O Peso Da Cultura Escolar E Do Ordenamento Da Educação Básica

Resumo

O presente trabalho de revisão bibliográfica trata-se da análise das práticas resultantes no fracasso escolar e de suas diversas relações com indivíduo e sistema educacional brasileiro segundo a perspectiva dos autores Maria Helena S. Patto e Michel G. Arroyo.

Este trabalho tem como objetivo levantar diferentes pensamentos que versam sobre o texto trazendo suas ambiguidades e os levantar pontos em comum entre os autores. Este tema é abordado e discutido por toda a história da educação e tem sido justificado culpabilizando os indivíduos que estão envolvidos nos processos de ensino-aprendizagem, desta forma nos preocupamos em abordar o tema por diferentes perspectivas a fim de fomentar o debate.

Palavras-chave

Fracasso escolar. Avaliação. Exclusão.

Metodologia

Para alcançar os objetivos que propõe este trabalho acadêmico, foram utilizados diversos autores significativos para este estudo. Tendo como referências estudos bibliográficos, tentamos sintetizá-los de maneira clara e objetiva.

A compreensão que a sociedade tem atualmente do que vem a ser a escola e de seus principais objetivos, de certa forma determina os modelos adequados de avaliação. Ou seja, o próprio projeto político-pedagógico apresenta paradigmas que constituem-se de normas e procedimentos avaliativos, relacionado ao grande valor que se tem atribuído a nota do aluno.

A avaliação ou, o processo avaliativo, será convertido em notas. Para muitos irá indicar o ‘‘melhor ou pior’’ aluno. Sendo que quanto maior for sua nota, maior será o destaque do aluno com relação aos demais. Porém torna-se pertinente refletir os métodos utilizados para testar a capacidade de aprendizagem deste aluno.

Podemos perceber esse tipo de “comportamento” principalmente nas escolas privadas, mas não unicamente, e, mais afunilada, nas matérias consideradas com mais prestígio, afim de reafirmar um status de que o grande número de reprovações mostram a qualidade do ensino e de selecionar o supra-sumo intelectual.

Desta forma, percebemos o sistema escolar, em seus objetivos e métodos, como uma sistema que reforça os padrões de exclusão legitimados pela sociedade, onde culpabiliza o aluno, enquanto indivíduo único, por seu desempenho, seja de fracasso ou de sucesso, excluindo os fatores sociais que acercam o aluno.

Patto em sua análise enumera três principais causas para as dificuldades de aprendizagem das crianças de camadas populares: as suas condições de vida, a inadequação da escola pública em lidar com esse aluno concreto, e , por parte da professora, a falta de sensibilidade e de conhecimento da realidade vivida pelos seus alunos, consequência da distância entre sua cultura e a deles.

Por muitas vezes, a falta de articulação entre a teoria e a prática, fazem com que gere uma das piores ações do ser humano, que é a exclusão. Por muitas vezes o professor nem se dá conta desse processo no momento da avaliação.Pois acabam se deixando levar pelos conteúdos que precisam ser lançados e provas a serem dadas no dia a dia , e acabam deixando de lado toda sua sensibilidade para “escutar“ seu aluno e no final deste processo podemos perceber o número tão alto de reprovação/evasão em massa, principalmente nas primeiras séries do Ensino Fundamental.

Mas, para o Miguel Arroyo, há uma cultura de exclusão estruturada na sociedade que permeia todas as instituições sociais e políticas, e está cultura está nos moldes, na estrutura, do sistema escolar, sendo reproduzida diariamente há muitas décadas. A cultura da exclusão na escola está para além do posicionamento dos diretores, professores ou especialistas da educação, essa cultura se entranhou no sistema, sendo legitimada e a subverter tem sido um grande desafio para a ala mais progressista da educação.

A cultura do fracasso, tão presente em nosso sistema escolar, não está apenas no elitismo de alguns diretores, especialistas ou professores, nem sequer na rigidez das avaliações. Assim como uma contra-cultura do sucesso não será construída com a boa vontade de superar