O BOURDIEU E A EDUCAÇÃO
Por: 291137 • 30/5/2015 • Trabalho acadêmico • 442 Palavras (2 Páginas) • 343 Visualizações
BOURDIEU E A EDUCAÇÃO
A partir dos anos 1960, e durante quase 45 anos, Pierre Bourdieu produziu um conjunto de analise no âmbito da sociologia da educação, uma cultura que influenciou decisivamente gerações de intelectuais pesquisadores, estudantes, renovando o sistema de ensino na sociedade.
A educação de certa forma, reproduz as desigualdades que se verificam na sociedade, por meio de mecanismos, da burocratização dos sistemas escolares, que se consolida por meio das políticas públicas. Diante disso, vale retomar um pouco a reflexão sobre o papel do professor na sociedade atual: o sistema educacional está formando o professor para exercer efetivamente a função de educador? Partindo do pressuposto de ser a escola uma agência socializadora, o professor pode ainda comprometer-se com a educação emancipadora, ou seja, tornar-se sujeito de crítica e transformação, visto que a sociedade atual minimiza os problemas da profissão, desqualifica a profissão e não dá respaldo para uma efetiva atuação do professor como educador, a própria cultura escolar é vista como mais uma forma de conhecimento, concorrendo com outros meios e tecnologias de produção e de transmissão do saber. Assim, é preciso destacar que as novas tecnologias e as novas metodologias incorporadas ao saber docente modificam o papel tradicional do professor, o qual vê hoje que sua prática pedagógica precisa estar sendo sempre (re)avaliada e atualizada.
A escola é um espaço de reprodução de estruturas sociais e de transferência de capitais de uma geração para outra. É nela que o legado econômico da família transforma-se em capital cultural. E este, segundo o sociológico, está diretamente relacionado ao desempenho dos alunos na sala de aula. Eles tendem a ser julgados pela quantidade e pela qualidade do conhecimento que já trazem de casa, além de várias ”heranças”, como a postura corporal e a habilidade de falar em público. Os próprios estudantes mais pobres acabam encarando a trajetória dos bem-sucedidos como resultante de um esforço recompensado. Uma mostra dos mecanismos de perpetuação da desigualdade está no fato, facilmente verificável, de que a frustração com o fracasso escolar leva muitos alunos e suas famílias a investir menos esforços no aprendizado forma, desenhando um círculo que se auto-alimenta. Nos primeiros livros que escreveu, Bourdieu previa a possibilidade de superar essa situação se as escolas deixassem de supor a bagagem cultural que os alunos trazem de casa e partissem do zero. Mas, com o passar do tempo, o pessimismo foi crescendo na obra do sociólogo: a competição escolar passou a ser vista como incontornável.
Interessante enfatiza que não exista fronteira de classe social para a aprendizagem. Que diversas culturas ajudam no desenvolvimento do saber humana.
http;//revistacut.uol.com.home/2010/03/bourdieu-e-a-educacao
acesso: em 17 setembro.2013
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