Multiculturalismo
Por: saratchuy • 23/4/2015 • Dissertação • 412 Palavras (2 Páginas) • 238 Visualizações
De quem menos esperamos pode haver preconceito
Os casos de bulling são frequentes nas escolas e cada vez mais tem trazido consequências negativas para a vítima, principalmente quando o aluno depois de tantos insultos e descaso de forma geral pela direção da escola, professores e até mesmo os pais, ficam envergonhados e retraídos a ponto de não conseguirem se relacionar com os colegas, ter um bom aprendizado e o pior, perderem completamente sua auto estima, que é nossa motivação diária e o que nos impulsiona.
O “ser diferente” ainda é intolerado e a escola que deveria ser exemplo de aceitação das diferenças, acaba se tornando “ring” para estes casos. Entre tantos exemplos corriqueiros e que parecem inofensivos no dia a dia, destacaremos com pesar um caso.
Bianca tinha 8 anos, estava na 2ª série e desde que havia começado o ano percebia que a professora a tratava diferente dos demais alunos, a sala era cenário para a profissional lhe fazer vários xingamentos, era a única negra e muitas vezes foi chamada de macaca, este e outros episódios se tornaram rotineiros. Ela relata:
“Tinha dificuldade em aprender e ainda escrevia meu nome errado, a professora me chamava de burra e dizia que jamais passaria da 2ª série, não seria ninguém na vida. Quando eu entregava minhas provas, ela fazia questão de rasga-las na frente da sala inteira e falava que tinha tirado um 0”
Ela também relata que era excluída de participar dos eventos e passeios da escola sempre com a desculpa de que não tinha vaga, até o olhar era discriminatório.
Isso trouxe prejuízos para a formação da aluno, que além de ter reprovado a antiga 2ª série, não teve o aprendizado esperado.
Quando contava para a sua mãe sobre os ocorridos, a mesma não acreditava e aconselhava Bianca à deixar pra lá...e que ela não aprendia porque era muito distraída.
Mais tarde, Bianca descobriu que tinha uma síndrome rara que prejudicava seu aprendizado, além de dores de cabeça fortíssimas, só tinha 30% de sua visão. Depois de alguns tratamentos hoje leva uma vida normal.
Quem deveria proteger e zelar pela integridade da Bianca, mediando conflitos e acreditando em seu potencial, não o fez, se este caso fosse levado com competência e seriedade, esta mal profissional perderia seu direito de exercer sua função.
Apesar do trauma, hoje Bianca sonha com um futuro diferente, terminou a educação básica e hoje cursa Pedagogia e pretende trabalhar com crianças com síndrome de down, facilitando a aprendizagem e fazendo referência contrária ao que um dia viveu.
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