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INFÂNCIA E EDUCAÇÃO INFANTIL

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Por:   •  27/9/2013  •  Projeto de pesquisa  •  3.832 Palavras (16 Páginas)  •  508 Visualizações

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RESUMO

O Artigo em questão visa apresentar resultados de uma pesquisa que teve o objetivo de identificar se os professores de berçário executam suas aulas de acordo com o currículo da instituição, para realizar essa pesquisa foi necessário observação, entrevista estruturada de caráter qualitativo e análise dos dados, tendo como base as respostas das entrevistadas foi verificado que as professoras conhecem o currículo e sabem da sua importância no trabalho com bebês.

PALAVRAS-CHAVE: Currículo, Berçário, Práticas Pedagógicas

INTRODUÇÃO

O atendimento a crianças de zero a três anos sempre foi um desafio para os educadores há alguns anos pensava-se apenas em ir para os centros de educação infantil para o chamado cuidar, as crianças ficavam durante o dia brincando umas com as outras sem a preocupação do educar.

Com o passar dos anos e uma maior oferta de vaga mais bebês foram sendo inseridos em instituições de ensino, a partir desse ponto foi constatado que essas crianças precisavam de indicações de como educar sem deixar que essas crianças perdessem a essência do brincar segundo Osteto (2008).

É essencial ter claro que tudo é atividade, pois todas as ações e proposições educam trocar-lhes fraldas, oferecer-lhes água ou um brinquedo, conduzilos ao parque ou deixá-los em sala permite-lhes experiências de manuseio de diferentes materiais. (p.42)

Pensando nisso foi criado o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI), que suje como um recurso para os educadores na hora de se ensinar para os bebês.

Conforme o Referencial Curricular para a Educação Infantil (RCNEI) ´´ educar trata-se promover situações de aprendizagens orientadas de forma integrada contribuindo para o desenvolvimento da capacidade infantil em vários aspectos inclusive social e cultural´´.

A partir do principio da existência de um currículo para bebês deu se inicio a esta pesquisa que tem o intuito de identificar como os professores trabalham em sala o que é indicado no currículo da instituição para essa faixa etária que é de zero a três anos.

Para fundamentar, foi necessário uma compreensão teórica a respeito do que os autores concluem sobre a historia da educação infantil e a necessidade de um currículo para bebês.

Para se chegar a um resultado satisfatório para essa pesquisa foi preciso coletar dados através de observação e entrevista estruturada com duas professoras de berçário e uma do maternal.

INFÂNCIA E EDUCAÇÃO INFANTIL

A infância é um momento particular e significativo no qual ocorre grande parte do desenvolvimento físico, psicológico, social e afetivo da criança.

O conceito de infância é fruto de uma construção social, porém, percebe-se que sempre houve criança, mas nem sempre infância. São vários os tempos da infância, estes apresentam realidades e representações diversas, porque nossa sociedade foi constituindo-se de uma forma, em que ser criança começa a ganhar importância e suas necessidades estão sendo valorizadas, para que seu desenvolvimento seja da melhor forma possível. ACRESCENTE CITAÇÃO

No decorrer dos séculos, como mostra a história, surgiu diferentes concepções de infância. Primeiramente, a criança era vista como um adulto em miniatura, e seu cuidado e educação eram feitos pela família em especial pela mãe (ARIÉS, 1981).

A descoberta da infância começou sem dúvida no século XIII, e sua evolução pode ser acompanhada na história da arte e na iconografia dos séculos XV e XVI. Mas os sinais de seu desenvolvimento particularmente numerosos e significativos a partir do fim do século XVI e durante o século XVII. (p. 65)

A partir do século XIX e XX, a infância começa a ocupar um lugar de fundamental importância para a família e para a sociedade, começa a se pensar neste ser de pouca idade como alguém que necessita de lugar, tempo, espaço e cuidados diferenciados, começando a delinear-se o que mais tarde evoluiu para o que hoje reconhecemos como infância.

Como conseqüência surge, também, as primeiras instituições destinadas ao atendimento específico para crianças pequenas, destinados, inicialmente, para o cuidado e a assistência às crianças órfãs, filhas da guerra ou do abandono produzido pela pobreza, miséria e movimentos migratórios. Datam estas primeiras instituições de “Educação Infantil” a primeira metade do século XIX em vários países da Europa, e no Brasil, a partir da década de 1870.

Ao longo do século XX, a educação infantil foi produzida e evoluiu de diferentes formas, sob a influência de diferentes pedagogos ou educadores, a começar com Froebel, conhecido pela criação dos jardins de infância. No Brasil, a infância começa a ganhar importância em 1875, quando surgem no Rio de Janeiro e São Paulo os primeiros jardins de infância inspirados na proposta de Froebel, os quais foram introduzidos no sistema educacional de caráter privado visando atender às crianças filhas da emergente classe média industrial. Já em 1930, o atendimento pré-escolar passa a contar com a participação direta do setor público, fruto de reformas jurídicas educacionais. Seu conteúdo visava tanto atender à crescente pressão por direitos trabalhistas em decorrência das lutas sindicais da então nova classe trabalhista brasileira, quanto atender à nova ordem legal da educação: pública, gratuita, e para todos.(KISHIMOTO, 1988)

Diferenciando-se de países industrializados, o Brasil dá início à organização das primeiras creches no começo deste século (século XX), com uma clientela composta basicamente de filhos de indigentes e órfãos.

Em São Paulo, as creches atendem principalmente o contingente de

mulheres e crianças na extrema miséria, que aumentam os núcleos urbanos,fruto do deslocamento de populações pobres, em busca de melhores condições de vida. (p. 24).

O artigo 208 da Constituição de 1988 define que “o dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade”. Com o objetivo de assegurar o atendimento e a permanência das crianças em creches e pré-escolas.

Com várias mudanças ocorrendo em prol das creches aparece a preocupação com a formação dos professores e os métodos utilizados por eles para o trabalho com crianças de 0 a 3 anos, o cuidar e ensinar ao mesmo tempo. Autores como OLIVEIRA (2001), MUKHINA (1996), BONDIOLI & MANTOVANI (1998), entre outros, destacam a importância

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