OFERTA PEDAGÓGICA PARA EJA
Projeto de pesquisa: OFERTA PEDAGÓGICA PARA EJA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: eraldoagente • 8/9/2014 • Projeto de pesquisa • 5.035 Palavras (21 Páginas) • 230 Visualizações
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO------------------------------------------------------------------- 00
AS CONTRIBUIÇÕES DE PAULO FREIRE-------------------------------- 01
PROPOSTA PEDAGÓGICA PARA EJA----------------------------------- 02
QUALIDADE DE INTERVENÇÃO DO FORMADOR EM------- ATUAÇÃO NA EJA-------------------------------------------------------------- 03
OBJETIVOS E PROPOSTAS PARRA EJA-------------------------------- 04
QUAL A CONTRIBUIÇÃO DA PEDAGOGIA DE PAULO FREIRE PARA A EDUCAÇÃO TEXTO CRÍTICO-REFLEXIVO-------------- 05
QUAL A CONTRIBUIÇÃO DA PEDAGOGIA DE PAULO FREIRE PARA A EDUCAÇÃO EJA? -------------------------------------------------- 06
PROPOSTA PEDAGÓGICA PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E OS SEUS OBJETIVOS. --------------------------------------- 07
PLANO DE AULA CIDADANIA E QUALIDADE DE VIDA--------- 08
CONSIDERAÇÕES FINAIS-------------------------------------------------- 09
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS--------------------------------------- 10
INTRODUÇÃO
Um dos pontos de partida para essa investigação foi a regulamentação da Educação de Jovens e Adultos – EJA – no Brasil. Na última década, os sistemas e as redes de ensino foram chamadas à responsabilidade de implantar a modalidade e os estabelecimentos educacionais passaram a organizar suas propostas educativas supostamente voltadas ao atendimento das necessidades básicas de aprendizagens dos jovens e adultos. Uma afirmação recorrente nos documentos publicados pelos sistemas educacionais, nas propostas pedagógicas e nos projetos elaborados pelas escolas é “conhecemos os sujeitos educandos para os quais destinamos nosso fazer pedagógico”. Este trabalho buscará descrever e analisar, por meio de observações, análise documental e entrevistas, se os/as educandos/as são, de fato, reconhecidos nas propostas pedagógicas de estabelecimentos de EJA, localizados em municípios da Região Metropolitana Belo Horizonte – RMBH. A escolha das escolas não foi aleatória: o primeiro critério foi a diversidade de atendimentos. Dessa forma, procuramos selecionar estabelecimentos que possuíssem propostas diferentes. Assim, escolhemos uma unidade educativa da Rede Municipal de Ensino de Belo Horizonte – RMEBH, cujo funcionamento se assentava nos pressupostos do Parecer nº 93/2002, do Conselho Municipal de Belo Horizonte – CMEBH, ou seja, ciclo de aprendizagem, sem a segmentação do Ensino Fundamental;
Trabalhos por temáticas que contemplem as dimensões da vida adulta. A segunda escola pertence à Rede Estadual de Educação de Minas Gerais – REEMG, estrutura-se a partir dos princípios do Centro Estadual de Educação Continuada – CESEC. Organizada por módulos disciplinares, essa proposta possibilita a progressão dos estudos dos/as educandos/as mediante “eliminação de disciplinas”, por meio de provas objetivas. A terceira instituição pertence ao Sistema da Federação das Indústrias de Minas Gerais FIEMG. Nessa, a certificação da Educação Básica pode ser obtida de duas formas: uma pela avaliação no processo e outra por meio do “exame de massa”. O trabalho é organizado a partir da metodologia do Telecurso, elaborado pela Fundação Roberto Marinho. A fim de construir uma pesquisa qualitativa e relacional, foram selecionados treze atores1, quatro educandas, três educandos, três educadoras e três educadores, escolhidos em função de suas participações nos contextos sociais das práticas escolares e por terem participado, de alguma forma, da construção da proposta da escola. Tal critério justificou a escolha de uma coordenadora, uma supervisora, dois professores e dois orientadores de aprendizagem dos estabelecimentos educativos. Este trabalho, além dessa Introdução e das Considerações Finais contém quatro capítulos. No primeiro capítulo, apresentamos minha inserção na área da Educação de Jovens e Adultos, bem como uma visão panorâmica dessa modalidade educativa. Além disso, descrevemos nosso percurso metodológico. Um enfoque cientificista colocaria em xeque qualquer objeto de pesquisa que se relaciona, de alguma forma, com o sujeito. Isso seria suficiente para refutar o trabalho que ora apresentamos, já que se trata de uma Pesquisa em que o pesquisador possui uma relação orgânica com o objeto que está sendo investigado. No entanto, pensamos como Santos (2006). O autor classifica as abordagens cientificistas de três formas, a saber: razão indolente, razão metonímica e razão proléptica. O que caracteriza esse tipo de ciência é, nas palavras do autor, a
distinção entre sujeito e objeto e natureza e sociedade ou cultura; redução da complexidade do mundo a leis simples e susceptíveis de formulação matemática e da verdade como representação transparente da realidade; uma separação absoluta entre conhecimento científico – considerado o único válido e rigoroso – e outras formas de conhecimentos como o senso comum ou estudos humanísticos; privilegiamento da causalidade funcional, hostil à investigação das “causas últimas”, consideradas metafísicas, e centrada na manipulação e transformação da realidade estudada pela ciência (SANTOS, 2006, p.25).
AS CONTRIBUIÇÕES DE PAULO FREIRE
Segundo estudos realizados por Gerhardt (2006) e elucidados em seu trabalho intitulado Uma voz Européia: arqueologia de um pensamento, Paulo Freire nasceu no Recife, na mais pobre área dessa grande nação latino-americana. Embora criado em uma família de classe média, interessou-se pela educação dos oprimidos de sua região. Formou-se em Direito e desenvolveu um "sistema" de ensino para todos os níveis da educação. Foi encarcerado duas vezes em seu país e tornou-se famoso no exterior. Hoje, Paulo Freire é considerado o mais conhecido educador de nosso tempo.
Paulo Freire dá início a trabalhos com iniciativas populares, quando decide organizar, juntamente com paróquias católicas, projetos que abrangem desde o jardim de infância até à educação de adultos, objetivando o desenvolvimento do currículo e a
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