Metodologia do Ensino Superior
Por: Belinha Paula • 5/11/2016 • Trabalho acadêmico • 733 Palavras (3 Páginas) • 788 Visualizações
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR
LEONILDA PAULA GONÇALVES
02/11/2015
TAREFA
1-Quais as inovações que o modelo alemão ou humboldtiano trouxe para o ensino superior?
R: O modelo alemão ou humboldtiano surgiu como uma inovação no ensino superior, pois diferentemente dos modelos Jesuíta e Fracês napoleônico, que se inspira em métodos tradicionais de ensino, onde o professor é visto como detentor do saber inquestionável e o aluno considerado um mero ouvinte cujo único intuito é decorar conteúdos prontos e imutáveis, esse modelo se preocupou em mudar essa realidade da educação. Sua proposta consistiu em valorizar as opiniões tanto de professor quanto do aluno, ou seja, consiste em um modelo onde a liberdade de opinião a autonomia e pesquisas passaram a ser estimuladas. No que se refere à liberdade de opinião desse modelo de ensino superior, NEVES (2011, P.191) afirma que:
Uma característica particular do ensino superior proposto era o grau de liberdade dado aos estudantes para sua formação. Não havia um currículo com disciplinas previamente estabelecidas e que devessem ser realizadas para a conclusão do curso, ficando, portanto a critério dos alunos a escolha das disciplinas para sua formação.
Nesse sentido, nesse modelo de ensino superior o conhecimento passou a ser visto como algo questionável e mutável. Pois para HUMBOLDT ciência “não deve ser considerada nunca como algo já descoberto, mas como algo que jamais poderá descobrir-se por inteiro... o professor não existe para o aluno, mas ambos para a ciência”. Nesse sentido o modelo de educação superior alemão valoriza a unidade entre ensino e pesquisa, com a finalidade de formar cidadãos mais críticos e autônomos.
2. No Brasil, o modelo alemão ou humblodtiano foi implantado de acordo com sua proposta? Por quê?
O modelo alemão ou humblodtiano defende a unidade entre ensino e pesquisa e seus princípios dão todo destaque à produção do conhecimento e ao processo de pesquisa. Porém a implantação desse modelo no Brasil não ocorreu de acordo com a proposta esperadas. Pois, com implantação em âmbito nacional da Lei 5.540/68, que surgiu como resultado dos acordos MEC/USAID teve inicio a reforma educacional do período da ditadura militar; separando-se aí ensino de pesquisa deixando à graduação a responsabilidade de formação dos quadros profissionais reforçando o caráter profissionalizante do ensino napoleônico, e destina-se a pós- graduação a responsabilidade da pesquisa.
3. Podemos afirmar que atualmente, no Brasil, ainda existem resquícios dos 3 modelos de ensino superior? Por quê?
Sim, pois no Brasil não existe um modelo único de universidade, pois os três modelos foram inspiradores e contribuíram para a construção da universidade brasileira. Ou seja, o modelo de universidade brasileira foi se formando ao longo da historia, ora sob a influência do modelo francês, ora sob a influência do modelo alemão e ora sob a influência do modelo Jesuíta. Nesse sentido, atualmente é possível observar as características do modelo francês-napoleônico de universidade representado por universidades cujo escopo se reduz à missão de formar profissionais para o mercado de trabalho. A Universidade do Rio de Janeiro foi criada em 1930 com esse propósito. Anos mais tarde, o modelo se consubstancia em outros formatos, como o adotado pelo país nos anos 90, à luz das recomendações de organismos multilaterais, com o objetivo de intensificar o acesso ao ensino superior, como forma de suprir novas demandas do mercado de trabalho.
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