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O Recreio Dirigido

Por:   •  2/12/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.219 Palavras (9 Páginas)  •  429 Visualizações

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APRESENTAÇÃO

        Durante os intervalos foi constatada a incidência de acidentes e comportamentos indisciplinares que afetava o andamento do recreio, sendo que esta atividade  é fundamental na escola.

                O Intervalo, ou recreio, deveria ser um momento de interação, socialização e autonomia entre alunos de diferentes turmas, idades e comportamentos, contudo, o que se tem ressaltado nesse período, são atitudes violentas, grosseiras, constrangedoras e propícias à discriminação e à exclusão de alguns colegas. 

        A começar destas constatações, surgiu a necessidade de intervir e mudar os intervalos com atividades dirigidas, promovendo assim a integração das turmas,  determinando de forma dinâmica a aplicação de regras e o respeito pelas diferenças.

        Logo, esse projeto oferece uma série de atividades esportivas e desportivas dando a oportunidade aos alunos para aliviarem suas energias, além de desenvolverem a concepção de que a escola é uma espaço visionário e dinâmico.

JUSTIFICATIVA

        A proposta para a criação do “Projeto Recreio Dirigido: brincando na escola” é envolver diretamente o trabalho dos alunos com o brincar e utilização do brinquedo de forma lúdica e sublime, tornando assim esse momento em um grande aprendizado.

         Meditando sobre isso, lembramos das brincadeiras que nos levam à  infância e como é o brincar da criança contemporânea, quais são suas brincadeiras e como brincam? As brincadeiras do passado fazem parte da vida dessas crianças? Pensando, refletindo e pesquisando sobre esses questionamentos, como por exemplo, a brincar de videogame, na televisão, com joguinhos no computador, etc, infelizmente não vemos mais nas escolas os jogos tradicionais, ensinados de geração em geração pela linguagem popular. Para alguns professores, eles são considerados ultrapassados, pois estamos na era da globalização. Para outros é algo que não se enquadra no contexto da criança contemporânea sobre a realidade de algumas formas de brincar comparadas às de antigamente. Diante dessas realidades nasce a idéia de um recreio onde os alunos possam brincar, conhecer brincadeiras do passado, bem como socializar-se, aproveitando o espaço escolar.

                                 Envolvendo todos nesse maravilhoso momento de atividades, onde a aprendizagem também acontece, acabamos com a idéia de que isto só era possível dentro da sala de aula. A experiência do brincar cruza diferentes tempos (passado, presente e futuro) e lugares, sendo marcada ao mesmo tempo, pela continuidade e pela mudança. No brincar dirigido podemos trabalhar com desafios através da escolha de jogos e brincadeiras. Os jogos orientados tem como finalidade promover o acesso a aprendizagens de conhecimentos específicos e também ajudam no desenvolvimento cognitivo, social, linguístico e na construção dos valores.

REFERENCIAL TEÓRICO

                       A brincadeira faz parte da vida da criança, seja na escola ou fora dela. Esta atividade é tanto fonte de lazer como de conhecimento.

                               Entretanto, brincar na escola é diferente de brincar em casa, na rua ou em outros lugares. Nesse texto,  observaremos a teoria de Vygotsky como de outros autores que defendem a questão da brincadeira na escola, distinguindo o brincar em outros ambientes. Serão destacados elementos importantes para pensar a brincadeira como parte complementar da atividade educativa, explorando sua importância, seus limites e a ação do educador na programação das atividades pedagógicas.  

                               Brincar é fonte de lazer, mas é, ao mesmo tempo, de conhecimento; é esta dupla natureza que nos leva a avaliar o brincar como parte integrante da atividade educativa.

                               Além de permitir o exercício daquilo que é próprio no processo de desenvolvimento e aprendizagem, brincar é uma posição em que a criança constitui significados, sendo forma tanto para a assimilação dos papéis sociais e compreensão das relações afetivas que acontecem em seu meio, como para a construção do conhecimento.

                               O jogo e a brincadeira são sempre situações em que a criança realiza, constrói e se apropria de conhecimentos das mais diversas ordens. Eles permitem, igualmente, a construção de categorias e a ampliação dos conceitos das várias áreas do conhecimento.                      

                              A Escola não é um lugar como outro qualquer; ela é uma instituição que tem como objetivo possibilitar ao educando a aquisição do conhecimento formal e o desenvolvimento dos processos do pensamento. Significa que é nela que a criança aprende a forma de se relacionar com o próprio conhecimento.

                            Brincar na Escola não é precisamente igual a brincar em outras ocasiões, porque a vida escolar é conduzida por algumas normas que ajustam as ações das pessoas e as interações entre elas e, naturalmente, estas normas estão presentes, também, na atividade da criança. Deste modo, as brincadeiras e os jogos têm uma especificidade quando acontecem na Escola, pois são mediadas pelas normas institucionais.

                             A utilização do brincar como recurso pedagógico tem de ser vista, fundamentalmente, com cautela e clareza. Brincar é uma atividade essencialmente lúdica; se deixar de sê-lo, descaracterizar-se-á como jogo ou brincadeira. Veja  como forma de atividade infantil, onde há construção de conceitos, que  podem e devem ser usados no espaço escolar neste sentido.

                             Entretanto, não se pode limitar o brincar a esta função, uma vez que ele também promove a constituição do próprio indivíduo. Incluir o jogo e a brincadeira no espaço escolar tem como pressuposto, então, o duplo aspecto de servir ao desenvolvimento da criança, enquanto indivíduo, e a construção do conhecimento, processos estes intensamente interligados.

        É certo que o ato de brincar desenvolve e proporciona nas crianças diversas aprendizagens, bem como favorece a autoestima, auxilia a criança a superar suas aquisições de forma criativa, estimula a curiosidade, proporcionando o desenvolvimento da linguagem, do pensamento, da concentração e da atenção. É a partir dos jogos e brincadeiras que as crianças começam aprender as regras, a conviver em grupo, a dividir e associar conhecimentos que ela já possui com os conhecimentos que ela desenvolve através da brincadeira. O brincar também prepara a criança para futuras atividades de trabalho e ajuda a aumentar as relações de confiança consigo e com os outros, cooperando para que trabalhe sua relação com o mundo, dividindo espaços e experiências com outras pessoas.

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