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OS AVANÇOS E DESAFIOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Por:   •  29/8/2021  •  Seminário  •  1.603 Palavras (7 Páginas)  •  196 Visualizações

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AVANÇOS E DESAFIOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

CARAGUATATUBA

2020

OBJETIVOS

Objetivo geral: adquirir e incentivar a produção de conhecimento na área da educação especial e inclusiva, elucidando os avanços e desafios presentes em nosso país.

Objetivos específicos: argumentar sobre a democratização dos ambientes escolares para atendimento dos alunos de educação inclusiva; expandir os conhecimentos com ênfase na inclusão; impulsionar a formação de profissionais e políticas públicas que atendam a área da educação especial com foco na inclusão; aprofundar os estudos para melhoria do desempenho na área atuante; conhecer práticas pedagógicas mais igualitárias.

INTRODUÇÃO

A educação inclusiva cresceu a partir da crença de que a educação é um direito humano básico e que fornece a base para uma sociedade mais justa. As iniciativas de educação inclusiva geralmente têm um foco particular nos grupos que, no passado, foram excluídos das oportunidades educacionais. Todos os alunos têm direito à educação, independentemente de suas características ou dificuldades individuais. Ou seja, todos os alunos que frequentam e são acolhidos pelas escolas em classes regulares apropriadas à idade são incentivados a aprender, contribuir e participar de todos os aspectos da vida escolar. Outro aspecto fundamental, é a forma como desenvolvemos e projetamos nossas escolas, salas de aula, programas e atividades para que todos os alunos aprendam e participem juntos (NASSIF, 2013).

A educação inclusiva é garantir o acesso a uma educação de qualidade para todos os alunos, atendendo efetivamente às diversas necessidades de uma maneira que seja receptiva, respeitosa e solidária. Os alunos participam do programa educacional em um ambiente de aprendizado comum, com apoio para diminuir e remover os obstáculos que podem levar à exclusão (SANTANA, 2010).

De acordo com Camargo (2017), a educação inclusiva é realizada em um ambiente de aprendizado comum. Isto é, um ambiente educacional em que estudantes de diferentes origens e com diferentes habilidades aprendem juntos em um ambiente inclusivo. Os ambientes comuns de aprendizado são usados ​​na maioria das horas regulares de instrução dos alunos e podem incluir salas de aula, bibliotecas, academia, teatros, salas de música, parques e a comunidade local. Um ambiente comum de aprendizado não é um local em que os alunos com deficiência intelectual ou outras necessidades especiais aprendem isoladamente com seus colegas.

O presente estudo tem como base uma vasta bibliografia e pretende apresentar o cenário atual da educação inclusiva no país, com todo o progresso alcançado e melhorias que precisam ser definidas.

DESENVOLVIMENTO

Após um longo período de exclusão, a oferta no cenário atual da educação inclusiva no Brasil hoje é uma realidade. Crianças que vivem na pobreza, minorias étnicas e linguísticas, crianças de áreas remotas e crianças com deficiência ou outras necessidades educacionais especiais estão inseridas neste meio (REBELO; KASSAR, 2018).

Nos últimos anos, houve uma mobilização internacional a respeito da escolarização de pessoas com deficiência, alcançando uma grande visibilidade entre políticas sociais acerca do assunto. O período que abrange 2008 até os dias atuais foram de suma importância para a evolução deste processo, graças a adequação de políticas públicas que admitiram a inclusão escolar como uma das diretrizes educacionais (BAPTISTA, 2019).

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O gráfico representa a quantidade de matrículas de alunos público-alvo da educação especial na educação básica. Houve um grande aumento de alunos da educação especial matriculados na escola regular a partir de 2008, números que ainda crescem atualmente, diminuindo a necessidade de escolas especiais, considerando que estes alunos já estão inseridos na rede de ensino. Sendo assim, uma das metas vêm sendo alcançada.

Segundo Márcio (2019), foi a Convenção da ONU acerca dos direitos das Pessoas com Deficiência, no ano de 2006, que foi primordial para os avanços alcançados aqui no Brasil em prol da educação mais inclusiva, mesmo com a constituição brasileira já abordando suas bases para desenvolvimento desde 1988. A partir de 2008 a legislação do Brasil incorporou estas diretrizes da ONU:

- A não exclusão de crianças com deficiência do ensino primário gratuito e compulsório ou do ensino secundário;

- Adaptações razoáveis de acordo com as necessidades individuais;

- Medidas de apoio individualizadas.

Foi criado também o Atendimento Educacional Especializado (AEE), que visa assegurar a inclusão em todos os níveis do sistema educacional, sem diferenciação e baseado em oportunidades igualitárias. O AEE oferece atividades e recursos complementares aos alunos portadores de deficiências, TEA, superdotados, entre outros (MÁRCIO, 2019).

O Plano Nacional de Educação (PNE), de 2014, e a Lei Brasileira de Inclusão, de 2015 foram outras conquistas realizadas durante esse período. Porém, a educação inclusiva no Brasil se encontra em uma situação que não é totalmente positiva. Apesar dos benefícios, ainda existem muitas barreiras à implementação da educação inclusiva (ARTALINO, 2018).

De acordo com Nassif (2013), as normas sociais geralmente são uma grande barreira à inclusão. Atitudes antigas são difíceis de serem esquecidas e muitas ainda resistem à acomodação de alunos com deficiências e problemas de aprendizagem, bem como de culturas minoritárias. Preconceitos contra pessoas com diferenças podem levar à discriminação, o que inibe o processo educacional.

Na opinião de Rebelo e Kassar (2018), os sistemas escolares economicamente carentes, especialmente nas áreas rurais, os edifícios que não se encontram em bom estado podem restringir a acessibilidade. Algumas dessas instalações não são seguras ou saudáveis ​​para nenhum aluno. Muitas escolas não têm instalações para acomodar adequadamente alunos com necessidades especiais. Isso pode criar uma barreira para alguns alunos simplesmente entrarem no prédio da escola ou na sala de aula.

Um currículo rígido que não permita experimentação ou o uso de diferentes métodos de ensino pode ser uma enorme barreira à inclusão. Os planos de estudo que não reconhecem diferentes estilos de aprendizado dificultam a experiência da escola para todos os alunos, mesmo aqueles que não são tradicionalmente reconhecidos como tendo problemas físicos ou mentais (BAPTISTA, 2019).

Professores que não são treinados para trabalhar com alunos que possuem habilidades diferentes são uma desvantagem para a inclusão bem-sucedida. O treinamento geralmente fica aquém da eficácia real e os instrutores que já estão sobrecarregados com grandes cargas de trabalho podem se abster dos deveres adicionais de apresentar abordagens diferentes para as mesmas lições (ARTALINO, 2018).

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