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Libras - Língua de Sinais Brasileira

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Por:   •  4/11/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.635 Palavras (7 Páginas)  •  534 Visualizações

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Universidade Anhanguera UNIDERP

Pedagogia

LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS

Jenifer da Silva - 7373576828

Jéssica de Souza Reinhardt - 7980695907

Júlia Maria Cardoso Mattos - 9978020790

Márcia Conceição de Oliveira - 7985698705

Viviane Stark Leitzke - 8142752496

Tutora à distância: Adriane Arriada

Pelotas, 18 de Novembro de 2013

Introdução

A LIBRAS, assim como as línguas orais é espontânea e surgiu da interação e da necessidade de interação entre a comunidade surda brasileira. É uma língua visual-espacial, ou seja, articula- se espacialmente e é percebida visualmente. Assim como qualquer língua ela permite a formação de conceitos descritivos, emotivo, racional, literal metafórico, concreto, abstrato, dentre outros.

Etapa 1 –

A Libras – Língua Brasileira de Sinais – foi reconhecida em 2002 pelo governo brasileiro. Seu reconhecimento como língua foi tardio.

A língua de sinais é a língua usada pela maioria dos surdos, no seu cotidiano, enfim na sua vida diária, no Brasil a língua de sinais falada é a Libras.

A pessoa surda passou a ser valorizada como ser histórico-cultural e de sua comunidade como produtora de cultura. Durante muito tempo e até recentemente, quando se falava em surdez, logo se pensava em um quadro clínico. Ainda há quem represente a surdez ou tente definir o ser surdo a partir da ausência de algo, como se ele fosse um ser infeliz por não ouvir músicas ou falar ao telefone. No Brasil, os estudos acerca da língua de sinais iniciaram por volta de 1980, no Rio de Janeiro e São Paulo.

Em várias situações os surdos usam o corpo e os gestos para se expressarem, se comunicarem e também cada país tem sua língua de sinais própria, ou seja, ela não é igual em todos os países. A cultura das línguas de sinais é refletida nos diferentes países onde são usadas.

Entendemos que a comunidade surda de fato não é só de sujeitos surdos, há também sujeitos ouvintes – membros de família, intérpretes, professores, amigos e outros – que participam e compartilham os mesmos interesses em comum em uma determinada localização. E o que realmente interessa, nesse momento histórico, para os surdos, é que a sociedade ouvinte os perceba enquanto sujeitos de sua própria história e que sua cultura seja valorizada.

A língua de sinais, para o surdo, tem um valor muito importante: é que ela possibilita seu relacionamento com o mundo surdo e com o ouvinte; é a língua através da qual expõe naturalmente suas emoções.

A Libras também se apropria das expressões da face e do corpo, para trazer mais vida ao movimento da comunicação e para determinar o que o sinal realmente quer dizer. Com a expressão facial e corporal podemos passar o cansaço, decepção, surpresa, curiosidade, ódio, inveja e tantos outros sentimentos existentes.

Muitas vezes os pais não-surdos recorrem tudo o que podem para que seus filhos possam escutar, falar, e acabam usando aparelhos para surdez e tentam terapias para que seus filhos possam falar, mas não sabem o quanto isso pode incomodar a criança, o quanto isso pode ser desagradável. Os pais se desesperam por nunca terem se deparado com uma situação assim, por não saberem como é uma pessoa surda e como lidar com ela, com conhecer nada sobre o seu mundo. Os surdos falam de acordo com o que ouvem, uma voz abafada. A surdez delimitará a audição.

Os surdos tem sua própria cultura, com sua própria linguagem, costumes, valores, história, heróis, tudo que compões uma cultura.

Os pais não-surdos deveriam utilizar a expressão visual, pois as crianças surdas adoram, porque isso elas entendem, é da maneira delas, se os pais não-surdos fizessem isso com frequência, com certeza ficariam mais contentes com o resultado, em vez de limitarem o tempo todo ao uso da palavra, que pode ter pouco significado, sentido para as crianças surdas, o surdo precisa de informação visual, pois é assim que ele entende.

Os pais não-surdos não precisam abandonar o seu mundo porque tem um filho surdo, ele apenas precisa compreender o mundo do surdo. É mais fácil pro surdo se comunicar pela linguagem de sinais, pois precisar fazer muito esforço pra falar. Muitas vezes nos prendemos no nosso mundo com uma visão tão fechada que não notamos as diferenças das pessoas e não as valorizamos. Os surdos pensam, trabalham, são alegres, tão inteligentes quanto nós ouvintes. Os surdos não são mudos, só não falam “corretamente” porque não ouvem, por não ter audição, não reconhecem os sons e a pronúncia das palavras, consequentemente não articulam as palavras e frases corretamente, surgindo então a expressão surdo-mudo.

O surdo, sua língua e a relação médico paciente.

A surdez caracteriza se pela redução da percepção do som, em grau variado, o que dificulta a aquisição da linguagem oral, de forma natural. Aí, então, a comunidade surda passa a usar a língua de sinais como primeiro meio de comunicação, sendo um desses fatores que despertam o sentimento de pertencimento a uma cultura, embora nem todas as pessoas surdas se consideram membros de uma comunidade, com características únicas, linguagem e normas sociais.

A surdez distinguisse de outras deficiências, não pela deficiência física propriamente dita, mas pela dificuldade de estabelecer comunicação entre pessoas.

Para vencer estas barreiras surgiram as línguas de sinais, presentes nos cinco continentes. No Brasil a LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) foi reconhecida como meio legal de comunicação e expressão da comunidade surda.

Em primeiro lugar é necessário conhecer as particularidades da identidade e da cultura surda de modo a propiciar o desenvolvimento de habilidades comunicativas a favorecer a relação entre pacientes surdos e médicos.

Pacientes surdos e médicos quando se encontram, deparam se com barreiras comunicativas que comprometem o vínculo a ser estabelecido e a assistência prestada, podendo prejudicar o diagnóstico e o tratamento.

Conhecer e compreender as várias questões que envolvem o atendimento a pessoa surda vai favorecer a interação entre pacientes e médicos, reduzindo significativamente o desconforto de ambos no encontro clinico.

A Surdez como uma cultura

Surdez é mais do que uma condição médica. Para os indivíduos que são surdos, a surdez não é apenas ter ouvidos doentes ...

Eles pertencem a uma comunidade, uma cultura. Neste sentido a surdez é única entre os tipos de deficiência. A cultura é mais forte entre aqueles que a linguagem gestual é o seu idioma principal. É este vínculo linguístico, talvez mais do que outros fatores, que liga os membros desta comunidade.

Em muitos aspectos, o caráter social da cultura surda, existe um sentimento de orgulho entre os surdos, e eles gozam do estatuto da minoria cultural e linguística. Surdez é muito mais do que um fenômeno fisiológico.

É um modo de vida. Nas últimas décadas, a linguagem, tem desempenhado um papel cada vez mais centralizados na unificação cultural da comunidade surda.

Entrevista

Entrevistada: Ivete caldeira

Idade: 42

Estado civil: casada

Filhos: 2

Profissão: do lar

Natural; pelotas – colônia

Escolaridade: 7 série do ensino fundamental.

Vou contar um pouco da minha vida. Morávamos na colônia, minha família de origem humilde, éramos pai, mãe, meu irmão e eu.

Minha mãe teve uma gravidez tranquila, assim como a gestação de meu irmão. Ao completar os nove meses nasci, perfeita e saudável. O tempo foi passando e eu crescendo…até que aos seis anos tudo mudou. Minha mãe pediu para que eu fosse até a casa de minha avó materna que ficava perto, mas senti uma dor na cabeça e no ouvido e a partir deste momento não escutava nada e não conseguia falar, emitir nenhum tipo de som, acabei adormecendo no caminho, não cheguei a casa de minha avó, e todos me procurando. Naquela época e na colônia, não haviam recursos e as pessoas não eram tão preparadas, minha mãe colocou em meus ouvidos álcool embebido no algodão…com o tempo apodreceu, dentro de meu ouvido.

Passou o tempo viemos embora para a cidade, consultei um especialista e o diagnóstico surdez, o médico colocou um aparelhinho no qual era uma caixinha que passava um fio q ia no ouvido, mas o barulho que fazia era grande me causando muita dor de cabeça, então mantinha ele desligado. Mas já estava na escola, mas com tudo isso o meu recurso foi a aprender a ler a leitura labial, mas tinha muita dificuldade em língua portuguesa e matemática. Tudo havia dificuldade, acabei desistindo de estudar, acabei casando anos mais tarde, tenho dois filhos que não são surdos.

Hoje me acostumei com o meu problema, uso um aparelho mais moderno, pois não quis fazer a cirurgia, para colocar um outro tipo de dispositivo, fiquei com problemas na minha fala, mas as pessoas podem me compreender, mas meu médico não quer que eu faça leitura labial, tenho que usar o aparelho. Não sei libras, gostaria de aprender.

Etapa2

O professor deve planejar suas aulas sempre pensando na interação e aprendizagem do seu aluno, pensar em atividades que o aluno surdo irá realizar com os demais alunos, levar para os ambientes educacionais métodos visuais, como vídeos, desenhos, fazer atividades em grupo, o professor deve centralizar suas práticas de ensino-aprendizagem nas capacidades de seus alunos. Deve fazer o uso de fichas, de painéis, explorar o visual. Utilizar jogos, brincadeiras.

1° atividade: utilizar fichas para o professor apresentar o alfabeto.

2°atividade: jogo da memória com fichas.

3° atividade: utilizar folha ofício, lápis de cor, para que depois de pronto a criança possa colorir os desenhos, pode ser realizada em grupo.

3° atividade: jogo de adivinhação

Estratégia:

apresentar aos alunos uma seleção de sinais. Por exemplo: papel, domingo, flor, banheiro, professor, televisão, cor-de-rosa e namorar.

Explicar que a partir dos sinais expostos no slide os alunos devem fazer um comentário. Um de cada vez e os colegas devem descobrir qual foi o sinal comentado.

Ex.: aluno a escolhe mentalmente o sinal domingo. Então, faz em sinais: dia bom calmo dormir muito família passear. Dentre os outros alunos presentes o que descobrir primeiro, deve fazer o sinal de domingo

.

O aluno que descobrir mais sinais ganha ponto. Ganha quem somar mais pontos ao final do exercício.

Recursos: Datashow, uso de PowerPoint e slide com fotos ou desenhos dos sinais diversos.

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