O PLANEJAMENTO DE UMA AULA COM JOGOS TRADICIONAIS
Por: Alê Cardoso • 15/9/2022 • Trabalho acadêmico • 1.346 Palavras (6 Páginas) • 274 Visualizações
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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
PEDAGOGIA PARA LICENCIADOS
Corporeidade e Ludicidade
PLANEJAMENTO DE UMA AULA COM JOGOS TRADICIONAIS
Trabalho de Corporeidade e Ludicidade apresentado à Universidade Veiga de Almeida.
Profª.
RIO DE JANEIRO 2022
INTRODUÇÃO:
Jogo Escolhido – Jogo 4 – Saltar Corda.
Como foi nos apresentado de forma bem esclarecedora na disciplina de Corporeidade e Ludicidade, A importância das atividades em grupo, que façam os alunos interagirem entre sí, trabalharem em equipe, saberem que a derrota nas atividades são algo que podem ser superadas e aprenderem com a mesma, o desenvolvimento físico e mental a iniciativa e autoestima nessas atividades é de suma importância, para o crescimento em sociedade dos alunos. No “Referencial curricular nacional para a educação infantil” na página 16, nos mostra de forma clara que “Ao brincar, jogar, imitar e criar ritmos e movimentos, as crianças também se apropriam do repertório da cultura corporal na qual estão inseridas”. Também faz o seguinte comentário: “Brincar de roda, ciranda, pular corda, amarelinha etc. são maneiras de estabelecer contato consigo próprio e com o outro, de se sentir único e, ao mesmo tempo, parte de um grupo, e de trabalhar com as estruturas e formas musicais que se apresentam em cada canção e em cada brinquedo.”
Quando a criança está brincando, ela interage com o meio e/ou com o outro, reestrutura novos conhecimentos e estabelece a sua própria ligação com o mundo, mostrando a sua maneira de ser e de como agir.
Vivemos em um mundo “modernizado” nos dias atuais, onde a tecnologia praticamente tomou espaço não só para adultos, mas hoje em dia existem infinidades de entretenimentos em smarth phones para as crianças, como aplicativos de jogos, vídeos de animação, que se por um lado facilitou a vida das pessoas para ficarem mais informadas, otimizar tarefas, e conversar com pessoas que estão longe de forma rápida, esse “mundo virtual” acaba sendo prejudicial para o desenvolvimento da criança, pois as brincadeiras que fazem dentro das telas, não tem o mesmo impacto de desenvolver habilidades com outras crianças..
Tendo essa nova barreira “virtual” para encarar, nós que somos educadores, devemos despertar nas crianças o prazer das atividades em grupo, das brincadeiras que possam trabalhar seu desenvolvimento intelectual, e descobrir o quanto é importante sair das telas, e viver a realidade, com erros e acertos, mas aprendendo.
Existem várias atividades que podem ajudar nesse desenvolvimento, como os jogos tradicionais, que são simples de explicar, tem o fator “replay” (Fator Replay, é um dito popular nos games, que é uma característica que alguns jogos possuem de ser jogado novamente mesmo após já ter sido finalizado) , não tem um custo financeiro elevado, e onde crianças de todas as classes sociais podem brincar, e se interagirem.
Os jogos tradicionais trabalham diferentes habilidades como a agilidade física, o conjunto de funções nervosas e musculares que permite os movimentos voluntários ou automáticos do corpo., entendimento das regras do jogo, praticar o respeito ao seu colega, controle emocional, autoconhecimento e confiança, dentre outras.
Conforme foi relatado a importância das atividades em que a criança brinca, para se descobrir junto com os outros, será usado como atividade didática o jogo Saltar Corda.
É um jogo que além de abordar diferentes habilidades corporais, tem o fato das crianças se comunicarem com música, as chamadas “Ladainhas”, De acordo com Santos (2012, p. 115), tais jogos são as Ladainhas: "[...] músicas cantadas enquanto se pula a corda, individualmente ou não (um homem bateu em minha porta; pato, patinho; suco gelado; suco quente, branca de neve; salada, saladinha; qual é a letra?; com quem, com quem será?)".
OBEJETIVO DA ATIVIDADE:
Fazer com que as crianças tenham uma atividade corporal intensa, tanto em relação às diferentes qualidades de movimento que sugere (rápidos ou lentos; pesados ou leves) como também em relação à percepção espaço-temporal, já que, para “entrar” na corda, as crianças devem sentir o ritmo de suas batidas no chão para perceber o momento certo. Além de terem que cantar no tempo correto, tanto quem está pulando, e quem está segurando a corda, devem estar sincronizadas, desenvolvendo assim uma atenção de forma divertida.
PROCEDIMENTO DIDÁTICO:
Ensinar primeiramente a letra das músicas a serem cantadas, por serem músicas curtas e simples, elas irão cantar em uníssonos, assim que estiverem cantando no ritmo e tempo certo, será explicado as regras, e como se brincar de saltar corda. Material utilizado será uma corda elástica de 3 metros, amarrados uma ponta a outra, Essa brincadeira foi escolhida pela fácil assimilação e as vantagens em ampliar a coordenação motora, tendo visto que precisam pular no tempo da canção, enquanto uma criança pula e outras duas giram a corda, movimentando os braços. Ajuda na memória, pois como elas tem que cantar uma música enquanto brincam, trabalha-se a parte de memorizar a canção.
CARACTERIZAÇÃO SÓCIO ECONÔMICA E CULTURAL DOS ALUNOS:
Alunos do 1º ano do Ensino Fundamental I, idade entre 6 e 7 anos, escola da rede privada, no bairro da zona oeste em Santa Cruz, Rio de janeiro, os estudantes são de classe média alta, onde as estruturas do colégio da condições para realizar essas atividades, pois tem 2 quadras de esportes, piscina, e um campo de futebol. Na turma que tem 28 alunos, com 13 meninos e 15 meninas, não foi preciso fazer alterações nessa atividade, pois não tinham nenhum aluno com necessidades especiais. Muito dos alunos dessa “geração Z”, que estão muito focadas nas modernidades tecnológicas e pouca interação pessoal, observou-se uma clara importância de brincadeiras, pois eles riam ao aprender, e mostravam-se bem interessados em repetir as brincadeiras. Provando que o ato de brincar, e conhecer suas limitações e virtudes, junto com outras crianças, faz eles enxergarem o mundo de uma outra forma, fora das telas.
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