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O LÚDICO CONTEMPORÂNEO

Por:   •  16/9/2018  •  Trabalho acadêmico  •  748 Palavras (3 Páginas)  •  117 Visualizações

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Eduarda dos Santos

LOURO,Guacira Lopes.Gênero, sexualidade e Educação: uma perspectiva pós-estruturalista.1.ed. São Paulo:Vozes, 1997 

O livro apresenta alguns conceitos e teorizações recentes do campo dos Estudos Feministas e discute suas possíveis relações com a Educação, em especial com a educação escolar. Relata que os sujeitos possuem identidades plurais, múltiplas; identidades que se transformam, que não são fixas ou permanentes, que podem, até mesmo, ser contraditórias, o sentido de pertencimento a diferentes grupos, étnicos, sexuais, de classe, de gênero, etc. Fazendo também uma observação sobre quem é "diferente" e a participação da escola na produção das diferenças continua e estende a discussão, trazendo também o aporte dos Estudos Culturais, dos Estudos Negros, dos Estudos Gays e Lésbicos. Os novos grupos foram trazendo transformações à instituição, que precisou de diversas: organização, currículos, prédios, docentes, regulamentos, avaliação, iriam explicita ou implicitamente “garantir” e também produzir as diferenças entre os sujeitos, pois gestos, movimentos, sentidos são produzidos no espaço escolar e incorporados por meninos e meninas, torna-se parte de seus corpos. Os professores antigamente tinham um “manual” comportamental dos alunos, onde estva pre estabalecido modo de sentar e andar, as formas de colocar os cadernos e canetas, pés e mãos acabariam por produzir um corpo escolarizado, distinguindo o menino ou a menina.

Relaciona o conceito de género com a história do movimento feminista, privilegiando uma abordagem linguística e política. Deste modo, critica a (in) visibilidade da mulher, e chama a atenção para a conceptualização de sexo e sexualidade e para a desconstrução da pluralidade dos géneros (DOURADO, 2004). O conceito de gênero não deve ser confundido com a construção de papéis masculinos e femininos, que seriam padrões ou regras arbitrárias que uma sociedade estabelece para seus membros e que definem seus comportamentos, suas roupas, seus modos de se relacionar, de se portar, etc. “A construção do gênero também se faz por meio de sua “desconstrução” como diz Tereza de Laurentis (1994). Quando se refere a gênero e poder, Scott (1996), alega que ainda que não seja o único campo de articulação do poder, o gênero é a primeira instância dentro da qual, ou por meio da qual, o poder se articula.

A visibilidade da mulher é retalada com grande importância a autora destaca que durante muito tempo o silenciamento feminino foi o grande objetivo dos primeiros estudiosos feministas, pois as mulheres foram submetidas à segregação racial e a política e que devido a esse fato, historicamente teve como consequência a grande invisibilidade dela como sujeito ativo e pensante em uma sociedade dominada pelos homens (LOURO, 2003). Completando  essa argumentativa Louro, (2001), Veiga (2007), Almeida (1998) e Freitas (2002) falam que a presença das mulheres no magistério público também era extremamente interessante economicamente, uma vez que a elas era pago um salário inferior àquele oferecido aos homens. Neste contexto, o ingresso das mulheres na função docente seria duplamente eficaz, já que reduziriam o gasto público e resolveria o problema da falta de professores.

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