Jogos/brincadeiras: Conceitual, Procedimental e Atitudinal
Por: Thuiane • 27/4/2019 • Trabalho acadêmico • 582 Palavras (3 Páginas) • 1.526 Visualizações
PORTFÓLIO
Jogos/brincadeiras: Conceitual, Procedimental e atitudinal.
ESCRAVOS DE JÓ________________________________________________________
Material utilizado: objeto (pedrinha, tampinha, lata, bola pequena...).
N° de participante: quatro ou mais jogadores.
Local: ar livre ou interno.
Aulas: três aulas.
Desenvolvimento: Formada a roda, as crianças (ou jogadores) permanecem paradas, podendo inclusive ficar sentadas, com um objeto igual para todos (pedrinhas, copo, caneca, etc.), na mão direita.
Ao ritmo da música, marcando os tempos fortes, iniciam a brincadeira de passar o objeto que têm na mão direita para o vizinho da direita, e receber com a mão esquerda o objeto do vizinho da esquerda (se estiver em pé), trocando-o rapidamente de mão. Quando a letra diz "zigue, zigue, zá", o objeto é retido na mão direita, e só passado para a pessoa da direita na última palavra.
Essa brincadeira estimula a atenção, a concentração, a coordenação motora, a linguagem, o ritmo, a memória e a cooperação entre os participantes.
Observação: a música pode variar de localidade para localidade.
A origem do jogo ‘’Escravo de Jó’’: Jó é um personagem bíblico do antigo testamento que possuía uma grande paciência. Dai a expressão "Paciência de Jó". Segundo a Bíblia, Deus apostou com o Diabo que Jó, mesmo perdendo as coisas mais preciosas que possuía (filhos e fortuna) não perderia a fé.
Nada indica que Jó tinha escravos e muito menos que jogavam o tal caxangá. Acredita-se que a cultura negra tenha se apropriado da figura para simbolizar o homem rico da cantiga de roda. Os guerreiros que faziam o zigue, zigue, zá, seriam os escravos fugitivos que corriam em zigue-zague para despistar o capitão-do-mato.
O mais difícil de entender é o que seria o caxangá. Segundo o dicionário Tupi-Guarani-Português, a palavra vem de caá-çangá, que significa "mata extensa". Para o Dicionário do Folclore Brasileiro, é um adereço muito usado pelas mulheres do estado de Alagoas. A verdade é que a cantiga vem sofrendo e ainda sofre modificações em seus versos de estado para estado. Afinal de contas, o correto seria deixarmos o Zambelê ou o Zé Pereira ficar?
Podemos modificá-lo da seguinte maneira: Propor à turma uma pesquisa sobre a origem do jogo primeiramente. O jogo pode ser realizado em qualquer ambiente e situação. O tema e o tipo de dinâmica devem ser apropriados para a situação que se pretende realizar. Pode propor uma pesquisa sobre o jogo e fazer uma roda de conversa sobre as descobertas frente ao jogo e suas variações e significados (principalmente da cantiga) de região para região.
Ainda, modificar o modo como se realiza. Quase sempre realizam o jogo sentado, porém, podemos realizá-lo através da utilização de varas de bambu (taquara). : com as taquaras realizar pulos ao cantar a música sempre para a direita, ficando ora dentro do quadrado e ora fora. Fica fora do jogo aquele que não acertar a situação do momento (dentro ou fora das taquaras).
Outra modificação: Ao cantar a música realizar movimentos corporais. Escravos de jó (um passo para direita) Jogavam caxangá (um passo para direita) Tira (pular para trás) põe (pular para frente) Deixa ficar (permanecer no lugar ou abaixar) Guerreiros com guerreiros (um passo para direita) Fazem zig-zig-zá (um passo para direita).
O jogo ‘Escravo de Jó’’ é realizado em equipe, com isso, tem que ter uma colaboração, mutua. Por se desenvolver na oralidade (orientação e cantiga) além do trabalho em equipe é um bom jogo para a inclusão de criança com deficiência visual.
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