O Lazer, Aprendizagem e Inclusão
Por: Talita Oliveira • 19/9/2022 • Trabalho acadêmico • 3.070 Palavras (13 Páginas) • 69 Visualizações
UNIVERSIDADE ANHANGUERA
PEDAGOGIA
TALITA OLIVEIRA DA SILVA CARDOSO
LAZER, APRENDIZAGEM, INCLUSÃO E ACESSIBILIDADE DE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA
MACAÉ-RJ
2020
TALITA OLIVEIRA DA SILVA CARDOSO
LAZER, APRENDIZAGEM, INCLUSÃO E ACESSIBILIDADE DE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA
Trabalho de Pedagogia apresentado como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de: Educação Inclusiva, Libras – Língua Brasileira de Sinais, Educação e Tecnologia, Homem, Cultura e Sociedade, Práticas Pedagógicas: Identidade Docente e Educação a Distância.
Prof. Orientador: Cesar Eduardo da Silva.
MACAÉ-RJ
2020
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 4
2 DESENVOLVIMENTO 5
3 CONCLUSÃO 10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 11
1 INTRODUÇÃO
Desde antiguidade as pessoas portadoras de alguma má-formação ou dessemelhantes ao padrão social imposto pela supremacia eram rejeitados pela comunidade vigente sendo menosprezado durante todo o período histórico, sendo notório com os poucos relatos que temos das deficiências na antiguidade, e que, a partir dessas descrições se pode notar o quão cruéis eram. Um exemplo disso é que, quando crianças nasciam com algum tipo de anormalidade eram abandonadas ou deixadas para morrer. Em civilizações ocidentais como Grécia e Roma, os pais eram autorizados a matar seus filhos considerados defeituosos.
Felizmente na atualidade se pode notar uma nova perspectiva para essas pessoas, que vem conquistando cada vez mais seu lugar de direito na sociedade, quebrando várias barreiras e obstáculos. Porém há muito ainda para se conquistar e para se desconstruir. Principalmente para as crianças, que desenvolvem seu comportamento humano e sua personalidade desde novas.
Dentre todos os empecilhos encontrados por pessoas com deficiência temos as dificuldades que são visíveis para a sociedade, que são, as arquitetônicas e as de mobilidade, que dificulta o acesso a lugares que deveriam estar aptos a recebe-los. Porém também temos as invisíveis que é envolta de preconceito e discriminação, e que muitas das vezes, fazem com que essa estas pessoas acabem por se excluírem por conta própria, por insegurança ou medo.
Sendo a educação responsável por orientar a sociedade, por estar cercada de considerações, definições e valores, acaba por ser tornar uma grande aliada para se obter cada vez mais conquistas, como disse Paulo Freire “A escola não transforma a realidade, mas pode ajudar a formar os sujeitos capazes de fazer a transformação, da sociedade, do mundo, de si mesmos...”, por essa visão vemos que a educação é indispensável para o indivíduo, mas que nem sempre tem resultados satisfatórios. Por isso outro importante aliado é a lei, que serve de base para essa batalha e que norteia a sociedade, estabelecendo normas e deveres que deve ser cumprida e executada, para que a sociedade possa ter uma convivência harmoniosa.
Porém para que tudo isso ocorra, o dito inclusão, acessibilidade e respeito deve estar presente na vivencia de todos, para que a participação social e o convívio com à diversidade seja pleno e constante.
2 DESENVOLVIMENTO
Primeiramente é preciso reconhecer que a sociedade foi modelada para as pessoas ditas normais, e que, dessa forma, quem é diferente, se quiser ser aceito socialmente precisa se adequar ao molde imposto. Contudo, é vital admitir que o paradigma da integração já não é o bastante e precisa ser substituído pelo o da inclusão. Pois a inclusão, é o ato de inserir o indivíduo totalmente e integralmente, o que não venha ser o caso do paradigma da integração.
Em uma de suas frases, Romeu Sassaki disse:” Por esse paradigma a sociedade continua basicamente a mesma em suas estruturas e serviços oferecidos, cabendo às pessoas com deficiência serem capazes de adaptar-se à sociedade.” (Sassaki, 2005). Isso mostra o quando o paradigma dito anteriormente é falho, mesmo ele sendo o primeiro ato de inserção do indivíduo com deficiência à sociedade com os demais cidadãos, ele não foi pleno no desenvolvimento da pessoa com deficiência.
De modo a garantir plenamente o direito das pessoas com deficiência ao decorrer dos anos vem sendo sancionadas diversas leis e decretos para que seus direitos sejam respeitados e executados. Algumas dessas leis são bem conhecidas outras nem tanto, o que prejudica pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida a exigirem seu cumprimento. Contudo, a Declaração de Salamanca (1994), Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948), Lei Norte Americana para Portadores de Deficiências - ADA (1990), entre outras, procuram interferir de forma significativa no paradigma da integração.
A ação de se integrar em sociedade é construída desde pequeno e é fundamental para a construção do ser social. Para a criança essa ação não se baseia apenas no convívio diário com a família, e sim, nos espaços escolares e de lazer, de modo que a criança possa constituir uma afinidade entre o mundo e as pessoas.
Para a criança com deficiência não é tão simples, visto que a população brasileira tenha em média 7,5% de crianças (de até 14 anos de idade) com deficiência, em meio aos 23% da população que tem deficiência, de acordo com a pesquisa do IBGE, de 2010. Apesar do número desses pequenos cidadãos serem altos, a inclusão social ainda é uma grande barreira para a plena vivência dessas crianças.
Todavia a sociedade aos poucos vai se reconstruindo e tomando a inclusão e a acessibilidade como uma mediadora para a igualdade de direitos. Visto que, para se respeitar o princípio de igualdade, é fundamental respeitar as diferenças.
A ideia de uma sociedade inclusiva se fundamenta na valorização da diversidade. Com isso a inclusão depende de mudanças de valores na nossa sociedade, a vivência de um novo paradigma, com uma reflexão aberta de todos. Destaca-se que é importante perceber que o estigma não está na pessoa deficiente e sim nos valores determinados pela sociedade. (RIBAS, 1998, p. 16) Visto que não adianta falar em diversidade, se não aceitam as dessemelhanças.
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