TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Metodologia e Prática em Avaliação Educacional

Por:   •  17/5/2019  •  Resenha  •  1.360 Palavras (6 Páginas)  •  297 Visualizações

Página 1 de 6

Faculdade Martha Falcão

Metodologia e Prática em Avaliação Educacional

Professora: Ana Cecília

Curso: Pedagogia

Período: 6º

Acadêmica: Raquel Assis da Silva

Resumo

  1. O QUE É AVALIAR

O termo avaliação, refere-se a um conjunto de procedimentos didáticos que se estendem por um longo tempo e em vários espaços escolares, de caráter processo e visando, sempre à melhoria do objeto avaliado.

Avaliar não é julgar, mas acompanhar um percurso de vida da criança, durante o qual ocorrem mudanças em múltiplas dimensões com a intenção de favorecer o máximo possível seu desenvolvimento.

Acompanhar, em avaliação mediadora, é permanecer atento a cada criança, pensando em suas ações e reações, sentindo, percebendo seus diferentes jeitos de ser e de aprender.

Avaliar, na concepção mediadora, portanto, engloba, necessariamente, a intervenção pedagógica. Não basta estar ao lado da criança, observando-a. Planejar atividades e práticas pedagógicas, redefinir posturas, reorganizar o ambiente de aprendizagem e outras ações, com base no que se observa, são procedimentos inerentes ao processo avaliativo. Sem a ação pedagógica, não se completa o ciclo da avaliação na sua concepção de continuidade, de ação-reflexão-ação.

A avaliação é de caráter fortemente subjetivo, comprometendo e envolvendo, sobremaneira, o professor, pois ele irá estabelecer, com cada bebê ou criança, maiores ou menores vínculos intelectuais e afetivos, o que resultará, consequentemente, em sentimentos recíprocos de cada criança em relação a esse professor, singularizando a sua forma de ser com um ou outro adulto que dela tomem conta. Isso é relevante, porque, sem a tomada de consciência do caráter de subjetividade do processo, deixa-se de refletir sobre as consequências e os riscos dos preconceitos e prejulgamentos.

Observação, reflexão e mediação

        A avaliação, portanto, envolve um conjunto de procedimentos inerentes ao fazer pedagógico.

        A observação, a reflexão e a ação, que caracterizam a avaliação continuada, ocorrem em tempos não estanques ou delimitados, podem se dar de forma simultânea ou paralela na dinamicidade que caracteriza o próprio desenvolvimento infantil.

        No conjunto de suas ações, sem que tenham tido tempo de parar para refletir, pode-se perceber a intenção delas de ajudar cada criança em suas atividades diferentes, mediando relações e dando conta da dinâmica da sala de aula: circulando entre várias crianças, falando, gesticulando, disponibilizando materiais, dando o seu apoio a quem precisa mais, sem deixar de acompanhar o trabalho do grupo durante todo o tempo.

Por que avaliação “mediadora”?

       A “avaliação mediadora”, teoria que desenvolvo desde 1981, parte do pressuposto que o que faz toda a diferença em avaliação é a postura mediadora do professor. Sem a promoção de desafios adequados, a partir do que este observou e refletiu, é altamente improvável que as crianças venham a construir “da maneira mais significativa possível” os conhecimentos necessários ao seu desenvolvimento, isto é, sem que ocorra uma ação pedagógica mediadora (desafiadora e provocativa).

       Nesse sentindo, tomo, como embasamento teórico, as contribuições das teorias construtivista e sócio interacionista que alertam sobre a importância de interferências mediadoras significativas para que a criança tenha melhores oportunidades de desenvolvimento intelectual e moral.

        A aprendizagem no sentido de desenvolvimento, para Piaget (1970;1977), pressupõe desequilíbrio, conflito, reflexão e resolução de problemas.

        Também em Vygotsky (1988;1993), o conceito de mediação é essencial em termos do desenvolvimento.

        Seus estudos sobre a noção de ZDP (Zona de Desenvolvimento Proximal) ressaltam a importância do papel mediador do professor e sugerem a necessidade de uma observação simultânea sobre o que a criança “já é ou conhece” e sobre tudo o que “pode vir a ser ou conhecer”.

        De acordo com Vygotsky, o professor não deve levar em conta, como ponto de partida para a ação pedagógica, apenas o que a criança já conhece ou faz, mas, principalmente, deve levar em conta suas potencialidades cognitivas.

        Em termos da mediação, tanto Piaget quanto Vygotsky fundamentam o papel insubstituível do educador em termos de processos favorecedores à construção do conhecimento e defendem a importância da interação adulto/criança e criança/criança para o seu pleno desenvolvimento no plano moral e intelectual.

  1. AVALIAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL?

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº. 9.394/96) estabelece que, “na Educação Infantil, a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao Ensino Fundamental”. Essas medidas legais são louváveis porque, intensificam-se os procedimentos avaliativos nas instituições, principalmente nas das redes privadas, como forma de responder à exigência das famílias e como sinônimo de um atendimento eficaz aos seus filhos. Entretanto, na quase ausência da discussão teórica específica sobre a finalidade do processo avaliativo nessa instância educativa, essa prática acaba sofrendo sérias influências da concepção classificatória vigente na escola regular, reproduzindo práticas de aprovação/reprovação, inclusive com a retenção de crianças por dois ou mais na Educação Infantil como relata Godoi (2010).

...

Baixar como (para membros premium)  txt (8.6 Kb)   pdf (47.1 Kb)   docx (10.8 Kb)  
Continuar por mais 5 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com