O Letramento Científico
Por: Diego Barcellar • 5/6/2017 • Projeto de pesquisa • 1.932 Palavras (8 Páginas) • 339 Visualizações
Universidade Federal do Rio de Janeiro/CEDERJ.
Ciências Biológicas – Bases da Pesquisa Científica.
Diego Bacellar de Souza - Matrícula :1611472007-6 Grupo: 03.
- Título do Projeto.
Aula passeio como proposta pedagógica para a alfabetização e o letramento científico no ensino fundamental II de uma escola municipal de Paraíba do Sul – RJ.
- Introdução.
Com as novas metodologias educacionais e as inúmeras pesquisas e propostas sobre o ensino de ciências, muitos pensamentos acerca da prática pedagógica, das metodologias e a introdução de teorias e novas tecnologias em seus diversos níveis vem com o intuito de reforçar, modificar ou adaptar os conteúdos de ciências nas escolas, assim, a pergunta que se faz é: Como, e quais as metodologias usadas pelos professores para que realmente aumente a aprendizagem, o conhecimento e as habilidades em relação a ciências. Partindo do pressuposto que o ensino fundamental II tem em acordo com a Base Nacional Comum Curricular:
Compromisso com o desenvolvimento do letramento científico, que envolve a capacidade de compreender e interpretar o mundo (natural, social e tecnológico), mas também de transformá-lo com base nos aportes teóricos e processuais da ciência (Base Nacional Comum Curricular(BNCC).2010)
Este projeto apresenta uma pesquisa que na aplicação de aulas passeio, palestras, encontros e visitas técnicas como propostas pedagógicas para reflexões, práticas e divulgações da alfabetização e o letramento científico com alunos da Escola Municipal Norberto Leal no Município de Paraíba de Sul – RJ.
Trabalharei aulas passeio e visitas técnicas a laboratórios e universidades com objetivo de garantir a alfabetização e o letramento científico, que vem como proposta do ensino básico brasileiro. Conceituando que:
“O letramento cientifico é, capacidade de empregar o conhecimento científico para identificar questões, adquirir novos conhecimentos, explicar fenômenos científicos e tirar conclusões baseadas em evidências sobre questões científicas, além de a compreensão das características que diferenciam a ciência como uma forma de conhecimento e investigação; a consciência de como a ciência e a tecnologia moldam nosso meio material, cultural e intelectual; e o interesse em engajar-se em questões científicas, como cidadão crítico capaz de compreender e tomar decisões sobre o mundo natural e as mudanças nele ocorridas (Instituto Nacional de Educação e Pesquisa –INEP- 2010),
Pressuponho que o mesmo vai muito além da alfabetização uma vez que não se usam somente de códigos, textos teóricos, livros didáticos e práticas de memorização e reprodução, o letramento é a aquisição de tudo isso mais a valoração do que foi adquirido, tomando valor no meio social. Contudo interessa compreender esses processos em sala de aula. Nessa direção, Soares (2004) indica que:
[...] na escola, eventos e práticas de letramento são planejados e instituídos, selecionados por critérios pedagógicos, com objetivos predeterminados, visando à aprendizagem e quase sempre conduzindo a atividade de avaliação. De certa forma, a escola autonomiza as atividades de leitura e escrita em relação a suas circunstancias e usos sociais, criando seus próprios e peculiares eventos e suas próprias e peculiares práticas de letramento (SOARES, 2004, p.107)
Conhecimento científico que vai muito além do professor ser o único detentor do mesmo, propondo uma nova prática onde o educando ao adquirir os conhecimentos posso tornar-se um agende crítico e transformador da sociedade que esta inserido utilizando-os para sua emancipação, transformação de si, seus problemas e da sociedade onde vive.
O fundamental é que o professor e alunos saibam que a postura deles, do professor e dos alunos, é dialógica, aberta, curiosa, indagadora e não apassivada, enquanto fala ou enquanto ouve. O que importa é que professor e alunos se assumam epistemologicamente curiosos. Neste sentido, o bom professor é o que consegue, enquanto fala trazer o aluno até a intimidade do movimento de seu pensamento. Sua aula é assim um desafio e não uma "cantiga de ninar". Seus alunos cansam, não dormem. Cansam porque acompanham as idas e vindas de seu pensamento, surpreendem suas pausas, suas dúvidas, suas incertezas (FREIRE, Paulo, 2002, p.52).
Em primeiro momento será feito uma observação geral dos dados numa observação do espaço escolar, das aulas, dos planejamentos, do projeto político pedagógico, das atividades propostas, dos recursos didáticos e da prática docente com registros em diários de campo, fotografias, filmagens, coleta de cadernos e atividades realizadas com as diferentes turmas. Posteriormente uma conceituação de alfabetização e letramento científico, um questionário individual será ofertado para os docentes sobre conhecimentos de alfabetização e letramento científico além do mesmo procedimento para dados de sua prática pedagógica e também para os educandos para amostragem e criação de estratégias para reconhecê-los. Em segundo momento serão realizadas aulas passeio, visitas técnicas, palestras, na temática do conteúdo curricular trabalhado em sala.
- Justificativa.
Um estudo de caso sobre a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) e a BNCC do ensino de ciências naturais foi a motivação deste trabalho. Estes documentos trazem para nossa prática docente uma reflexão sobre como esta sendo compartilhado e como esta o conhecimento científico dos alunos. Desta forma, a importância da realização deste projeto compreende os fatores internos e externos, e diretos e indiretos dos alunos, da escola e da comunidade que os mesmos estão inseridos. Na disciplina de ciências especificamente são milhões de assuntos, temas, e novidades, afinal, a ciência encontra-se num momento de constante criação e esta sempre na produção e inovação, por isso o mundo científico com suas maravilhosas surpresas nós trás um convite para que possamos conhecê-lo a cada dia. Diante desse contexto, os alunos ou até mesmo qualquer que seja outro indivíduo encontra-se ainda muito distante das faces que o mundo da ciência e a metodologia científica apresentam e oferece, porém, é essencial que mesmo fora do alcance de nossas realidades os indivíduos (educandos) estejam simpatizados com estes assuntos e até mesmo vivenciando-os. Levar um ensino interdisciplinar e lúdico com aulas passeio e visitas técnicas em universidades, entidades e laboratórios, como uma proposta metodológica no ensino de ciências, é abrir uma janela para uma necessidade vivida pelos alunos, apresentando aos mesmos uma oportunidade de visão de mundo inserido nos assuntos específicos com o qual nas aulas são abordados. Vale lembrar que a necessidade de aproximação dos indivíduos, alunos ou não, do mundo científico equivale-se por diversos fatores, inclusive sociocultural. A Escola onde se aplica o projeto localiza-se na zona rural, por isso há de se pensar nos fatores culturais e econômicos que a mesma esta inserida e logo os alunos envolvidos. Do ponto de vista pedagógico, a importância maior é o incentivo a leitura, práticas de experimentação e métodos científicos, que se encontram um pouco perdidos nas realidades de ensino, buscando o concreto para um dinamismo nas aulas de ciências, fazendo delas mais práticas com experimentos, pesquisas de campo, dinâmicas de grupo abordando o coletivo e jogos, apresentando o ensino lúdico. Essas ferramentas de fato justifica a importância do projeto em alcançar os alunos por meio da ciência fortalecendo sua alfabetização e seu letramento para além de sala de aula na sua prática de vida.
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