rhythm is perceptible in all segments of society, in the school environment would not be different, but it is noteworthy that in nature everything have their time. The flower has its time to bloom. The caterpillar has time to get out of the cocoon and turn into a butterfly. Changes are no exception! Changing also requires your time and cultural changes are time consuming. Brazil comes from a culture of authoritarianism, the monarchy, in this sense it is visible that the patterns of authoritarianism are penetrated in our society, be it by, excess of political, social and economic power. The school, as an institution that is part of the system, is subject to this same authoritarian relationship, which contradicts the provisions of the Federal Constitution, which consolidates democratic ideas, in that sense there is a historical movement towards decentralizing the power of school management. to shared democratic management.
Keywords: Heterogeneity. Participatory Democratic Management, Multiculturalism. Social participation. Differences.
1.Introdução
Entende-se por heterogeneidade o que é diverso plural ou diferente, sendo seu antônimo a homogeneidade que significa que possui igual natureza e/ou apresenta semelhança de estrutura, função, distribuição, pois compartilham características semelhantes.
Uma das primeiras constatações ao observar-se uma escola é que o desempenho não é homogêneo, mesmo com a preconização do ensino, através da BNCC-Base Nacional Curricular Comum, o desempenho da unidade escolar será único, pois ela é constituída de professores, alunos, profissionais administrativos e comunidade que possuem suas particularidades.
É importante ressaltar que a heterogeneidade é positiva dentro do ambiente escolar, pois o conhecimento é construído e ampliado com as diversas formas do saber e do pensar. Conviver e saber trabalhar a heterogeneidade dentro das escolas é um dos desafios do educador. Os alunos e professores são singulares não somente no que se refere à personalidade, mas também porque são oriundos de uma convivência extraclasse, proveniente de uma vivência familiar e social, que exercem um papel de extrema influência diante de sua conduta.
O presente artigo tem como objetivo promover uma discussão acerca da questão da democratização da gestão escolar, abordando as dificuldades dessa implantação/ação e o papel fundamental que o gestor exerce nessa construção. Abordaremos nesse trabalho a questão da mudança cultural, onde a escola passa do modelo Tradicional, voltado para o autoritarismo, evidenciando que uma gestão democrática participativa produz melhores resultados.
Sabemos que a aprendizagem efetiva é uma das maiores preocupações da sociedade, em especial da escola, no entanto para que ela se efetive, é necessário que no ambiente escolar ocorra vínculos colaborativos, a fim de promover a gestão democrática e a reciprocidade. Para isto, o gestor deve dispor de habilidades que supram os entraves que inegavelmente decorrem da convivência entre os integrantes da unidade escolar; por isso é importante que a relação professor/aluno seja fortalecida, através do respeito mútuo, pois essa relação poderá potencializar ou prejudicar a aprendizagem.
Para Tacca e Branco (2008) a relação cognição-afeto é importante dentro da escola, os processos interativos atuam como mobilizadores da construção do conhecimento, especialmente quanto às negociações e desenvolvimento dos objetivos pedagógicos. As relações que as escolas estabelecem com seus alunos, desde sua chegada à escolarização básica, têm favorecido situações de ruptura. As avaliações que são impostas, as expectativas criadas, aliadas a preconceitos incontestes quanto a idealizações sobre as condições necessárias para a aprendizagem, fazem com que alunos e professores se olhem frequentemente, com desconfiança.
Segundo Tacca e Branco (2008 apud Rosenthal & Jacobson, 1983), condições idealizadas e profecias auto-realizadoras, geram frustrações, constroem barreiras e tudo isto conduz a um processo de escolarização fadado ao insucesso.
Diante desse contexto a escola deve se abrir as perspectivas e realizações de sujeitos concretos, com suas diferentes formas de apreender, ser e pensar, o desenvolvimento de cada aluno é um fenômeno singular.
Para Gomes (2008), a heterogeneidade de culturas marca a nossa sociedade atual, a diversidade, entendida como construção histórica, social, cultural e política. Essas diferenças estão dentro da escola, nos alunos, nos professores por isso é necessário que não se eduque para alguma coisa, educa-se porque a educação é um direito e, como tal, deve ser garantido de forma igualitária, equânime e justa.
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