ORGANIZAÇÃO E GESTÃO EDUCACIONAL
Por: Nícolas Kasprzak • 5/12/2018 • Dissertação • 1.070 Palavras (5 Páginas) • 191 Visualizações
Gestão e organização do trabalho escolar: novos tempos e espaços de aprendizagem.
A escola vem sofrendo transformações: econômicas, políticas, culturais... A realidade do público que freqüenta a escola é bastante complexa. Então como dirigir, coordenar e organizar o trabalho levando em consideração toda essa realidade? E para os professores como é interagir com isso tudo?
Novo público escolar: Defasagem ou Diversidade Cultural
Hoje a maioria das crianças está na escola, mas repetem o ano, evadem ou tem dificuldade na aprendizagem. Muitos professores não sabem como lidar com esse público e os rotulam, porém outros buscam inovar e modificar sua prática.
É papel da direção levar a escola a refletir sobre esses alunos, levar a perceber que são cidadãos, seres humanos, são diferentes, mas não inferiores. Devemos ao educar estes alunos, partir da sua experiência cultural, valorizar o que eles sabem levar em conta a realidade em que vivem, dialogar com os mesmos.
Não devemos falar de cultura, mas de culturas. E se há diferentes culturas, o reconhecimento, a valorização e o respeito devem fazer parte do cotidiano escolar.
Cotidiano do trabalho pedagógico – Os professores enquanto sujeitos do saber e do conhecimento.
O professor precisa incorporar a necessidade de mudança a sua prática docente, valorizar os cursos de atualização, oficinas, palestras... O fio condutor do trabalho docente é o saber vindo da prática de trabalho, o saber não deve basear-se em medidas burocráticas, mas sim vinculadas ao dia-a-dia do trabalho pedagógico, levando ao cotidiano de seu principal objetivo: os alunos.
Levar em conta os saberes docentes, a sua experiência, inseri-los na gestão político-pedagógica da escola é essencial para uma organização mais rica do trabalho escolar.
Novos tempos e espaços escolares.
Temos hoje como principal educação a educação seriada, centrada nos conteúdos dados em uma seqüência, conteúdos estes que já estão prontos e preparados em livros didáticos. Mas esta educação não é tão condizente com um processo de humanização, é humilhante e desgastante para o aluno.
Segundo Ribeiro, é preciso ousar outras formas de organização do trabalho escolar, observando-se os ciclos de vida dos alunos, os ciclos se centram no sujeito, na sua formação por inteiro, é mais compatível com uma educação capaz de valorizar e
incorporar outros espaços e tempos de aprendizagem, portanto, de dialogar com outros saberes além dos saberes sistematizados.
Exige persistência, reflexão dos sujeitos escolares para o sucesso da implantação desse novo movimento. Cabendo aos gestores, a capacidade de criação de espaços e climas de reflexão e experimentação.
Gestão da sala de aula: o “manejo de classe” com nova roupagem?
A sala de aula é vista como um espaço delimitado dentro do espaço escolar, mas vamos considerar como sala de aula, todo espaço que se possa entender como educativo, ode se processe ensino e aprendizagem, supervisionados por um professor., onde esteja estabelecida a relação professor-aluno.
Do “manejo de classe”...
O manejo de classe é a supervisão e o controle efetivo que o professor exerce sobre uma classe de alunos., o manejo de classe é introduzido juntamente com o controle da disciplina, visava assegurar as condições necessárias e indispensáveis para o trabalho escolar eficiente.
Para Mattos, em vez de controle autocrático dos professores, policiando e repreendendo os alunos, procura-se desenvolver o controle democrático, onde professores e alunos participam ativamente. É o manejo educativo por excelência.
Então a maior finalidade da educação é autonomia, cabendo a escola conduzir os educandos, gradativa e progressivamente ao caminho da saudável democracia. O professor seria um mediador, baseado em atividade, interesse e esforço, ou seja, aprender fazendo.
... Á gestão da sala de aula.
No seio das escolas poderia ser plantado o germe da transformação: de uma sociedade liberal para uma socialista. O estado estaria tentando se eximir de sua responsabilidade com a educação, colocando na democracia toda essa responsabilidade.
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