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O USO DAS TICS E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES A PARTIR DA PERSPECTIVA DE PIERRE BOURDIEU

Por:   •  30/5/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.675 Palavras (7 Páginas)  •  176 Visualizações

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PINDAMONHANGABA

2021

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INTRODUÇÃO

          O presente trabalho propõe abordar a temática “O Uso Das Tics e a Formação de Professores a Partir da Perspectiva De Pierre Bourdieu”. A inovação tecnológica, está presente no cotidiano de alunos e professores atualmente e está proporcionando o uso de modernos recurso didáticos na escola, promovendo melhorias no processo de ensino e aprendizagem.  De maneira geral os avanços tecnológicos representam às organizações sociais mudanças em sua dinâmica. Esse reorganizar traduz-se em forças que reagem de maneira involuntária do individual para o coletivo social, que podem gerar desenvolvimento, retrocesso, conflitos e/ou melhorias. (ELIAS, 1994a; 1994b; 2006).

Sendo assim, trabalhar esse assunto e discutir a sua relevância no contexto escolar, poderá contribuir para ampliação da nossa capacidade, através do uso das ferramentas tecnológicas na educação. Neste sentido deve ser vista sob a ótica de uma nova metodologia de ensino, possibilitando a interação digital dos educandos com os conteúdos, isto é, o aluno passa a interagir com diversas ferramentas que o possibilitam a utilizar os seus esquemas mentais a partir do uso racional e mediado da informação.

A tecnologia possibilitou a criação de ferramentas que podem ser utilizadas pelos professores, o que permite maior disponibilidade de informação e recursos para o educando, tornando o processo educativo mais dinâmico, eficiente e inovador.

Se faz importante também, focar na formação do docente para a utilização de tais tecnologias. É preciso capacitar o professor para que ele possa vivenciar situações em que o uso das tecnologias seja efetivo e não apenas aprender como utilizar algum equipamento, como exemplo o computador, talvez o equipamento mais encontrado nas escolas, um aparelho de fácil acesso e bem aceito pelos alunos, que se utilizado sem planejamento pedagógico é apenas mais um meio para a manutenção/reprodução do sistema tradicional de ensino (BELUCE; INÁCIO; OLIVEIRA, 2018).

A partir disso, precisamos reconhecer a importância das inovações tecnológicas no contexto educacional e na utilização das ferramentas tecnológicas na forma de recursos didáticos na sala de aula, favorecendo o processo de ensino aprendizagem nos diversos setores da educação, possibilitando para alunos e professores, uma nova forma de ensinar e aprender, integrando valores e competências nas atividades educacionais.

DESENVOLVIMENTO:

De que forma as TICs podem ser utilizadas no processo de ensino e aprendizagem?

 No atual cenário educacional que vivemos, se faz necessário, que as instituições de ensino buscam se adequar para atender as demandas da sociedade contemporânea, pois, compreende-se que as TICs assumiram uma função importante em termos de instrumento pedagógico, proporcionam novas formas de reprodução do conhecimento no ambiente escolar.

Portando, precisa ser utilizada com planejamento, para evitar desperdícios de tempo e recursos financeiros. Em meio à complexidade do aprender é importante a busca de novas metodologias de ensino, e o seu uso traz possibilidades que geram maneiras diferentes de se ensinar. É preciso, verificar quais são as TICs mais utilizadas, conhecer o que os professores vivenciam na prática, refletir quanto ao uso efetivo da tecnologia na educação e por fim, realizar a formação dos professores quanto à utilização das TICs.

 Como é possível pensar a estruturação da BNCC a partir da perspectiva teórica de Pierre Bourdiue?

 Para Bourdiue, a escola é um espaço de reprodução de estruturas sociais e de transferência de capitais de uma geração para outra. É nela que o legado econômico da família se transforma em capital cultural. E este, segundo o sociólogo, está relacionado ao desempenho dos alunos na sala de aula. Eles tendem a ser julgados pela quantidade e pela qualidade do conhecimento que já trazem de casa, assim como por várias heranças, como a postura corporal e a habilidade de falar em público. A escola costuma considerar essas características como naturais nos alunos das classes mais altas, assim como costuma ver nas crianças menos privilegiadas economicamente um desafio e os próprios estudantes mais pobres acabam encarando a trajetória dos bem-sucedidos como resultante de um esforço recompensado. Nesse contexto, a avaliação escolar funciona como um julgamento moral e estético, além de exercer uma triagem social. Uma amostra dos mecanismos de reprodução de desigualdade está no fato, facilmente verificável, de que a frustração com o fracasso escolar leva muitos alunos e suas famílias a investir menos esforços no aprendizado formal, desenhando um círculo que se auto alimenta. Ao mesmo tempo, quanto maior o acesso a um certo grau de ensino, menos ele é valorizado como capital cultural.

Por esse motivo se faz necessário estruturar a BNCC com maior foco nos alunos menos favorecidos, de modo que possamos adequar quais são as aprendizagens essenciais a serem trabalhadas nas escolas, trazendo também as “TIcs” como foco, afim de garantir o direito à aprendizagem e o desenvolvimento pleno de todos os estudantes, para a promoção da igualdade no sistema educacional, colaborando para a formação integral e para a construção de uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva.

Como o conceito de Violência Simbólica e Capital Cultural podem ser percebidos na estruturação do currículo e do sistema escolar?

A violência simbólica, levam os estudantes a evasão escolar, pois os alunos sofrem por não possuírem o capital cultural imposto pela Instituição, surgindo assim às dificuldades de aprendizagem. A violência simbólica foi percebida na relação entre os estudantes e também na relação do professor com o estudante, pois acabam impondo conteúdo, crenças, comportamento e uma cultura, podendo ser até uma seleção de assuntos arbitrários, que nem sempre suprem a necessidade atual do mercado e nem formam cidadãos críticos, criativos e autônomos. Após a apropriação dos conceitos de Bourdieu, fica a dúvida se os Institutos Federais conseguem reduzir as desigualdades sociais no Brasil ou se continuam as reproduzindo.

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