O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade
Por: jackgbb • 3/1/2019 • Trabalho acadêmico • 5.768 Palavras (24 Páginas) • 182 Visualizações
Transtorno de Déficit de atenção/Hiperatividade
Jaqueline de Souza¹
RESUMO
O TDAH é considerado atualmente um dos transtornos infantis mais estudados e frequentes em idade escolar e este artigo têm o objetivo de explicar melhor este transtorno que atinge mais os meninos do que as meninas. Esse transtorno aparece por volta dos sete anos de idade e interfere na vida infantil além da escolar e o convívio social e familiar. Esse distúrbio é denominado por agitação, dificuldade de atenção e impulsividade, assim dificultando o aprendizado da criança hiperativa. O TDAH atinge 3 a 5% da população mundial. Crianças hiperativas têm inteligência normal ou acima do normal e são muito criativas. Conseguem pensar várias coisas ao mesmo tempo, mesmo que não presta muita atenção no diálogo ou em alguma tarefa. Prestam muita atenção no que mais gosta, perdendo horas fazendo o que lhe dá prazer. O TDAH é um tipo de personalidade que mantém o lúdico por toda a vida. A hiperatividade preocupa pais e professores, por isso é necessário que ambos se comuniquem para ajudar a criança, e assim encaminha - lá a um profissional para obter um tratamento adequado ajudando a criança em sua vida social e no seu desempenho escolar.
PALAVRA CHAVE: Agitação, dificuldade de atenção.
INTRODUÇÃO
Esse artigo tem por finalidade entender a criança com Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, que atualmente vem sendo estudado com frequência em crianças em idade escolar. É muito comum observar crianças hiperativas em sala de aula. Deparamos com uma criança hiperativa a cada três salas de aula.
Os portadores do TDAH são frequentemente rotulados de problemáticos, desmotivados, avoados, mal criados, indisciplinados, ou, até mesmo erradamente, pouco inteligentes. Eles ultrapassam a festiva barreira das travessuras engraçadinhas, deixam de ser adoráveis diabinhos e se transformam em um verdadeiro transtorno na vida dos pais e professores. Devido ao seu comportamento, as crianças com TDAH são evitadas e consideradas inconvenientes, por serem facilmente distraídas por estímulos irrelevantes, por interromper tarefas em andamento, impossibilitando a execução de tarefas diárias.
Foram realizadas pesquisas em livros, sites, revistas e uma pesquisa de campo, com a observação de uma menina hiperativa, por ser muito interessante, pois a hiperatividade é mais frequente em meninos do que em meninas.
A escola é sempre a primeira a detectar que o aluno está com dificuldade, é importante os professores estarem atentos a cada característica de cada aluno, pois o professor exerce um papel fundamental na formação de uma criança, cabe ao professor comunicar aos pais para o encaminhamento da criança a um profissional, para que uma leve dificuldade não se transforme num obstáculo para o desenvolvimento acadêmico e social de uma criança com TDAH.
Este artigo é divido em dois capítulos, no qual o primeiro explica melhor o que é o TDAH, de onde se origina comportamentos de uma criança hiperativa, o medicamento no caso de ter o diagnóstico da hiperatividade. Já no segundo capítulo aprofundamos em como lidar com essa criança hiperativa, na escola e em casa, dicas aos professores de como organizar a sala de aula, algo para prender a atenção dessa criança, e dicas também aos pais, e desta forma restabelecer a autoestima, a motivação e a reintegração deste aluno ao sistema educacional e social.
No decorrer artigo entenderemos melhor o que é este transtorno e os seus pontos principais.
1. O QUE É TDAH?
Segundo Goldstein e Goldstein (1998), o TDAH (Transtorno de déficit de Atenção/Hiperatividade) não se origina de um problema ambiental, como, lesões cerebrais, epilepsia, certos medicamentos, regime alimentar, algo na alimentação como corantes e conservantes, ou até mesmo algum problema hormonal, algum problema com a iluminação, etc, e raramente pode estar relacionado a traumas no sistema nervoso ou da relação familiar, provavelmente se transmite de forma genética se dá através de um desequilíbrio das substâncias químicas do cérebro ou neurotransmissores que regulam a conduta. Trata-se de um transtorno neurobiológico, que aparece na infância e acompanha o indivíduo por toda a sua vida. A hereditariedade é uma das causas da hiperatividade. Foi comprovado que uma criança hiperativa tem mais probabilidade de possuir parentes com o mesmo problema, além do mais tabagismo e o álcool aumentam os riscos sendo ingeridos durante a gravidez, pois podem causar alterações em algumas partes do cérebro da criança, a exposição ao chumbo, há evidências que altos níveis de chumbo em crianças pequenas podem estar associados com maior risco de TDAH, funciona como um irritante no cérebro assim prejudicando-o.
O TDAH (Transtorno de déficit de atenção/Hiperatividade), atinge 3% a 5% das crianças com idade escolar, mais especificamente antes dos 7 anos de idade, sendo que é mais frequente em meninos do que em meninas. Goldstein e Goldstein (1998), ainda completa que as meninas hiperativas têm mais problemas de humor e emoção e menos problemas de agressão que os meninos hiperativos. Portadores do TDAH manifestam disfunções nas áreas de: atividade e coordenação motora; atenção e função cognitiva; e relações interpessoais.
Segundo Rohde e Benczick (1999), o Transtorno de déficit de atenção/Hiperatividade é um problema de saúde mental que tem como características, a agitação, dificuldade de atenção e a impulsividade, levando assim dificuldades emocionais, no relacionamento, e também um mau desempenho escolar, podendo assim ser acompanhado de outros problemas de saúde mental. Alguns portadores do TDAH apresentam sintomas graves decorrentes de problemas emocionais.
Segundo Mattos (2005), a hiperatividade pode sofrer comorbidade, (junção de uma ou mais doenças acontecendo em um mesmo paciente), com outras dificuldades, assim agravando mais o quadro, como a Dislexia que se caracteriza por uma dificuldade na área da leitura, escrita e soletração; a Discalculia que é definido como uma desordem neurológica específica que afeta a habilidade de uma pessoa de compreender e manipular números.; a Disortográfica que é a dificuldade do aprendizado e do desenvolvimento da habilidade da linguagem escrita expressiva e a Disfasia que é uma perturbação da linguagem, associada a uma lesão cerebral, que consiste na má coordenação das palavras.
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