LIBRAS: UMA LINGUAGEM QUE VEIO REVOLUCIONAR A EDUCAÇÃO
Por: veviva • 6/6/2015 • Resenha • 1.878 Palavras (8 Páginas) • 337 Visualizações
LIBRAS: UMA LINGUAGEM QUE VEIO REVOLUCIONAR A EDUCAÇÃO
LIBRAS: UMA LINGUAGEM QUE VEIO REVOLUCIONAR A EDUCAÇÃO
A surdez é o nome mais comum dado à impossibilidade ou dificuldade de ouvir. De acordo com Fernandes (1998) a surdez afeta o principal meio de comunicação entre as pessoas, inviabilizando o acesso à língua oral-auditiva.Infelizmente, a surdeznão recebe da sociedade a mesma atenção que é dada aos portadores de outras deficiências. O deficiente auditivo tende a se separar de outras pessoas, trazendo para si as consequências do isolamento. A dificuldade maior ou menor que ele tem para ouvir e se comunicar depende do grau de surdez, que pode ser leve, moderada, severa e profunda.
Uma pessoa surda se sente como se estivesse em outro país convivendo com pessoas que falam outra língua e em virtude disso, não consegue se comunicar. A comunicação entre pessoas que não falam a mesma língua é extremamente difícil e assim também é para as pessoas surdas. Elas têm dificuldade para expressarem seus sentimentos e desejos no dia a dia.
É, por isso, que os pais ou responsáveis precisam estar atentos para os primeiros sinais característicos da surdez, como a falta de reflexo de pronto atendimento aos chamados ou a indiferença da criança perante os ruídos ao seu redor.
Não só os familiares das pessoas surdas, mas a população como um todo precisa conhecer mais a questão da surdez em todos os seus aspectos,de forma que possamos respeitar essas pessoas como merecem que as tratamos.
Para quem pensa que a surdez é algo raro está muito enganado pois,
Os problemas auditivos não são rarose podem acontecer com pessoas de qualquer idade, raça ou classe social. Estima-se que quase 10% dapopulação mundial possua algum problema auditivo e que 1,5% da população brasileira (2,25 milhões) é portadora de deficiência auditiva. (VIERA, p.2, 2005)
De acordo com essas estatísticas percebemos que realmente há muitos brasileiros com problemas de surdez e, por isso, devemos procurar nos informar mais sobre esta questão, de como eles sofrem com a discriminação, da forma como são incompreendidos pelas pessoas que não os compreende, enfim, são diversos problemas que prejudicam essas pessoas.
Assim, precisamos entender que o ouvido é dividido em três partes: externo, médio e interno. O ouvido externo é formado pelo pavilhão auricular e canal auditivo com a membrana timpânica no fundo do canal. No ouvido médio estão os três ossículos (martelo, bigorna, estribo) e a abertura da tuba auditiva. O ouvido interno também chamado de labirinto é formado pelo aparelho vestibular (equilíbrio) e cóclea (audição). O som chega ao cérebro através do nervo coclear. Há três tipos de surdez, por condução, percepção e mista.
Quando existe um bloqueio no mecanismo que conduz o som desde o canal auditivo até o estribo, a perda auditiva pode ser de condução que pode se causada devido ao cúmulo de cera no canal do ouvido, ou perfuração no tímpano, ou infecção no ouvido médio, lesão ou fixação dos pequenos ossinhos (martelo, bigorna, estribo). Além disso, pode acontecer a surdez por percepção que é aquela provocada por problema no mecanismo de percepção do som desde o ouvido interno (cóclea) até o cérebro. Algumas causas importantes de surdez de percepção ou sensorioneural essa modalidade de surdez acontece quando a pessoa costuma ouvir som muito alto. E, por último, há a surdez mista que pode acontecer quando ambos o mecanismo (condução e percepção) são alterados.
O tipo de surdez e o diagnóstico são feitos a partir da história do paciente, por meio de exame do ouvido e testes com instrumental especializado. O exame complementar mais importante e indispensável é a audiometria. Uma vez constada a surdez, o tratamento vai acontecer de acordo com a causa.
A surdez é mais do que uma condição médica. Para os indivíduos que são surdos, a surdez não é apenas ter "ouvidos doentes". Eles pertencem a uma comunidade, uma cultura. O sentido da cultura é mais forte entre aqueles que a linguagem gestual é o seu idioma principal. É este vínculo linguístico, talvez mais do que outros fatores, que liga os membros desta comunidade. Surdez é muito mais do que um fenômeno fisiológico. É um modo de vida. Nas últimas décadas, a linguagem tem desempenhado um papel cada vez mais centralizador na unificação cultural da comunidade surda.
Para que o surdo pudesse se comunicar melhor e interagir na sociedade foi criada a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) que á língua natural da maioria dos surdos brasileiros que foi reconhecida no Brasil pela Lei 10.436/2002 e pelo Decreto-lei 5.626/2005.
A LIBRAS é uma língua com estrutura gramatical própria com níveis linguísticos como: fonológicos, morfológicos, sintáticos e semânticos. É uma língua que está em constante evolução. É um código de comunicação como qualquer outro que representa o universo de ideias da comunidade surda e que por meio dele essas pessoas podem expressarem os mesmos conceitos da Língua Portuguesa. É preciso ter bom senso para escolher quais sinais deverão ser usados obedecendo a estrutura da Língua deSinais para entender o sentido da mensagem.
Enfim, o que diferencia a Língua de Sinais das demais línguas orais é sua modalidade visual-espacial.
A pessoa que aprende Libras sente como é se comunicar sem som, fazendo movimentos no ar com a mão, acompanhando a expressão facial e corporal, enfim, é uma porção de coisas que modifica na comunicação.
Os estudos sobre LIBRAS continuam sendo desenvolvido e de acordo comestas pesquisas esta língua é comparável em complexidade, expressividade e possui uma estrutura gramatical própria. A LIBRAS é capaz de expressar ideias sutis, complexas, abstratas, pensamentos, poesias e humor.
Assim acreditamos que a LIBRAS veio para revolucionar o mundo não só das pessoas surdas, mas da sociedade como um todo facilitando a comunicação.
É, por isso, que deve haver um grande investimento para qualificar professores, para ensinar os alunos, de forma que a inclusão social possa ser garantida.
Hoje ainda não há muitos investimentos do governo nesse sentido, é exigido das escolas que recebam os alunos surdos, porém o governo não garante nem aos professores nem aos alunos uma estrutura digna para incluir o aluno surdo no contexto escolar.
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