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EJA – EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: O PAPEL E AÇOES DO GESTOR PARA A PERMANÊNCIA DOS ALUNOS

Por:   •  13/1/2017  •  Pesquisas Acadêmicas  •  4.421 Palavras (18 Páginas)  •  698 Visualizações

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EJA – EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: O PAPEL E AÇOES DO                   GESTOR   PARA A PERMANÊNCIA DOS ALUNOS.

Raquel Constantino.

Resumo: A EJA foi sendo modificada no decorrer dos séculos, trazendo uma perspectiva social e política. Considerando o gestor escolar como agente dessa nova transformação, surgiu a iniciativa da pesquisa.O nome de gestão escolar foi designado para desarticular a palavra administração escolar. Combinando ideias novas e audácias, inserido  sobretudo à ideia de autonomia escolar. Assim sendo, no campo da gestão escolar, o local de ensino sobreveio  como um começo acessível, com uma memória e autonomia próprias, para reagir com força as demandas dos situações locais em que se adéquam.

Palavra -chave: EJA, Gestão escolar, Evasão de alunos.

Introdução

A escola é uma instituição social e o seu principal objetivo é instruir indivíduos de forma clara e direta, mostrando que eles podem e devem fazer parte dos contextos sociais, principalmente no que tange EJA (Educação de jovens e sociedade, sendo considerados por muitos como analfabetos funcionais ao não conseguirem agir de forma política. A  gestão escolar precisa  traçar metas e objetivo específico que atenda essa clientela.

O EJA sofreu influencia de diversas eras e governos, transpassando uma educação para fins religiosos,uma educação para o trabalho e alcançando a atual educação, que tem por finalidade capacitar os jovens e os adultos  a uma educação de qualidades e o exercício  da cidadania, que é um direto outorgado pela constituição de 1988, que afirma que a educação é um direito de todos e dever do estado,apesar de todo contexto histórico do EJA no Brasil, é notório a similaridade, dos gestores, com o EJA e a educação regular.[pic 1]

Gestores escolares diante de tantas mudanças, devem  estar atentos  em resgatar um conceito social e uma democracia na organização escolar e na prática escolar do ensino  do EJA.

A figura do gestor escolar sempre foi vista como uma pessoa controladora que cuidava meramente de questões burocráticas, que regulava as ações do docente,limitando sua autonomia, preocupando-se somente aos resultados, desvinculando escola e sociedade.

A pesquisa foi dividida em tópicos, que inicialmente identificou o percurso histórico da EJA, utilizando-se de uma sequencia cronológica desde o Brasil colônia até os dias atuais, seguidamente especificou-se a gestão escolar nos seus diversos pontos,mostrando suas peculiaridades, modelos e formas de atuação.

1. Breve trajetória histórica da EJA

A educação de jovens e adultos ultrapassa o ato de ensino-aprendizagem, é o início da construções de possíveis mudanças, a realização de sonhos perdidos, é alcançar de formas concretas as expectativas distantes, conforme nos afirma Freire:

É possível vida sem sonho,mas não existência humana e história sem sonho. A dimensão global da educação popular contribui ainda para a compreensão geral do ser humana em torno de si como ser social seja menos monolítica e mais pluralista,seja menos unidirecional e mais aberta à discursão democrática de pressuposições básicas da existência.  (FREIRE In: GADOTTI e ROMÃO,2011 p.23)

Segundo CAMPOS,CIME, MACEDO e SANTOS (2014.p.3), "a educação dos jovens e adultos no Brasil originou-se com a chegada dos padres Jesuítas",(companhia de Jesus) em 1549; os ensinamentos dos padres jesuítas além de apresentar um ensinamento cientifico, buscava propagar a fé cristã, catequizando e evangelizando os nativos.

Até a sua expulsão em 1759, os jesuítas dominaram todo o sistema de ensino de Brasil, diferenciando apenas o que era oferecido para cada grupos social; para os nativos a instrução voltada para catequese e para os filhos dos colonos uma educação mais completa, humanística, além do fortalecimento dos dogmas católicos.                                                                             (Campos, Cirne, Macedo e Santos e   p.3)

Segundo Souza (2007), os  jesuítas acreditavam que somente através da leitura seria possível catequizar os nativos.Com isso nota-se a importância da alfabetização (catequização) dos adultos para que pudessem servir a igreja e também ao trabalho. Conforme também observou Haddad e Di Pierro:

A ação educativa junto com adolescente e adultos no Brasil não é nova.Sabe-se que já no período coloos religiosos exerciam sua  ação educativa missionária em grande parte em adultos.Além de difundir o evangelho, tais educadores normas de comportamentos e ensinavam os ofícios necessários ao funcionamento da economia colonial.                                                                                 ( HADDAD E DI  PIERRO,IN: Campos, et.al   p.3)

Com a expulsão dos jesuítas do Brasil, a educação entra em uma nova fase,com diversas reformas realizadas pelo Marques de Pombal, que organizava as escolas visando somente o estado, segundo Campos,Cime, Macedo E Santos (2014.p.3 ) , "Em relação a alfabetização de adultos, á reforma pombalina  não apresentou proposta para o publico da EJA ." Amaral afirma que a reforma Pombalina foi a primeira e desastrosa reforma do ensino no Brasil.

“A organicidade da educação jesuítica foi consagrada quando Pombal os expulsou levando o ensino brasileiro ao caos, através de suas famosas ‘aulas régias’, a despeito da existência de escolas fundadas por outras ordens religiosas, como os Beneditinos, os franciscanos e os Carmelitas”. (Niskier, 2001, p. 34 et al Amaral, p.5 )

 Para preencher a lacuna na educação, fixada com a expulsão dos jesuítas do Brasil,em 1772 criou-se o “subsídio literário” para manutenção dos ensinos primário e secundário, Amaral(2002,p.3) afirma que : “subsídio literário” consistiu num imposto que insidia sobre a carne, vinho e a cachaça, passando assim o ensino público a ser financiado pelo Estado e para o Estado". Como Carvalho (1978) bem explicitou:

“Com os recursos deste imposto, chamado subsídio literário, além do pagamento dos ordenados aos professores, para o qual ele foi instituído, poder-se-iam ainda obter as seguintes aplicações: 1) compra de livros para a constituição da biblioteca pública, subordinada à Real Mesa Censória; 2) organização de um museu de variedades; 3) construção de um gabinete de física experimental; 4) ampliação dos estabelecimentos e incentivos aos professores, dentre outras  aplicações” (Carvalho, 1978, p. 128)

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