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LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS - LIBRAS

Por:   •  26/6/2017  •  Trabalho acadêmico  •  3.011 Palavras (13 Páginas)  •  414 Visualizações

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP 

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

CURSO DE PEDAGOGIA

LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS - LIBRAS

 

Atividade Prática Supervisionada (ATPS) entregue como requisito para conclusão da disciplina “Língua Brasileira de Sinais”, sob orientação dos professores-tutores à distância.


SUMÁRIO

Introdução        2

A surdez e seus aspectos relevantes        3

Atividades direcionadas para alunos surdos em um processo de inclusão        5

Alguns recursos didáticos        7

A criança surda em classe de crianças ouvintes        8

Considerações Finais        10

Referências Bibliográficas        11


INTRODUÇÃO

O presente trabalho visa realizar uma revisão bibliográfica para melhor compreensão da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS. Apresentamos a surdez quanto ao aspecto médico, social e cultural, bem como a cultura surda e a relação com Libras.  

Os surdos constituem uma comunidade minoritária, visto que os ouvintes são a maioria. Para serem identificados, elementos com a língua de sinais e uma cultura própria visual fazem parte do dia-a-dia dessas pessoas.  Eles se reúnem em locais os quais a língua de sinais e a identidade surda é utilizada de forma natural.

Pertencer à comunidade surda pode ser determinado pelo domínio da língua de sinais, pelo sentimento de identidade com o grupo, fatores determinantes quanto a diferença e não como deficiência.

A primeira parte do trabalho é composta dos aspectos relevantes da surdez, sendo eles cultural médico e social.

Em seguida, discorremos sobre algumas atividades relevantes para serem trabalhadas no cotidiano do aluno surdo, levando em consideração que esse sem encontra matriculado e frequentando a sala regular de ensino. O próximo passo foi dispor de recursos didáticos que podem ser utilizados pelo professor.

A última etapa do trabalho trata da das percepções e considerações sobre o processo de inserção da criança surda em classe de crianças ouvintes.  

 


A SURDEZ E SEUS ASPECTOS RELEVANTES

A surdez é uma incapacidade total ou parcial de ouvir sons. É causada pela lesão do sistema auditivo o que implica no bloqueio que afeta a compreensão e dificuldade na produção da linguagem oral (CHAVES, 1993). A surdez pode ser congênita. Nesse caso o indivíduo já nasceu surdo. É uma surdez pré-lingual, já que ocorreu antes da aquisição da linguagem. A surdez pode ser adquirida, quando a pessoas perder a audição durante a vida. Nesse caso a surdez poderá ser pré ou pós-lingual, dependendo da sua ocorrência ter acontecido antes ou depois da aquisição da linguagem.

A surdez pode ser classificada quanto ao grau de comprometimento, sendo:

  • Audição normal – 0 a 15db
  • Surdez leve – 16 a 40db: a pessoa pode apresentar dificuldade em escutar o barulho de um relógio (tic-tac) ou mesmo um cochicho.
  • Surdez moderada – 41 a 55db: dificuldade para ouvir voz fraca ou canto de um pássaro.
  • Surdez acentuada – 56 a 70db: dificuldade em escutar conversas em tons normais.
  • Surdez severa – 71 a 90db: dificuldade em escutar barulho de máquina de escrever e de telefone tocando.
  • Surdez profunda – acima de 90db: dificuldade em ouvir barulho de caminhão, de maquina de serrar madeira e até de avião decolando.

Para comunicação daqueles que não escutam ou que possuem alguma perda na audição, temos a língua brasileira de sinais (LIBRAS), que é a língua utilizada no dia-a-dia pelos surdos no Brasil. Choi (2001) explica que essa língua é símbolo de identificação entre seus membros e, sendo assim, a principal força que une a comunidade surda.

Ao contrário do que muitos pensam o dialeto de sinais não é universal e cada país possui o seu, sendo que a cultura e a língua estão intimamente ligadas. As línguas de sinais refletem a cultura dos diferentes países onde são usadas, derrubando a ideia de que a língua de sinais é universal (CHOI, 2001).

Segundo Choi (idem), ao contrário das línguas orais, esse dialeto utiliza o canal visual-espacial ao invés do oral-auditivo. As informações são recebidas através dos olhos e produzidas no espaço, através das mãos, pela expressão facial e movimentação do corpo.

No Brasil é reconhecida como meio legal de comunicação e expressão, sendo um sistema linguístico de natureza visual-motora, a qual possui estrutura gramatical própria capaz de transmitir ideias e fatos oriundos das comunidades surda do país.

Sendo assim, a Lei 10.436 de 24 de abril de 2002 discorre sobre a garantia da difusão e apoio da língua brasileira de sinais por parte do poder publico, como meio de comunicação objetiva e de utilização em comunidades surdas do país. A lei também garante a assistência quanto a saúde através do atendimento e tratamento de maneira adequada aos deficientes auditivos.

Um artigo importante dessa lei (Art. 4o )discorre sobre o sistema educacional federal e os sistemas estaduais e municipais devem incluir ou garantir a inclusão do ensino da Língua Brasileira de Sinais como parte integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Não podendo esta substituir a modalidade escrita da língua Portuguesa.

Apesar das diferenças entre língua de sinais e línguas orais, ambas seguem os mesmos princípios com relação a possuírem um conjunto de símbolos convencionais, ou seja, um léxico e uma gramática que seria um sistema de regras que rege o uso e a combinação desses símbolos em unidades maiores (CHOI, 2001).

O autor ainda explica que a surdez pensada pelo aspecto médico é vista como patologia, uma deficiência. Sendo assim, o surdo é um deficiente, devendo ser tratado através da utilização de aparelhos que amplificam o som ou através do implante coclear seguido de treinamento auditivo intensivo.

 É de suma importância que haja um desenvolvimento afetivo, emocional, cognitivo, social e linguístico do surdo. Choi (idem) explica que a educação converte-se em prática terapêutica e tem por objetivo oferecer ao surdo o que lhe falta, a audição e por consequência a fala.

O reconhecimento de que a língua de sinais possibilita o desenvolvimento das pessoas surdas em todos os aspectos, somados à reivindicação das comunidades surdas quanto à adoção da língua de sinais na educação, tem levado, nos últimos anos, muitas instituições a adotar o modelo bilíngue na educação dos alunos surdos. Nesse modelo a primeira língua é a de sinais, que dá suporte ao aprendizado da segunda língua (CHOI, idem).

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