O Fichamento de IPPE
Por: Alexia Ferreira • 5/4/2019 • Relatório de pesquisa • 1.408 Palavras (6 Páginas) • 116 Visualizações
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Faculdade de Educação
Intervenção Pedagógica e Necessidades Educativas Especiais
Professora: Gabriela Brabo
Nome Alexia Maryá Ferreira de Oliveira
Atividade Avaliativa
Objetivo: Propiciar maior contato dos alunos com a realidade dos sujeitos da educação especial, seus desafios e suas perspectivas da educação.
Entrevista e Análise
[...] “Espera-se que a escola do futuro se constitua em uma escola para todos (não apenas como jargão ou como texto legal). A história da educação escolar, porém, mostra uma realidade bem diferenciada. Esta história demonstra que nunca houve uma escola, de fato, para todos” [...]
(Escola especial: tempos e espaços sociais. S.l.: s.n.:p.2)
Obs.: A educanda, não se sentiu incomodada de ter seu nome divulgado, mas como não previamente tivemos autorização para nossa entrevista em local escolar, e sim, por vias facilitadoras (e-mail), ocultarei o nome da instituição e educadora.
[Nota de experiência ]
Durante o período que fomos avisados de que teríamos de procurar escolas regulares que atendessem alunos com necessidades educativas especiais, procurei por instituições públicas e privadas. Grifando enfaticamente que preferencialmente buscava por educadores com experiências diretas com os alunos, houve o acontecimento que de uma forma quase forçosa, algumas escolas tentavam me encorajar a entrevistar a diretora pedagógica, por julgá-la mais apta com a temática, e não um educador que convivia diariamente com o aluno. Vindo a embargar minha entrevista com o educador. Esse fato veio a se repetir, mais de uma vez nas minhas abordagens a escolas privadas, de diferentes zonas da cidade.
Entrevista
Seguirei com roteiro, seguido das respostas da educadora, de forma mais corrida, para depois retornar as análises pertinentes ao tema, mais calmamente.
Chamaremos a educadora de Edna, da Escola Municipal Erliss Rovict, em trabalho com uma aluna com síndrome de down.
1 R. Você tinha alguma informação prévia sobre esse aluno antes de ele frequentar a sua turma? Se sim, isso ajudou no acolhimento dele?
\\Edna//: Sim, antes de atender os alunos a Supervisora nos passa informações sobre ele.
2 R. Como você soube que se trata de um aluno sujeito da Educação especial?
\\Edna//: Porque meu trabalho é justamente para a sala de Integração e recursos (SIR), um espaço dentro das escolas municipais que prestam atendimento a alunos com necessidades especiais.
3 R: Descreva esse aluno nos aspectos cognitivos, emocionais, comportamentais, sócio interativos e habilidades adaptativas.
\\Edna//: Bom, trabalho com mais de uma criança nesse momento, então vou descrever uma delas que tem síndrome de down. Ela é uma menina de 10 anos muito doce e simpática, todos na escola gostam muito dela, ela tem uma boa relação com os colegas adora dança e apesar da dificuldade de dicção se comunica bem.
4 R: Que potencialidades e dificuldades de aprendizagem esse aluno apresenta?
\\Edna//: Ela tem muita dificuldade em memorizar, ainda não consegue escrever o nome ou contar sem auxílio. Entre as potencialidades ela gosta bastante de pintar e de jogos de montar.
5 R: Quais necessidades educacionais ele demonstra que precisam ser satisfeitas ou solucionadas para que possa aprender?
\\Edna//: Bom, como ela tem dificuldades de retenção das informações a repetição é necessária, porém as vezes se torna cansativo para a aluna então já a necessidade de sempre fazer com que as atividades mesmo que se repetindo o conteúdo, tenha um formato diferente.
6 R: Que outras barreiras de aprendizagem, para além do aluno, estão dificultando seu processo de escolarização?
\\Edna//: Acho que o desinteresse familiar. Porque a família mais que levar na escola também deve auxiliar a criança nos deveres de casa e estimular.
7 R: Que estratégias pedagógicas inclusivas você adequou a ele que beneficiou toda a turma?
\\Edna//: Bom, sempre busco utilizar desenhos para facilitar o entendimento dela de alguns conteúdos, como no caso dos números, faço um cartaz do 1 ao 10 e represento os números com imagens dos dedos. O que acredito que ajuda todos os alunos.
8 R: Que medidas você tem tomado para promover o acolhimento e interação entre ele e os outros alunos?
\\Edna//: Os alunos gostam muito dela, e ela participa de outras atividades como oficina de dança que a escola oferece. Logo ela não tem tantas dificuldades de interação com as outras crianças.
9 R: que contato você tem com a família desse aluno? \\Edna//: Nenhum.
10 R: O que você pensa a respeito da inclusão?
\\Edna//: Eu acho algo muito positivo, mas um processo bem difícil é desafiador que exige cooperação de todos os envolvidos, família, escola, professores e alunos. Pois incluir um aluno com necessidades especiais em uma escola regular exige mais que um espaço adequado, exige também empatia.
Análise
[Nota de Experiência]
Em uma cadeira da Faculdade de Educação, um dos estagiários docentes, que ensinava matemática em uma escola regular municipal, relatou que em sua turma tinha um aluno autista, e o quanto era frustrante para ele, ensinar a todos, e não conseguir fazer com que este aluno aprendesse. Que toda a sua metodologia se colocava a prova, e se mostrava falha a este aluno.
Ele não mudou sua metodologia, e o aluno foi enviado a sala de recursos, para acompanhar mais a frente os outros alunos da turma.
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