Histórico do transtorno de déficit de Atenção e Hiperatividade

Histórico do transtorno de déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)

Para se chegar ao termo e a definição do que realmente era o TDAH houve muitas pesquisas e discussão dos teóricos sobre o tema. Diversos rótulos foram dados às crianças portadoras desse transtorno. Acreditava-se que as crianças portadoras de TDAH eram perigosas a sociedade. Até chegar ao dia de hoje ouve muita teoria e muita polêmica sobre o TDAH, em que muitos teóricos não concordavam que o transtorno fosse uma doença, desacreditavam na veracidade da doença relacionando-o vinculo da indústria farmacêutica. Porter (2001), Barkley (2001) apud Luciana Vieira Calimman (2006 p.51 e 52). O transtorno de déficit de Atenção e Hiperatividade foi apresentado pela primeira vez em 1845 pelo médico Heinrich Hoffman em seu livro de poesia, que fazia referência a uma criança e os seus comportamentos, intitulado “A estória do irrequieto Philips”(the Sthory offdegty Phillps). Em 1902 George Still fez uma descrição dos sintomas do TDAH que definiu como um Defeito no Controle da Moral. Ele defendia que esse transtorno era hereditário ou que estava relacionado a encefalopatia e não como uma consequência de má educação ou depravação(BARKEY,2008).

        O termo disfunção cerebral mínima foi substituído pelo transtorno cognitivo, comportamental e da aprendizagem, no ano de 1995 a ser conhecido na década de 60 como uma disfunção cerebral mínima, e acreditava-se que este transtorno era causado por alterações das veias nervosas. Por muito tempo houve muitas definições como síndrome da criança hiperativa, distúrbio primário de atenção ou distúrbio de déficit de atenção como ou sem hiperatividade.

        Acreditava-se que o TDAH estaria associado com a maturação cerebral na infância (é um processo através do qual ocorre a mudança e o crescimento progressivo nas áreas físicas e psicológicas do organismo infantil subjacentes a mudança transmitidas por hereditariedade que constitui parte do aparelhamento congênito do recém –nascido) no qual acredita-se que o transtorno desapareceria na vida adulta Barkley(2008). Os estudos mostraram que entre 30% a 70% das crianças portadoras de TDAH tendem apresentar sintomas que trazem prejuízo no desempenho social e acadêmico. O traço que se caracterizava o TDAH nos anos de 1980 antes do DSM-III nas psiquiatrias era o elemento motor e a incapacidade de impulso. Barkley  cita o transtorno encontrado nas conferencias de George Still que para ele só vem a confirmar a existência do transtorno e de sua manifestação clínica(BARKLEY,2008).

        Still (1902) traz em sua análise o TDAH como resultado da função inibidora da vontade na criança, e que a punição para ela não é eficaz, pois, o comportamento agressivo e desafiante é, sem dúvida, uma manifestação comum encontrada nos meios em que vive, como nos casos com relatos de alcoolismo, depressão, comportamento amoral e imoral no seio familiar.

        Evidência também que as brincadeiras e atividades violentas envolvendo algum tipo de fúria eram comuns em crianças com o transtorno de desatenção e hiperatividade e que essas crianças podiam ser perigosas para a sociedade. George Still em 1902 era considerado o primeiro pediatra inglês e o primeiro professor de doenças infantil do kings College Hospital, autor de vários livros sobre o comportamento infantil normal e patológico, ficou famoso pela descrição da artrite reumatoide crônica na criança (BARKEY,1997).

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