O [Projeto Interdisciplinar
Por: Grazi Katherine • 24/2/2016 • Trabalho acadêmico • 1.199 Palavras (5 Páginas) • 267 Visualizações
[pic 1]CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO
GRAZIELLE KATHERINE BATISTA DOS SANTOS
TRABALHO INTERDISCIPLINAR:
EDUCAÇÃO UM TESOURO A DESCOBRIR
LORENA-SP
AGOSTO, 2015
GRAZIELLE KATHERINE BATISTA DOS SANTOS
TRABALHO INTERDISCIPLINAR:
EDUCAÇÃO UM TESOURO A DESCOBRIR
Trabalho apresentado em cumprimento ao Curso de Pedagogia do Centro Universitário Salesiano de São Paulo Unidade de Lorena, em cumprimento à exigência da disciplina de Projeto Interdisciplinar, sob a orientação do Prof. Douglas Rodrigues. |
LORENA-SP
AGOSTO, 2015
INTRODUÇÃO
Jacques Delors é o autor e organizador do relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI, intitulado: Educação, um Tesouro a descobrir (1996), em que se exploram os Quatro Pilares da Educação.
Político francês foi presidente da Comissão Europeia entre 1985 e 1995, após a Segunda Guerra Mundial e estudou economia na Sorbonne quando, Delors foi funcionário do Banco da França em 1945.
Segundo Delors, a prática pedagógica deve preocupar-se em desenvolver quatro aprendizagens fundamentais, que serão para cada indivíduo os pilares do conhecimento: aprender a conhecer indica o interesse, a abertura para o conhecimento, que verdadeiramente liberta da ignorância; aprender a fazer mostra a coragem de executar, de correr riscos, de errar mesmo na busca de acertar; aprender a conviver traz o desafio da convivência que apresenta o respeito a todos e o exercício de fraternidade como caminho do entendimento; e, finalmente, aprender a ser, que, talvez, seja o mais importante por explicitar o papel do cidadão e o objetivo de viver.
RESENHA:
EDUCAÇÃO UM TESOURO A DESCOBRIR
O livro educação um tesouro a descobrir, como o próprio titulo já aponta, trata-se de um relatório encaminhado à UNESCO; o mesmo visa lançar reflexões sobre os caminhos que a nova sociedade dos séculos XX e XXI devem traçar no sentido de promover uma educação de qualidade a jovens e adultos. Nesse sentido, a partir do prefácio e do capítulo quatro, buscaremos destacar as principais referências que o mesmo aponta para se entender e se chegar a essa qualidade do aprendizado.
Dito isto, observamos que o autor, Jacques Delors já adianta no inicio do quarto capitulo que, “... o próximo século submeterá a educação a uma dura obrigação que pode parecer, à primeira vista, quase contraditória”. Fica claro então, por meio desta afirmação, a grande responsabilidade não somente dos educadores, mas de toda uma sociedade no processo de assimilação e transmissão do conhecimento. Para que tais objetivos sejam alcançados o autor ainda afirma que, “Para poder dar resposta ao conjunto das suas missões, a educação deve organizar-se em torno de quatro aprendizagens fundamentais que, ao longo de toda a vida, serão de algum modo para cada individuo, os pilares do conhecimento...”. Que são eles: Aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver junto, aprender a viver junto com os outros e aprender a ser.
São instrumentos de aprendizagem indispensáveis para que a educação seja de fato, um norte a ser seguido numa sociedade cada vez mais veloz em suas transformações; segundo Delors, “À educação cabe fornecer, de algum modo, os mapas de um mundo complexo e constantemente agitado e, ao mesmo tempo, a bússola que permita navegar através dele”. Não obstante, ao apontar como essenciais os quatro pilares que a educação deve se apoiar, o autor admite que o “ensino formal” dar uma maior ênfase somente ao “... aprender a conhecer e ao aprender a fazer”. Nesse sentido, Jacques Delors destaca que o “fundamento” no qual objetiva essa aprendizagem por meio dos quatro pilares, é levar o ser humano a adquirir “... o prazer de compreender, de conhecer, de descobrir”.
Entretanto, alguns obstáculos se apresentam no processo de conhecer e por consequente no processo de aprender, pois, de acordo com o autor, “Desde a infância, sobretudo nas sociedades dominadas pela imagem televisiva, o jovem deve aprender a prestar atenção às coisas e às pessoas”. Alias, como bem explicita a obra, trata-se de algo difícil de ser realizado, uma vez que, “A sucessão muito rápida de informações midiatizadas, o “zapping” tão frequente, prejudicam de fato o processo de descoberta, que implica duração e aprofundamento da apreensão”.
Em uma sociedade industrial, mas que, os processos de industrialização estão em constante evolução, a transmissão do conhecimento, de acordo com Delors, não deve restringir-se a, “... continuar a ter o significado simples de preparar alguém para uma tarefa material bem determinada, para fazê-lo participar no fabrico de alguma coisa”. Ou seja, “... a aprendizagem não se destina, apenas, a um só trabalho, mas tem como objetivo mais amplo preparar para uma participação formal ou informal no desenvolvimento”. Tal aprendizagem significa, na concepção do autor, oferecer uma maior “qualificação social” do que “profissional”.
Na sequencia do seu estudo, Jacques Delors, empenha-se em trabalhar a questão do aprender a viver juntos, aprender a viver com os outros, é digno de nota apontarmos que segundo o autor, tal tarefa representa o maior desafio da educação; esse desafio consiste para Delors, no fato de que atualmente, existi um “... clima geral de concorrência que caracteriza, atualmente, a atividade econômica no interior de cada país, e sobretudo em nível internacional...”. Naturalmente esse clima, abre espaço à “... Competição e ao sucesso individual”. Devemos assinalar ainda, que Jacques Delors, nesse particular, faz uma análise critica da educação ao afirmar que, “É de lamentar que a educação contribua, por vezes, para alimentar este clima, devido a uma má interpretação da ideia de emulação”.
Esse espírito de competição também acaba fomentando o preconceito entre os grupos sociais, assim, para que se tenha uma interação saudável entre esses diversos grupos sociais, Jacques Delors destaca que, “A educação tem por missão, por um lado, transmitir conhecimentos sobre a diversidade da espécie humana e, por outro, levar as pessoas a tomar consciência das semelhanças e da interdependência entre todos os seres humanos do planeta”. Argumentando que deve sim, haver um confronto dessas diferenças, mas, um “... confronto através do dialogo e da troca de argumentos...”; é por meio desse dialogo que o ser humano será capaz de “... elaborar pensamentos autônomos e críticos e... formular os seus próprios juízos de valor, de modo a poder decidir, por si mesmo, como agir nas diferentes circunstancias da vida”.
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