Metodologia da Pesquisa em Educação – Ofertar

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DISCIPLINA:	Metodologia da Pesquisa em Educação – Reoferta	PROFESSOR:	Nedina Stein
ALUNO:	Rosa Maria F. Mesquita	POLO:	Camapuã
TUTOR A DISTANCIA:	Rose Liston	TUTOR PRESENCIAL:	Cristiane Rodrigues

ATIVIDADE I –REOFERTA

O texto de Marli Eliza intitulado como Tendências atuais da pesquisa na escola,   trata da questão do interesse de pesquisadores em realizar pesquisas etnográficas nas escolas,  em especial, as questões de sala de aula bem como avaliação curricular.

 O presente texto pretende refazer essa trajetória, para tentar compreender tanto as origens do movimento de aproximação quanto o sentido de sua evolução.  Até o final os anos 70 as pesquisas eram feitas por meio de observações de sala de aula, onde observava-se a prática docente, tais pesquisas serviam não somente para verificar a relação entre professores e alunos, mas também para treinamento de docentes e comprovar a eficácia do trabalho docente.

 Os instrumentos de observação utilizados nesses estudos foram reunidos numa publicação composta de mais de dez volumes, porem tais instrumentos passam a receber críticas tanto aos fundamentos quanto aos resultados das pesquisas.

Segundo Delamont e Hamilton (1976), a maior parte dos instrumentos de observação procura reduzir os comportamentos de sala de aula a unidades passíveis de tabulação e mensuração, esses instrumentos, segundo eles, em geral ignoram o contexto espaço-temporal em que os comportamentos se manifestam, pode-se dizer assim, que, nesse tipo de estudo, há uma supervalorização da metodologia em detrimento da teoria. A alternativa, segundo os autores, para ultrapassar os problemas apontados é a abordagem antropológica.

Outra área que favoreceu a aproximação da etnografia com a educação foi a da avaliação curricular. Parlett e Hamilton propõe que deve ser dada atenção especial ao contexto particular em que se desenvolvem as práticas escolares, devem ser levadas em conta as dimensões sociais, culturais, institucionais que cercam cada programa ou situação investigada e devem ser retratados os pontos de vista dos diferentes grupos envolvidos no programa ou na situação avaliada.

As propostas de Sara Delamont também tiveram muito impacto em nossa realidade, a abordagem etnográfica ganha destaque nos anos de 1980 em especial nos cursos de pós- graduações, devido a sua expansão, nos anos 90 foi possível fazer um balanço crítico dessa produção e identificar seus principais problemas. Em contraponto as críticas surgem proposições e novas tendências.

Os propósitos da etnografia na educação é a compreensão da realidade escolar, para posteriormente agir sobre ela e modifica-la. Muitas são as contribuições da pesquisa etnográfica, a saber: Ao considerar a multiplicidade de significados presentes numa dada situação, fez com que a investigação da prática pedagógica deixasse de lado o enfoque nas variáveis isoladas para considerá-las em seu conjunto e em sua relação dinâmica; atitude aberta e flexível que deve manter o pesquisador durante a coleta e a análise dos dados; buscar as representações e as opiniões dos atores escolares; trabalho de campo sistemático e prolongado; questões relacionadas à cultura de grupos e indivíduos.

 Falta de conhecimento dos pesquisadores sobre os princípios básicos da pesquisa etnográfica, de sua falta de clareza sobre o papel da teoria na pesquisa e de uma dificuldade para tratar teórica e metodologicamente da complexa questão objetividade-participação, são as principais críticas a pesquisa etnográfica.

De acordo com Erickson (1989), É preciso, não confundir a observação como técnica de coleta de dados com a metodologia de observação participante.

Dauster enfatiza a centralidade do conceito de cultura na investigação antropológica. O desconhecimento destes princípios leva muitos estudos a uma fragilidade teórica.  Outro problema refere-se ao divórcio entre o referencial teórico enunciado no princípio do trabalho e o processo de coleta e análise dos dados.