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O ESTUDO DE MATEMÁTICA E CIÊNCIAS NATURAIS NO ENSINO FUNDAMENTAL: UM CONVITE À INTERDISCIPLINARIDADE

Por:   •  9/4/2015  •  Relatório de pesquisa  •  5.317 Palavras (22 Páginas)  •  372 Visualizações

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O ESTUDO DE MATEMÁTICA E CIÊNCIAS NATURAIS NO ENSINO

FUNDAMENTAL: UM CONVITE À INTERDISCIPLINARIDADE

1. INTRODUCÃO

Nesse trabalho serão apresentadas as formas de aplicação dos conteúdos de matemática e ciências naturais para os anos iniciais do ensino fundamental. Queremos com isso mostrar que tanto os ensinos de matemática quanto a das ciências naturais são de grande importância e como muitas vezes devido ao modo como é apresentado não é bem compreendido pelas crianças. Esse fator nos faz repensar nosso modo de ensinar e em alternativas simples que podem resolver tais dificuldades durante o processo de aprendizagem.

Faremos assim uma breve apresentação do que foi entendido através do estudo dos textos propostos pelos livros desta UTA-Ensino Fundamental contemplando as disciplinas de: Metodologia do Ensino de Ciências Biológicas e da Natureza, Metodologia do Ensino de Matemática e Pesquisa e Prática Profissional - Ensino Fundamental caminhos para uma formação Integral. Ressaltando alguns pontos que consideramos importantes para a construção do conhecimento nessas áreas disciplinares, que fazem parte do dia-a-dia de todos e que é fundamental que seja compreendida logo nos anos iniciais da vida escolar de todas as crianças.

Ao construir propostas para o estudo de matemática e ciências, contribuímos também com o nosso próprio aprendizado como futuros professores, já que temos como material de apoio os livros que nos foram disponibilizados e sugestões que neles se encontram de sites e leituras paralelas que auxiliam na compreensão dos conteúdos por ele desenvolvidos.

No entanto, propomos como futuros docentes ou profissionais envolvidos com o processo de ensino-aprendizagem, construir uma prática educativa fundamentada, conhecendo a história da matemática, bem como da ciência, suas diversidades metodológicas de trabalho em sala de aula para o Ensino Fundamental ciclo I, com estudos dos números e das operações, trabalhando com a curiosidade de seus alunos em relação à natureza e aos objetos e equipamentos tecnológicos com os quais as crianças convivem e suas manifestações ao longo da história.

Neste contexto, a escola torna-se o lócus ideal de convivência e entendimento das diversas culturas. Ela propicia o encontro entre diversos saberes, desde que tenha como finalidade a prática transformadora, caso contrário, apenas mantém e reproduz a ideologia vigente. Para atingir tal finalidade ela precisa reconhecer no currículo o caminho, o poder que ele representa, não apenas o que ensinar ao educando, o conteúdo, mas também o que e como fazê-lo aprender, ou seja, os procedimentos atitudinais e processos, o saber fazer e enfim, os diversos saberes que circulam no cotidiano escolar.

Desta forma cabe ao professor utilizar aulas teóricas quanto experiência concretas, discutindo as relações do homem com a natureza e sua contribuição para formação de pessoas íntegras e autônomas.

Através deste, queremos desenvolver atividades e conceitos que levem as crianças e futuros educadores a investigar, experimentar e não apenas ouvir e repetir os conteúdos trabalhados em sala, onde os conhecimentos adquiridos sejam

construídos, em relação direta com as operações que são capazes de fazer sobre a realidade, com as relações que está em condição de captar, compor e transformar com os conceitos que constrói progressivamente.

Os cotidianos das práticas pedagógicas de professores leigos e alunos revelam uma característica multicultural e multidisciplinar, ocupando espaços e tempos de ensino e aprendizagem diferentes dos espaços e tempos medidos e cronometrados pelo sistema oficial, que em oposição ao cotidiano onde a lógica do tempo da aprendizagem e da ação docente têm uma dinâmica própria. Neste aspecto, Lefebvre (1961), diz que há tempo social e tempos sociais distintos dos tempos biológicos, psicológicos físicos e um espaço social diferente do espaço geométrico, físico e biológico e do espaço cotidiano que apresenta quatro dimensões distintas daquelas definidas por matemáticos e físicos: o tempo realizado, o previsto, o incerto e o imprescindível.

Podendo ressaltar que o professor só ensinou se houve aprendizagem, caso contrário, é fundamental que ele mude suas estratégias, uma vez que é ele o principal responsável por provocar as descobertas do aluno e o seu aprender. ”O professor não ensina, mas arranja modos de a própria criança descobrir. Cria situações-problemas”. (Jean Piaget)

2. O ESTUDO DE MATEMÁTICA E CIÊNCIAS NATURAIS NO ENSINO FUNDAMENTAL: UM CONVITE À INTERDISCIPLINARIDADE

Os saberes pedagógicos diz respeito aos conhecimentos trabalhados ao longo da formação inicial do professor, os quais se tornam indispensáveis a esse profissional, desencadeando processos significativos e importantes para sua aprendizagem, já que é existente em nosso meio a necessidade de formar docentes capazes de questionar sua própria prática em um processo de reflexão-ação, deslumbrando a figura de um professor crítico, capaz de criar pontes e teias relacionais entre a área específica de ciências naturais e conhecimentos científicos. È preciso que esse profissional domine os conhecimentos específicos da disciplina que leciona para gerir a dinâmica das classes escolares, de modo que os alunos alcancem uma aprendizagem significativa, nos âmbitos pessoal e social, priorizando nesse conceito o desenvolvimento de saberes educacionais.

Ao mencionarmos conhecimentos científicos, podemos refletir também sobre a concepção de ciências proposta por Chassot que traz uma visão de ciências como uma das criações mais extraordinárias do homem, a qual lhe confere, desde poderes de satisfação intelectual até a estética que suas explicações lhe proporcionam, não obtendo ciência como lugar de certezas absolutas, pois seus conhecimentos científicos são parciais e relativos. Chassot nos mostra uma ciência que possa contribuir para controlar e prever as transformações que ocorrem na natureza, numa convivência harmônica, uma ciência que lembre a cultura do nosso tempo, numa postura mais holística, que contemple todo o indivíduo nos seus mais variados aspectos históricos, que apresenta dimensões ambientais, posturas éticas e políticas, dizendo-se que “Alfabetizar-se cientificamente significa a possibilidade de a grande maioria da população dispor de conhecimentos científicos e tecnológicos necessários para se desenvolver

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