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MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA FAMILIAR E O REFLEXO NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE CRIANÇAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Por:   •  4/5/2017  •  Artigo  •  6.370 Palavras (26 Páginas)  •  412 Visualizações

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MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA FAMILIAR E O REFLEXO NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE CRIANÇAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Barbara Lima*

Helena do Carmo*

Marcelo Thiago Vivas Pereira*

Rosane Almeida*

Vanderson de Jesus*

Silvia Passos**

RESUMO

Este artigo trata sobre a violência familiar contra as mulheres e o impacto causado na aprendizagem de crianças da educação infantil. Indagando-se quais as consequências para as vítimas e seus filhos desta violência, especialmente em relação á educação e aprendizagem. A violência contra a mulher é um grande problema mundial, tratando-se de um agravo na saúde pública levando também o reflexo disso para a educação. Trata-se de uma pesquisa de cunho qualitativo com uma revisão bibliográfica, onde foi realizada busca sobre o assunto através de documentos, científicos, livros e sites eletrônicos. Os casos de violência familiar contra a mulher são denominados violência de gênero, elemento constituinte da cultura adotada pela sociedade ao longo dos anos referindo que a violência familiar nada mais é do que o resultado das relações de poder masculino e submissão do sexo feminino e vai também interferir na educação das crianças.   A violência contra a mulher é geralmente praticada por familiares, parceiros e cônjuges, muitas vezes praticada sem motivos sendo sua única finalidade mostrar que o parceiro detém o poder na relação. Estes atos de violência deixam a vítima vulnerável em qualquer época da vida e afeta os laços entre os integrantes da família, principalmente as crianças. Estamos a cerca de uma pandemia que exige rápidas resoluções para a situação, onde a integração do poder público e da sociedade é de fundamental importância. Frequentemente ouvem-se relatos e notícias divulgadas na mídia e nos boletins policiais de que houve um aumento de agressões contra essas mulheres. O estudo teve como objetivo geral conhecer às mulheres em situação de vulnerabilidade na violência doméstica: e o reflexo dessa prática que atinge os filhos na educação, e também se busca identificar e traçar o perfil das vítimas e o papel da sociedade e da justiça diante destes casos. Acredita-se que o mesmo contribua para o crescimento e conhecimento acerca da situação, proporcionando uma visão holística sobre o assunto e contribuindo para uma melhor assistência prestada preparando-se para lidar com as vítimas dessa situação nas unidades assistidas.

Palavras chaves: Violência familiar conta mulher, Educação, Criança.

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Graduandos do Curso de Graduação em Pedagogia da Faculdade Visconde de Cairu.

** Docente da disciplina Pesquisa e Prática Pedagógica III da Faculdade Visconde de Cairu. Salvador – BA.


  1. INTRODUÇÃO

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), um terço das mulheres sofre violência doméstica no mundo. A violência doméstica acontece diariamente, sendo que a cada hora e meia uma mulher sofre algum tipo de agressão tendo como consequência desses atos o óbito. A grande parte dos homicídios cometidos contra a mulher ocorreu entre os anos de 2001 a 2011, onde metades desses crimes aconteceram dentro do ambiente familiar. Entre os dados de homicídios registrados para cada 100 mil mulheres, El Salvador encontra-se na 1°posição com taxa de (10,3), seguido de Trindade e Tobago (7,9). O Brasil está na 7° posição com taxa de (4,4). Em último encontra-se a Islândia, na 80° posição,  que apesar de existirem agressões contra as mulheres não foram notificados casos de homicídios na Islândia. De acordo com as estatísticas dos estados brasileiros, o Espírito Santo ocupa o 1° lugar com taxa de (9,8 homicídios/100mil mulheres), a Bahia ocupa a 2° posição com taxa de 9,0/100mil mulheres e Alagoas ocupa a 3° posição com taxa de 8,8/100mil mulheres.

A violência contra a mulher é geralmente praticada por familiares, parceiros e cônjuges, muitas vezes praticada sem motivos sendo sua única finalidade mostrar que o parceiro detém o poder na relação. Estes atos de violência deixam a vítima vulnerável em qualquer época da vida e afeta os laços entre os integrantes da família, principalmente as crianças. Estamos a cerca de uma pandemia que exige rápidas resoluções para a situação, onde a integração do poder público e da sociedade é de fundamental importância.

 Frequentemente ouvem-se relatos e notícias divulgadas na mídia e nos boletins policiais de que houve um aumento de agressões contra essas mulheres. O estudo teve como objetivo geral conhecer às mulheres em situação de vulnerabilidade na violência doméstica: e o reflexo dessa prática que atinge os filhos na educação, e também se busca identificar e traçar o perfil das vítimas e o papel da sociedade e da justiça diante destes casos. Acredita-se que o mesmo contribua para o crescimento e conhecimento acerca da situação, proporcionando uma visão holística sobre o assunto e contribuindo para uma melhor assistência prestada preparando-se para lidar com as vítimas dessa situação nas unidades assistidas.

 

2. CONTEXTUALIZANDO A VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES

Segundo Casique e Furegato (2006), a violência de gênero é aquela em que sua causa nada mais é que a diferença entre os sexos, pelo simples fato da mulher pertencer ao gênero feminino estas são violentadas por seus parceiros. Este tipo de violência pode ser vista em todas as culturas, onde as desigualdades atingem diversos níveis de magnitude. Portanto, ela é o resultado das relações de poder do gênero masculino e submissão do gênero feminino, onde o homem exerce práticas de controle mantendo a mulher sobre o seu poder sem ter opção de saída.

A palavra gênero é empregada para definir as diferenças de identificação perante a sociedade em relação ao sexo, ou seja, homem e mulher. Tal definição ainda é utilizada para definir as desigualdades entre ambos, onde o homem tem mais autoridade e que a mulher deve ser submissa em todas as esferas, seja profissional, conjugal, salarial. Grande parte da sociedade ainda acredita que essa diferença deva existir, também pelo fato da mulher apresentar uma anatomia mais frágil em relação ao homem.

Segundo Alves e Pitanguy (1991), até meados do século XIX, a vida da mulher era administrada conforme os interesses masculinos, sendo envolta em uma aura de castidade e de resignação, pois devia procriar e obedecer às ordens do pai ou do marido.

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