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MUITO PRAZER: PEDAGOGA.

Por:   •  1/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  588 Palavras (3 Páginas)  •  311 Visualizações

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MUITO PRAZER: PEDAGOGA.

     Conversando com uma estagiária na escola, fui surpreendida pela seguinte questão: afinal, o que você faz na escola? Dei-lhe a resposta clássica: cuido do planejamento pedagógico da escola.

     Na volta para casa, vim pensando no questionamento feito e, para minha surpresa, descobri que poucas pessoas, mesmo trabalhando muito tempo na área educacional, não conhecem o verdadeiro papel da pedagoga na escola.

     É certo que minha primeira função diz respeito ao planejamento didático escolar. Sou eu quem, com a ajuda dos professores, planejo quando e o que os alunos vão estudar no decorrer do ano letivo, mas minha função não fica só nisto; sou responsável por muitos outros trabalhos, que considero de grande importância para a escola.

     Incomodada com o questionamento, procurei saber o que o professorado e alunado  pensava do trabalho da  pedagoga na escola, e, o que ouvi, me deixou mais convicta de que  preciso esclarecer qual é o meu papel no processo ensino/aprendizagem.

     Alguns achavam que eu não fazia nada, pois apenas me viam para baixo e para cima na escola, outros, que cuidava somente da disciplina dos alunos, colocando-os para dentro da sala quando necessário e conversando com pais e responsáveis quando a ocasião exigia e das reuniões que, diga-se de passagem, detestam freqüentar; outros, que eu era uma espécie de ponte de ligação entre professor/aluno/administração, resolvendo problemas menores que poderiam ser resolvidos por qualquer pessoa; outros, que eu apenas ajudava na parte administrativa com relação às leis que deveria saber de cor e salteado, dependendo da necessidade de cada um; e outros, que eu andava pela escola de caderninho e lápis nas mãos para punir alunos infratores, separar brigas, dar ocorrências, acalmar ânimos, etc...

     Confesso que, na atual estrutura da escola, acabo cumprindo todas essas funções que não fazem parte de minha formação, mas que não posso deixar de fazer por falta de recursos humanos para exercê-las dentro da escola. Afinal, alguém tem que fazer o que é preciso!

     Mas minha função primordial é dar subsídios teóricos ao professor. Sou a outra metade dele. O professor tem a prática, eu a teoria que embasa esta prática e que pode facilitar seu trabalho docente. Sou sim uma ponte, mas entre a prática do professor e seu modo de ministrar aulas. Posso facilitar sua vida, organizar seu planejamento, tornar suas aulas mais atrativas, melhorar seu relacionamento com o discente, ajuda-lo a crescer na profissão, despertar sua curiosidade e por conseqüência a do aluno, torna-lo educador e não um mero professor e tantas outras coisas que, de um modo ou de outro, façam com que o processo de ensino aprendizagem seja mais fácil, flua com maior tranqüilidade.

     Também ainda sou estagiária e ver meu papel, minha profissão tão distorcida pela comunidade escolar, deu-me uma maior dimensão do que é preciso ser mudado dentro da escola e a primeira coisa a se fazer é tornar conhecido o real papel do pedagogo escolar. É desfazer esta imagem de supervisor do trabalho do professor com vistas somente a puni-lo.

     Não estou na escola para punir ou para supervisionar, seja professor ou aluno; estou para unir forças, dar as mãos e ajudar a construir uma educação de qualidade para todos.

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