O DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DA CRIANÇA ATRAVÉS DA APLICAÇÃO DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

   

Curso Pedagogia

SERRA/ES  

2014/1

O DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DA CRIANÇA ATRAVÉS DA APLICAÇÃO DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

ANDREA SOUZA SOARES    

RESUMO

Para confecção deste trabalho cientifico  foi desenvolvida uma pesquisa qualitativa, de cunho bibliográfico, na qual foram analisados artigos, monografias, livros e sites da internet sobre o referido tema. A intenção desta pesquisa é compreender a importância do papel que os jogos, as brincadeiras e os brinquedos exercem no desenvolvimento da criança na Educação Infantil. Para isso se faz necessário saber o significado do brincar, conceituar os principais termos utilizados para designar o ato de brincar, tornando-se também fundamental analisar o papel do educador neste processo lúdico, e ainda os benefícios que a recreação proporciona. Portanto o brincar é uma forma prazerosa de aprender, é também um ato de liberdade que se proporciona a construção do conhecimento, que é adquirido pela criação de relações e não por exposições a fatos e conceitos isolados. É através do lúdico que a criança desenvolve seus aspectos cognitivos, emocionais, motoras e afetivas. Portanto diversão é sinônimo de alegria, criatividade e esperança, as crianças descobrem a si mesmas e o mundo ao seu redor através das brincadeiras, dos jogos, da dramatização, da música e do teatro.

Palavras- chave: Brincadeiras. Arte. Jogos. Educação Infantil.

INTRODUÇÃO

A Educação Infantil é uma fase preciosa da educação do ser humano. Assim como outras fases do ensino, tem características e necessidades específicas. Nesse nível do ensino, é importante valorizar as vivências e o mundo das crianças, por meio de atividades próprias da cultura infantil (atividades lúdicas e imaginativas) e conteúdos facilitadores (jogos, brinquedos, entre outros), que garanta o interesse e a motivação das crianças.

Os conteúdos devem ser trabalhados de forma a adquirirem significados para que o aluno construa sua identidade, compreenda sua realidade, desperte sua curiosidade e motive-se para uma atitude de construção no mundo em que vive. As atividades que são desenvolvidas pelos professores nada mais são que meios, estratégias, para que as crianças se desenvolvam e construam o seu conhecimento, seu próprio mundo do saber.

Na primeira infância, a criança apresenta, como principal característica, a intensidade de suas atividades motoras, seu mundo lúdico, simbólico e fantasioso. Nessa faixa etária, movimentando-se elas aprendem que o corpo não precisa estar estático para que trabalhe.

Na Educação infantil o lúdico trabalha com o cognitivo e o afetivo, em conjunto conectado com o movimento por meio dos jogos, brincadeiras e atividades rítmicas, revelando a cultura corporal de cada grupo social nas quais os movimentos são aprendidos e ganham significados.

Por essa razão, uma proposta educacional coerente deve considerar a criança como “sujeito” integrante e construtor do mundo infantil. Ela não apenas recebe conhecimento, mas interage e vivencia-os para poder se apropriar de saberes educacionais que vão assumir significado no seu cotidiano. Através das brincadeiras e dos jogos educativos as crianças demonstram alegria, interesse e interagem com os colegas de forma natural. O mesmo acontece nas atividades envolvendo música, teatro e dança. Com as linguagens da arte ela torna-se desinibida e participa ativamente de todas as atividades desenvolvidas dentro e fora da sala de aula no seu cotidiano.

(Motivação para pesquisa, projeto de pesquisa – problema, objetivo, metodologia, principais autores e o que vai trabalhar no texto).

1. A EDUCAÇÃO INFANTIL: O BRINCAR ENQUANTO PROCESSO EDUCACIONAL

O brincar na educação infantil exerce uma função essencial no processo educacional da criança, pois este ato implica de forma prazerosa e significativa a construção de sua personalidade. Portanto é nos primeiros anos de vida que ela irá compreender e se inserir em seu grupo, construir a função simbólica, desenvolver a linguagem, explorar e conhecer o seu ambiente.

Para dar ênfase a esta ideia, Winnicot (1975) posiciona-se dizendo que:

Afirma que a brincadeira é a melhor maneira da criança comunicar-se, ou seja, um instrumento que ela possui para relacionar-se com outras crianças. Brincando a criança aprende sobre o mundo que a cerca e tem a oportunidade de procurar a melhor forma de integrar-se a esse mundo que já encontra pronto ao nascer ( ALMEIDA  , SÃO PAULO ,2000)

Portanto o brincar chegou à escola com o objetivo de facilitar a assimilação da aprendizagem do aluno, tornando-a mais significativa e concreta. Entretanto o ambiente escolar deve ser criado com o intuito de estimular o aparecimento das potencialidades da criança, sendo estimuladas e motivadas no momento certo, sempre respeitando o tempo necessário para ela amadurecer.

Verifica-se que existem diferenças entre o brincar na escola e o brincar em outro lugar. Na escola o brincar muitas vezes é utilizado como um meio pedagógico e não apresenta interesse de brincar pelo simples prazer de brincar, mas com o objetivo de uma motivação para a aprendizagem.

Portanto, segundo esta concepção, alguns autores, tais como RIZZI e HAYDT (1987, p. 08) sugerem:

A utilização de atividades lúdicas como forma de facilitar o período de adaptação e socialização ao meio escolar, pois através do lúdico a criança vai se adaptando ao ambiente em que está inserida e com as pessoas que muitas vezes o compõem.

Na Educação Infantil o brincar estimula a inteligência da criança, faz com que ela solte sua imaginação e desenvolva sua criatividade, também possibilita o exercício de concentração, atenção e engajamento.

Com esta contextualização, KISHIMOTO (1999, p. 38) nos diz que:

Ao utilizar de modo metafórico a forma lúdica (objeto suporte de brincadeira) para estimular a construção do conhecimento, o brinquedo educativo conquistou o espaço definitivo na Educação Infantil.

Outro fator importante a ressaltar é a linguagem da criança, ou seja, quando brinca, variadas situações lhe são favorecidas, possibilitando-lhes aquisição de novos conceitos principalmente se a criança (2 - 4 anos) tiver contato com crianças com idade superior à dela ou adultos, que introduzir novos conceitos, complementado sua integração com o mundo externo.