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O PAPEL DO PEDAGOGO NA GESTÃO DEMOCRÁTICA DA ESCOLA

Por:   •  22/10/2019  •  Trabalho acadêmico  •  4.929 Palavras (20 Páginas)  •  297 Visualizações

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÂO...................................................................................................3

2 DESENVOLVIMENTO .........................................................................................5  

3 CONCLUSÂO....................................................................................................10

4 REFERÊNCIAS...................................................................................................12


INTRODUÇÃO

           O   presente   trabalho   cujo   o   tema   é  o papel do pedagogo na  gestão   democrática  escolar . Procura   destacar   importância   da   gestão   no   processo   de   ensino   e   aprendizagem   bem   como   a importância   de   um   bom   planejamento   no   sentido   de   assegurar   a   qualidade   do ensino dentro das escolas. Entende-se   que   para   que   a   escola   possa   construir   o   seu   Projeto   Político Pedagógico   (PPP),   se   faz   necessária   a   participação   de   todos   e,   em   especial,   de seus  docentes.  Isso   contribui  para   democratização  das   relações  de   poder  no  âmbito escolar   e,   por   conseguinte,   pode   levar   os   usuários   à   intervenção  no   próprio  sistema de   ensino.   Desse   modo,   a   escolha   do   tema   se   deu   no   sentido   de   colocar   em evidência   a   gestão   escolar.   Neste   tipo   de   gestão,   o   diretor   de   escola   ou   os   órgãos superiores de Educação, estarão definindo as prioridades para a unidade escolar. Todos   os   segmentos   escolares   adquirem   papel   fundamental   no   processo  decisório.   Com   base   em   tais   perspectivas   educacionais   e   de   acordo   com   o   Projeto da   Escola   Cidadã   do   Instituto   Paulo   Freire,   considera-se   que   a   escola   deve   formar para   a   cidadania   ativa   e   para   o   desenvolvimento.   O   objetivo   primeiro   é   apostar   em novos   processos   educativos,   em   novas   metodologias   de   ensino   e   na   formação  daqueles que são e serão os educadores das atuais e futuras gerações.  Destaca-se o  papel  e perfil  do diretor,  pois  sua atuação  efetiva pode  contribuir para   a   reversão   do   processo   de   deteriorização   do   ensino   básico.   Algo   que   é   doconhecimento   de   muitos   que   a   educação   é   de   fato   e   verdade   um   direito   de   todos,   e isso   independe   da   classe   social   cor,   sexo   ou   religião.   Muitas   vezes   ela   não acontece. Que   ações   podemos   observar   em   favor   da   construção   permanente   de   uma espaço democrático onde todos têm o direito de ir e vir livremente e com autonomia ? Essas   são   reflexões   que   faremos   com   o   intuito   não   de   apenas   encontrar   respostas mas   a cima   d e   tudo,   de   fomentar   o   desejo   de   lutar   pela   mudança   de   realidade   que não condigam com o princípio da liberdade .A   pesquisa   constará   com   temas   baseados   nas   teorias   de   Libâneo,   Luck, Gadotti,   Freire   e   Ferreiro,   entre   outros   que   discorreram   sobre   a   gestão   democrática e   participativa   e   as   contribuições   para   a   geração   da   qualidade   no   âmbito   escola ,planejamento   e   outras   questões   polêmicas   que   nã o   podem   ser   excluídas   das discussões entre docentes. As   reflexões   contidas   no   presente   trabalho   se  constituem   numa   tentativa de   direcionar   a   atenção   das   pessoas   que   contribuem   para   a   educação   quanto   a relevância   da   gestão   democrática   e   participativa   e   as   contribuições   para   a   geração da   qualidade   no   âmbito   escola .  Atualmente   uma   das   temáticas   mais   discutidas   na educação   é   a   forma   de   como   as   escolas   tem   se   organizado   para   construírem espaços   de   relevância   nos   aspectos   administrativos,   pedagógicos,   de   gestão   de pessoas   e   mediante   as   grandes   mudanças   nas   tecnologias   e   nos   níveis   de preferências   dos   alunos,   perseguirem   a   qualidade   tão   necessária   a   escola   de   hoje. Almeja-se   avaliar   esta   gestão   nos   seus   recuos   e   avanços,   privilegiando   o   as pacto democrático   das   relações   sociais   na   escola,   pois   se   sabe   que   a   escola   é   quem instrumentaliza   as   classes   populares;   embora   não   garanta   a   permanência   das mesmas   neste   espaço.   Pretende-se   elucidar   que   esta   “instrumentalização”   exige duas   armas:   o   conhecimento   socialmente   produzido   e   o   espaço   de   tempo   para   se vivenciar   relações   sociais   mais   democráticas   que   podem   ser   ensaiadas   a   partir   de tentativas  de  gestão   democrática   e   participativa,   bem   como   sua   contribuição   no   que diz   respeito   a   qualidade.   Nesse   sentido,   acredita-se   que   uma   gestão   escolar   só poderá   contribuir   de   maneira   democrática   a   partir   do   momento   em   q ue   todos   os funcionários,   alunos   e   comunidade   se   envolvam   de   forma   participativa   nos   projetos pedagógicos e culturais da instituição.

DESENVOLVIMENTO

         Entende-se   como   gestão   democrática, aquela   objeção escolar   ,onde   todos   os   segmentos   da   escola   se   fazem   representar   e   são   atuantes   tendo  como   objetivo   o   bom   desempenho   da   escola:   educar   para   a   vida.   Em   seu   livro“  Pedagogia   de   práxis”,   o   professor   Moacir   Gadotti   (1995)   afirma   que   “...é   verdade  que   a   educação   não   pode     fazer  sozinha   a  transformação  social,  também   é  verdade  que a transformação não se efetiva e não se consolidará sem a educação”.   No  mesmo  sentido,  não podemos  pensar que  a gestão  democrática  da escola   possa   resolver   todos   os   problemas   de   um   estabelecimento   de   ensino,   ou   da educação.   No   entanto, sua   implementação   é   hoje   uma   exigência   da   própria  sociedade   que   a   vê   como   um   dos   possíveis   caminhos   para   a   democratização   do poder   na   escola   e   na   própria   sociedade.   Conforme   podemos   verificar   em   pesquisas  realizadas pelo Instituto Paulo Freire, em nível   nacional.   Outro   aspecto   que   destacamos   nesta   pesquisa   é   o   de   que   apesar   das     reformas   educacionais   constantes   nas   últimas   décadas,   a   atual   prática   gestionária nas    escolas  públicas   acaba   exigindo   dos   diretores   uma   dedicação  maior  e   às   vezes  plena, as questões administrativas.  Isso   os   obriga   a   secundarizar  o   aspecto   mais  importante  de   sua   atuação,   ou seja,   sua   responsabilidade   em   relação   ás   questões   pedagógicas   e   própria mente   educativas,   que   se   reportam   á   sociedade   como   um   todo,   e   especificamente   á   sua  comunidade   escolar.   Com   essa   análise,   geralmente   concordam,   diretores ,professores, “especialistas” e teóricos de administração escolar. A   afirmação   frequente   de   que   “é   difícil   administrar   sozinho  a   escola”   define   o isolamento do  dirigente  escolar enquanto  responsável  único  e último,  pela  instituição educativa,   o   que   muitas   vezes   depende   de   sua   vontade,   mas   não   de   seu   cargo.   A administração  autocrática,   isto   é,   o   que   centraliza   todo  o   poder   nas   mãos   do   diretora   caba   gerando   uma   sobrecarga   de   trabalho   e,   por   conseguinte,   estabelecendo   relações conflituosas no âmbito escolar, o que reflete no insucesso dos alunos. De   acordo   com   a   autora   Lück   (2000),   a   escola,   ao   movimentar-se   da  administração   escolar   para   a   gestão   escolar,   deixa   de   garantir   a   formação competente para  que  os  educandos se  tornem  cidadãos  participativos da  sociedade, oferecendo   a   esses   educandos   oportunidade   para   que   possam   aprender   para compreender  a  vida,  a  sociedade  e  a   si  mesmos,  e  passa  a  ser   vista  não  como  uma entidade   autoritária   e   paternalista   de   responsabilidade   do   governo,   mas   como   uma organização  viva,   caracterizada   por   uma   rede   de   relações   de  todos   que   nela  atuou  interferem.  Por   outro   lado,   é   importante   se   observar   que   a   atuação   do   diretor,   suas atribuições e  seus  vínculos com a  escola  se  alteram  dependendo da  forma  como  ele  foi   escolhido   e   de   acordo   com   o   tipo   de   gestão   que   implementada   na   unidade escolar.  Uma  reflexão  sobre  a  gestão  democrática   da  escola,  a  partir  da  compreensão por   parte   dos   professores   e   dos   demais   sujeitos   como   ele   envolvidos   e   neste   caso especificamente,   relacionado   á   escolha   e   a   atuação   do   dirigente   escolar,   pode  contribuir   para   a   superação   de   conflitos   com   a   melhoria   do   trabalho,   da s   relações  estabelecidas na instituição educativa e fundamentalmente da qualidade de ensino.  As   concepções   de   gestão   escolar   refletem   diferentes   posições   políticas   e   concepções   do   papel   da   escola   e   da   formação   humana   na   sociedade. Portanto,   o   modo   como   uma   escola   se   organiza   e   se   estrutura   tem   um caráter   pedagógico,   ou   seja,   depende   de   objetivos   m ais   amplos   sobre   a relação da escola com a conservação ou transformação social. A concepção técnico-científica,   por   exemplo,   valoriza   o   poder   e   a   autoridade,   e exercidos unilateralmente. Ressalta relações de subordinação e rígidas determinações de   funções   e,   ao   supervalorizar   a   racionalização   do   trabalho   e   Parâmetros para uma escolha democrática.  tica da divisão do trabalho, configurando a escola como espaço legitimador da ideologia mercadológica. e do trabalho fragmentado. Para o contexto histórico situado cabia a homogeneização dos currículos, a padronização das formas, a hierarquização das atividades e sobretudo, a formação em massa de sujeitos, possíveis reprodutores da lógica vigente.  E pensar em gestão democrática da escola pública remete obrigatoriamente, pensar a possibilidade de organicamente constituir a escola como espaço de contradição. E o que possibilita isso? Primeiramente delimitar os processos de organização dos segmentos escolares diante do seu papel na escola pública. Entender que decisões quanto a finalidades e conteúdos devem ser tomadas para humanização da formação dos sujeitos, o que significa pensar em quais conteúdos da aprendizagem serão ensinados como conteúdos de vida e que devem abranger os conceitos científicos da cultura erudita e os conteúdos da prática social.(id. p.1238). A gestão democrática passa a ser vista sob o ponto da organização coletiva da  escola em função dos seus sujeitos. Organizar-se coletivamente exige rigor teórico-prático de quem organiza, decide, dirige, debate, discute a organização escolar. Significa permitir o trabalho específico e ao mesmo tempo, orgânico dos sujeitos em função das necessidades histórico-sociais dos seus alunos. Nesse ínterim, tomaremos aqui, em especial, a possibilidade de trabalho do pedagogo, na tentativa de entender seu papel como mediador da intencionalidade educativa da escola, pela via dos diferentes segmentos que a compõe. Na perspectiva histórico-crítica, insere-se a preocupação de se preparar a classe trabalhadora para ser dirigente e, após esse processo, tornar-se dominante, como defendeu Gramsci. “A apropriação concreta do saber objetivo, articulando com os interesses da classe trabalhadora, reforça e amplia a luta hegemônica da classe e à esta articulação que a coloca no caminho de ser dirigente antes de governante” (Prais, 1994, p. 41). Porém, para alcançar esse nível de discussão e apropriação do discurso e ideais desta perspectiva, supõe um movimento de unidade da dimensão política e técnica de nossa prática que, obrigatoriamente, se articula com um conjunto de práticas sociais. A escola, como instituição social, que tem como função a democratização dos conhecimentos produzidos historicamente pela humanidade, é um espaço de mediação entre sujeito e sociedade. Compreender a escola como mediação significa entender o conhecimento como fonte para efetivação de um processo de emancipação humana e, logo, de transformação social. O que implica em ver o papel político da escola atrelado ao seu papel pedagógico e, mais, dimensionar a prática pedagógica, em todas suas características e determinantes com intencionalidade e coerência, o que transparece um compromisso político ao garantir que o processo de ensino e aprendizagem esteja a serviço da mudança necessária. “Assim, a escola progressista denuncia a não diretividade como instrumento de dominação, resgatando a ação diretiva do educador que representa a ruptura com o que foi socialmente determinado e promove a formação coletiva do educando” (Prais, 1994, p. 42).

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