Metodologia do ensino superior
Por: wilson30 • 22/10/2015 • Resenha • 2.204 Palavras (9 Páginas) • 461 Visualizações
AS TEORIAS DO CONFLITO E A PRÁTICA DOCENTE
É aceito que o potencial de cada indivíduo só se desenvolve adequadamente se ele estiver em um meio social ao lado de outros seres da mesma espécie com os quais possa manter vínculos e relacionamentos, estimulando e sendo estimulado; esta é uma das condições indispensáveis para que ele possa cumprir seu programa pessoal e o da espécie.
Está demonstrado também que as várias funções só se atualizam em um determinado momento do desenvolvimento e isto é relativamente fixo para cada espécie, basta ver que na espécie humana existe uma época certa para andar, falar, etc. Além disto, os eventos biológicos, como a mielinização, têm seus correlatos funcionais, como a aquisição da marcha.
Embora os eventos biológicos tendam a serem relativamente fixos, os estímulos ambientais são variados. Dessa forma, fica evidente que as trocas entre a criança, nos vários estágios de seu desenvolvimento, e as demais pessoas de seu ambiente social são de fundamental importância para ela, principalmente, quando é considerada sua infância prolongada e a sua dependência dos adultos.
Em seus estudos de psicologia de grupo Freud, além de realçar o importante papel desempenhado pela sexualidade, faz a colocação de que os laços libidinais são o que caracteriza um grupo. Se aceitarmos que a expressão "relações sociais" contém todas as considerações feitas, podemos avançar na conceituação de sexualidade, definindo-a como a energia vital instintiva passível de variações quantitativas, vinculada à homeostase e às relações sociais.
A razão da negligência ou desatenção que alguns pais e professores demonstram em relação ao desenvolvimento da sexualidade da criança e suas manifestações pode ser entendida, em parte devido a criação e a um fenômeno psíquico chamado de amnésia infantil, que na grande maioria das pessoas acaba por ocultar as recordações dos primeiros anos da infância.
Compreende-se que o início da constituição do psiquismo se estrutura como uma resposta à condição de desamparo do bebê, à medida que se refere aos caminhos traçados para dar vazão à sua pulsionalidade originária. No entanto, sabe-se que grande soma de excitações fica impossibilitada de percorrer esses caminhos, trazendo o perigo do desamparo psíquico que, no bebê, seria o correspondente de seu desamparo biológico.
Com a sistematização da educação brasileira, discutem-se estratégias para melhorar a sua qualidade, visando à filosofia de uma “educação para todos”. Nesse contexto, o professor deve reconhecer dentro de sua sala de aula alunos portadores de neuroses e psicoses muito comuns nos dias atuais. O professor deve saber distinguir as dissonâncias apresentadas no contexto de sala de aula quando se tratar de uma neurose ou de uma psicose.
Desde os primórdios de Freud várias tentativas foram feitas no sentido de explorar o que a psicanálise tem a oferecer á educação. O interesse dos psicanalistas por esta prática humana, perpetuado nas tentativas de construir uma educação psicanalítica, foi atribuída por Freud, à importância que a criança passou a ter para a investigação psicanalítica desde que esta descobriu que aquela continua a viver depois que cresce, no adulto. Isto teria tornado a criança mais importante do que os neuróticos para a pesquisa psicanalítica.
No que diz respeito à estrutura de personalidade, Freud afirma que esta é composta por três grandes sistemas: Id, Ego e Superego. Embora cada uma destas partes da personalidade tenha suas próprias funções, propriedades componentes, dinamismos e princípios de ação, elas agem em estreita relação e trazem muitas contribuições para compreender o comportamento humano.
O Id é um sistema original de nossa personalidade, é a matriz de onde se origina o ego e o superego, sendo constituído por tudo aquilo que é psicológico que é herdado que se faz presente em nós desde o nascimento, incluindo nossos instintos. Pode-se dizer que ele é o reservatório de toda nossa energia psíquica e distribui energia para os outros dois sistemas. Está em constate contato com os processos corporais, dos quais deriva a energia, o Id é nossa verdadeira realidade psíquica, pois representa nosso mundo interno, nossa realidade subjetiva e não tem nenhum contato com nossa realidade objetiva.
Assim, o Id é composto basicamente por nossos impulsos, ou seja, é o que nos leva a agir. Neste contexto da compreensão psíquica, o ego passa a existir porque nosso organismo tem necessidades que requerem transações apropriadas com a nossa realidade objetiva, com aquilo que é consciente.
Freud descreve o Ego como a segunda instância psíquica, seria nossa noção da realidade, o mecanismo que nos mantem conscientes e em contato com a realidade que nos cerca. O ego é o executivo da personalidade, pois tem a função de controlar o acesso à ação, selecionando características do ambiente às quais irá responder, e resolve então que instintos serão satisfeitos e de que maneira. Ao realizar estas funções executivas muito importantes, o ego precisa ainda tentar integrar as demandas conflitantes advindas do id, do superego e do mundo externo. O ego não existe separadamente do id. Seu papel principal é de mediar as exigências instintuais do organismo e as condições do ambiente que o cerca, seus objetivos são manter a vida do indivíduo e assegurar que a espécie se reproduza.
A contribuição da psicanálise para a educação é um fato, como também o é para outros campos, como a arte e a publicidade, por exemplo. A psicanálise deu uma nova visão para os seguidores de Rousseau, os do movimento da Escola Nova, passando pela psicologia social. No entanto, ao mesmo tempo em que essas duas posições parecem se aproximar, há entre elas um grande abismo. O que falta nessas pedagogias modernas é considerar questões de grande importância para a psicanálise, tais como a frustração, a agressividade, o conflito e o Édipo, como constituintes da estruturação da personalidade. Por outro lado, elas se aproximam, principalmente, ao acentuar a importância da energia no interior do sujeito e sua relação com o mundo exterior.
Com a sistematização da educação brasileira, muitas estratégias são discutidas para melhorar a sua qualidade para fazer jus à filosofia de uma educação para todos. Deve-se sobrepor a política educacional, a política social e o desenvolvimento como elementos fundamentais para a construção de uma sociedade democrática, justa e igualitária.
Apesar do desenvolvimento, ainda existe muita oposição entre as teorias do consenso e as teorias do conflito. Estudiosos do campo da Sociologia questionam que enquanto as teorias do consenso estão centradas na problemática da integração social e do equilíbrio, as teorias do conflito colocam os conflitos de classe como a essência da explicação da realidade social, na qual se circunscreve o espaço vivenciado na educação.
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