O TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE
Por: brendafreiria • 15/10/2018 • Projeto de pesquisa • 1.790 Palavras (8 Páginas) • 202 Visualizações
JUSTIFICATIVA
O motivo pelo qual o tema foi eleito pelo grupo, foi o interesse e apego pessoal de dois membros do mesmo. Um dos membros do grupo enfrenta nos dias atuais o TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE, e que, ao longo da jornada escolar, passou por diversas dificuldades, tendo assim o conhecimento da importância da inclusão na vida escolar dessas crianças portadoras de TDAH.
O interesse por parte do outro membro, foi ter traçado o caminho de um aluno portador do TDAH durante a trajetória de estágio do fundamental I, já conhecendo um pouco sobre o assunto, tendo a vivência com o aluno despertou ainda mais o interesse de aprofundar as pesquisas.
A importância do tema é que o TDAH é um dos casos de inclusão que mais se ouve falar nos dias atuais, e por conta disso, precisa ser mais estudado e sempre atualizado pelos profissionais responsáveis atuantes na área de educação, já que na maioria das vezes, esse distúrbio é diagnosticado quando as crianças e adolescentes estão em fase escolar.
As escolas têm recebido cada vez mais crianças e adolescentes que apresentam os sintomas do TDAH, e em grande parte dos casos, esses alunos não estão recebendo o suporte necessário para uma boa formação. Diante dessas situações despertamos um grande interesse na abordagem do tema.
O transtorno de déficit de atenção de hiperatividade tem como principais sintomas a falta de atenção, a hiperatividade e a impulsividade. Com a presença desses sintomas, a criança tem muita dificuldade na cognição, pois eles trazem junto deles problemas de esquecimento e um sentimento de ansiedade. Por conta de trazer um sentimento de ansiedade, o TDAH é confundido facilmente com a mesma, pois ambas apresentam sintomas similares.
O TDAH é um assunto que muito ouve-se dizer, porém, muitas pessoas não o levam a sério e chegam a dizer que é uma doença moderna e inventada após o surgimento da internet. Durante a pesquisa sobre o assunto, assistimos a uma live da Neura psicopedagoga Viviane Ceccato, formada em pedagogia na UNICAMP (1988) e pós-graduada em neuropsicopedagogia e psicopedagogia, sobre a cronologia do TDAH, estuda-se sobre essa doença desde o ano de 1798, quando o escocês Alexander Crichton (1763-1856) começou a pesquisar o assunto e deu o nome de desatenção patológica, mesmo com nome diferente do que é hoje, os sintomas já eram tidos como inquietação e desatenção. Anos depois em 1932, o alemão, Heinrich Hoffmann (1809-1894) também estudando sobre o tema, deu uma outra nomenclatura para a doença, chamando então de doença hipercinética da infância, esse nome ainda é usado nos dias atuais de acordo com o DSM-V 314.
Segundo o ABDA (Associação Brasileira do déficit de Atenção), na escola a criança com TDAH pode apresentar sintomas como: agitação, pouca paciência para fazer os deveres, dificuldade em permanecer sentado, falta de atenção e distração constante durante a aula.
“O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é “um problema” de saúde mental que tem três características básicas: a desatenção, a agitação (ou hiperatividade) e a impulsividade”. (ROHDE; BENCZIK, 1999, p. 37).
O TDAH pode ser diagnosticado em meninas e meninos, então esses sintomas tendem a variar, considerando que os meninos portadores geralmente são mais agitados que as meninas na maioria das vezes. As meninas são minoria quando se trata de TDAH, os sintomas são um pouco diferentes, geralmente apresentam distração e inquietação, as meninas não costumam ser agitadas como os meninos, é preciso ter uma boa análise ao diagnosticar qualquer criança com TDAH.
“Ficar remexendo as mãos e/ou os pés quando sentado; não parar sentado por muito tempo; pular, correr excessivamente em situações inadequadas, ou ter uma sensação interna de inquietude (ter “bicho-carpinteiro por dentro”); ser muito barulhento para jogar ou divertir-se; ser muito agitado (“ a mil por hora” , “ou um foguete”); falar demais; responder às perguntas antes de terem sido terminadas; ter dificuldade de esperar a vez; intrometer-se em conversas ou jogos dos outros.(ROHDE E BENCZIK,1999 p.40)
É fundamental que os professores estejam atentos aos sintomas, o papel do professor durante o processo de diagnóstico é importantíssimo, tendo em vista que a criança, em geral, passa a maior parte do tempo na escola.
“Na maior parte das vezes é apenas na escola que a criança terá contato com conteúdo sistematizados e ricos, distintos daqueles de seu cotidiano fora da instituição escolar. Essas atividades e conteúdos escolares lhe proporcionarão apropriações a que, dificilmente, teria acesso em casa ou em outros lugares, ao menos não com a mesma complexidade e, portanto, como vimos até aqui, que não impulsionarão o desenvolvimento de suas funções psicológicas superiores, cada vez mais próximas daquilo que há de mais elaborado no gênero humano. O educador tem a tarefa de organizar as mediações entre adultos e criança, para que funções como a linguagem ou autodomínio do comportamento possam ser controladas cada vez mais conscientemente por ela. (EIDT E FERRACIOLI, 2013, p.121)
Segundo ensino montessoriano o professor é mediador dos conhecimentos, ele tem que trabalhar em sala com materiais que incentivem a autonomia dos alunos, dessa forma, os alunos não precisam estar necessariamente no mesmo ritmo, assim, cada aluno trabalhará a proposta pedagógica com a sua própria responsabilidade e liberdade.
“A questão que se impõe aos professores ao preparar o ambiente são as necessidades de cada um, e não a idade ou a serie que se encontram. Conteúdos se transformam em instrumentos do aprender e do desenvolvimento cognitivo, e não objetivos em si mesmos” (LIMA, 2005, p. 72)
Tendo isso, podemos acreditar que uma forma de trabalhar com os alunos portadores de TDAH é o método montessoriano, já que o mesmo tende a sempre levar em consideração as particularidades de cada aluno, não ignorando os conhecimentos que os mesmos já dispõem, o método não acredita na teoria de que a criança é uma “tabula rasa”.
Maria Montessori fundadora do método montessoriano relata que todos tem capacidade de aprender e se desenvolver em ritmos diferentes.
Sem deixar de ressaltar a importância da parceria da escola e da família, como ressalta a autora Zilma de Moraes Ramos de Oliveira, quando diz que o cuidar e o educar são indissociáveis.
“A dimensão do cuidado, no seu caráter ético, é assim a orientada pela perspectiva de promoção da qualidade e sustentabilidade da vida e pelo princípio do direito e da proteção integral da criança. O cuidado, compreendido na sua dimensão necessariamente
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