O PAPEL DO EJA
Por: sophie1979 • 21/4/2022 • Trabalho acadêmico • 3.548 Palavras (15 Páginas) • 245 Visualizações
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Acadêmicos:
Dirley Maria Batista De Souza.
Marcelia Gomes Oliveira De Souza.
Rosane Ambrosio De Oliveira. RozimaraGarcia Ferreira Lima.
Solange Benevides de Souza Santos.
Tutor Externo: Silvana Cleria Piccoli.
RESUMO
O trabalho apresenta uma contextualização histórica, econômica e sociocultural de pessoas da EJA, ressaltando a priorização dessa modalidade de ensino e garantindo um olhar critico a respeito das pessoas que nela consiste, para que também haja a compreensão que a sociedade precisa ser inserida no meio escolar e tenha a oportunidade de adquirir o seu direito de conhecimento e valorização no meio social. É preciso ter em mente a importância e os fundamentos que a EJA trouxe aos jovens e adultos. Sendo assim em análises feitas durante pesquisas, será exposta no campo teórico e diante do conteúdo proposta a ênfase da história da Educação de Jovens e Adultos, tendo como principal foco a alfabetização e o meio de inclusão das pessoas, para que assim seja visto o quanto é importante essa modalidade de ensino, e os avanços que ela teve no campo educativo, e também o quanto ela precisa de reconhecimento por agregar tanto conteúdo para o sociocultural do sujeito. O trabalho terá como relato fundamentos necessário, para entender sobre a história, a economia, e a sociocultural, diante disso a educação é o maior instrumento para estar promovendo a mudança, pois é através dela que o cidadão compreende sobre ele mesmo e sobre o mundo que ele vive, a educação é primordial desde os primeiros anos de vida, pois contribui de várias maneiras, e promove a interação com o novo.[pic 2]
Palavras-chave: Formação de professores. Educação de jovens e adultos. História da Educação.
1. INTRODUÇÃO
A educação para as pessoas é a oportunidade que elas têm no que se refere a mudança de vida, pois ela é a forma do homem se habilitar para concorrer no mercado de trabalho. No atual momento, a Educação de Jovens e Adultos (EJA), determina uma parte importante no processo educativo das pessoas independentemente da idade, esta modalidade de ensino é reconhecida e assegurada na Lei nº 9.394/1996, tornou-se a oportunidade para muitos que não tiveram chance de estudar na idade apropriada para cada degrau da educação.
A EJA também demonstra o resgate de uma dívida social de herança colonial negativa, no que se refere a preservação de uma educação que fortaleceu a desigualdade social. No que tange a educação para a evolução social do cidadão, a escola tem o papel de contribuir de forma significativa para a formação e construção humana de todos, mas para isto é fundamental estar preparada para atender a todas as individualidades do educando.
Cada ser humano tem suas peculiaridades. A forma de agir, pensar, falar bem como as características físicas são relacionadas inteiramente à identidade de cada um. No processo educacional, não é diferente, cada modalidade possui sujeitos com características semelhantes e diferenciadas, das quais estabelecem perfis dos sujeitos de cada modalidade.
No campo da modalidade para Educação de Jovens e Adultos (EJA), os estudos e pesquisas têm demonstrado que o perfil dos sujeitos se torna importante para a organização adequada nos processos de ensinar a aprender, sobretudo considerando o compromisso com uma educação desenvolvida com os sujeitos dessa modalidade, em função de seus interesses emancipatórios. A modalidade (EJA), “é parte da educação popular, pois a difusão da escola elementar inclui as escolas noturnas para adultos que, durante muito tempo, foram a única forma de educação de adultos praticada no país”. (PAIVA, 2003, p. 57).
Sendo assim, trata-se de uma educação popular de caráter sistematizado, sem perder o vínculo com outras formas educacional na qual tem o mesmo objetivo, que é o de passar conhecimentos e ensinamentos para formar cidadãos capazes de enfrentar a vida social e o mercado de trabalho.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) foi criada no decorrer da história as margens das políticas públicas, seguindo os traços dos princípios emergenciais, utilizando espaços improvisados e ações de voluntariado.
A fim de compreender a forma como a Educação de Jovens e Adultos tem sido contemplada no âmbito das políticas educacionais, faz – se necessário relembrar alguns acontecimentos marcantes de sua trajetória, procurando entender os motivos pelos quais essa modalidade ainda hoje é tradada de forma desigual em relação ao ensino regular.
Para Di Pierro, Joia e Ribeiro (2001, p. 58): “[...] o lugar da educação de jovens e adultos pode ser entendido como marginal ou secundário, sem maior interesse do ponto de vista da formulação política e da reflexão pedagógica”.
Desde a era imperial, foram elaborados vários programas na intenção de erradicar o analfabetismo, porém, todos tiveram curta duração, ou seja, não obtiveram êxito nos altos índices de analfabetismo no país, a qual perpetuam até os dias de hoje. Haja viste que alguns dos programas criados pela iniciativa popular, a exemplo da Campanha “De Pé no Chão também se aprende a ler”1, com o golpe militar, em 1964, foram extintos.
Durante esse período, as ações originadas da iniciativa popular, como o trabalho desenvolvido por Paulo Freire, foram suspensas. A orientação de Freire sobressaltava o dogma do governo militar, pois seu método estava...
“[...] ancorado numa postura política bastante definida: reconhecimento do alfabetizando adulto como pertencente a um grupo social oprimido”. (RIBEIRO; NAKANO; JOIA; HADDAD, 1992, p. 22).
Diante disso, conforme esclarecem Haddad e Di Pierro (2000, p. 113):
A repressão foi a resposta do Estado autoritário à atuação daqueles programas de educação de adultos cujas ações de natureza política contrariavam os interesses impostos pelo golpe militar. A ruptura política ocorrida com o movimento de 64 tentou acabar com as práticas educativas que auxiliavam na explicitação dos interesses populares. O Estado exercia sua
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