O Bullying na Escola
Por: Ismenia Carmo • 23/6/2016 • Artigo • 3.128 Palavras (13 Páginas) • 349 Visualizações
BULLYING NAS ESCOLAS[pic 1]
BULLYING IN SCHOOLS
Ismenia do Carmo Silva Santiago
iury_docarmo@hotmail.com
Complementação em Pedagogia
RESUMO
Quem sofre bullying está constantemente em contato com humilhações, ofensas, roubo de seus pertences, ataques à sua integridade física e psicológica. O presente estudo discorreu sobre a importância dos valores no combate ao bullying na escola, haja vista que tais atos refletem uma crise de valores, valores estes que precisam ser trabalhados, resgatados. Assim, conclui-se pela necessidade de se trabalhar valores morais, ética, incentivar a solidariedade e o amor ao próximo.
Palavras-chave: Violência na escola; Bullying; Valores
ABSTRACT
Who suffers bullying is constantly in contact with humiliation, insults, theft of their belongings, attacks on their physical and psychological integrity. This study discussed the importance of values to combat bullying at school, considering that such actions reflect a crisis of values, values that need to be worked out, rescued. Thus, we conclude by the necessity of working moral values, ethics, encourage solidarity and love of neighbor.
Key words: Violence at school, bullying, Values
INTRODUÇÃO
A violência nas escolas é, atualmente, um grave problema a ser enfrentado por aqueles que trabalham com educação. Os fatores que movem a violência dentro de uma instituição de ensino são tamanhos que se torna difícil a contensão ou solução por parte dos gestores, diretores, orientadores e demais membros pertencentes à comunidade escolar.
A aceitação por parte de todos de que o problema da violência deve ser eliminado, a participação dos professores, a colaboração de pesquisadores, a necessidade de incorporar as famílias, as devidas importâncias ao contexto sócio-cultural do aluno são elementos necessários para uma abordagem à violência de maneira sensata.
A escola pode influenciar o seu próprio clima e a violência que ocorre dentro dos seus muros, embora não seja capaz de resolver todos os problemas, nem de compensar as desvantagens sociais. Debarbieux e Blaya (2002) afirmam que a solução para os problemas de insegurança e de violência reside na introdução de fatores organizacionais na própria escola e no sistema educacional, como: relação professor/aluno de melhor qualidade, disciplina justa e coerente, desenvolver a auto-estima dos alunos, avaliações regulares de clima interno de cada escola e do nível de violência.
Feitas estas considerações iniciais, o presente estudo discorreu sobre a importância dos valores no combate ao bullying na escola.
A questão que norteou este estudo foi: como os valores podem contribuir para o combate ao bullying na escola? Assim, será mencionado sobre a violência intraescolar, ressaltando a necessidade de se trabalhar valores morais para combater o bullying na escola.
O estudo se justifica e se faz relevante pois quem sofre bullying está constantemente em contato com humilhações, ofensas, roubo de seus pertences, ataques à sua integridade física e psicológica. Sofre por não poder confiar naqueles que considerava seus amigos, mas que começaram a espalhar boatos maliciosos na escola, em sites de relacionamento na internet; olham para ela e apontam, riem, exploram suas características mais frágeis, excluem.
Tais atos refletem uma crise de valores, valores estes que precisam ser trabalhados, resgatados. O professor deve ter uma postura clara e objetiva perante os temas trabalhados, estimulando a valorização alegre das diferenças individuais e incitando o senso crítico dos educando.
Violência na escola
Quando se pensa em práticas de educação, são muitas as questões que nos vêm ao pensamento; como cada família interage com seus filhos no que tange à educação, ao comportamento. “O estilo e as técnicas de criação de filhos que cada pai ou mãe desenvolvem são uma função de muitos fatores interessantes, a origem cultural é um deles” (NEWCOMBE, 1999, p.26).
A forma como os pais educam, interagem e se socializam com seus filhos é muito importante para a promoção de comportamentos ditos adequados e/ou inadequados, sendo fundamental a presença da família no desenvolvimento da criança.
A família tem como função social a responsabilidade pela transmissão da cultura de uma sociedade a seus indivíduos e, também, fazer com que sejam preparados para exercerem a cidadania (OSÓRIO, 1996).
As práticas de educação e a socialização das crianças têm início na família, a qual é responsável por ensinar e adaptar os filhos a viverem em sociedade e também a criarem valores, normas e regras de conduta.
A violência é um dos fenômenos mais discutidos contemporaneamente. Não seria exagero falar de uma “quase onipresença” do tema em todos os lugares e segmentos sociais (países ricos e pobres, empresários e trabalhadores, governo e sociedade etc.). A chamada violência juvenil, em particular, ganha, a cada dia, mais destaque no debate público.
Um estudo da Agência de Notícias dos Direitos da Infância (ANDI) trazido por Almeida (2005) revela que, no período de 1999 e 2000, a violência foi o tema relacionado à infância e à adolescência que atingiu o maior percentual de aumento no que se refere à abordagem pela mídia escrita brasileira.
De 1999 para 2000, houve um aumento de 121,65%. Ainda nessa direção, estatísticas oficiais mostram que, entre 1979 e 1996, a mortalidade por homicídios e outras violências aumentou 97% no total da população brasileira e 135% entre os jovens de 15 a 24 anos de idade (WAISELFISZ, 1998). Mostram, também, que os indivíduos envolvidos em situações de violência são cada vez mais jovens.
A própria escola, instituição que pressupõe e que visa a promover uma cultura de paz, sem o quê é impossível educar de verdade, vê-se atormentada por atos de violência (pichações, bullying, etc...).
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