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OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA SOCIEDADE MODERNA

Por:   •  26/6/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.224 Palavras (5 Páginas)  •  308 Visualizações

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OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA SOCIEDADE MODERNA

Thayane da Silva Nascimento Bittencourt

RESUMO

A questão da inclusão de pessoas portadoras de necessidades especiais em todos os recursos da sociedade ainda é um tabu a ser quebrado no Brasil. Movimentos nacionais têm buscado um consenso para formatar uma política de inclusão de pessoas portadoras de deficiência na escola regular.

Passos fundamentais devem ser dados para mudar o quadro de marginalização dessas pessoas, como: alteração da visão social; inclusão escolar; acatamento à legislação vigente; maiores verbas para programas sociais; uso da mídia, da cibercultura e de novas tecnologias.

Cabe a todos os integrantes da sociedade lutar para que a inclusão social dessas pessoas seja uma realidade prática e não teórica.

Palavras-chave: deficiência e exclusão social; educação e economia; política educacional; escola; família.

INTRODUÇÃO

Hoje, no Brasil, milhares de pessoas com algum tipo de deficiência estão sendo discriminadas nas comunidades em que vivem ou sendo excluídas do mercado de trabalho. O processo de exclusão social de pessoas com deficiência ou alguma necessidade especial é tão antigo quanto a socialização do homem.

A estrutura das sociedades, desde os seus primórdios, sempre inabilitou os portadores de deficiência, marginalizando-os e privando-os de liberdade. Essas pessoas, sem respeito, sem atendimento, sem direitos, sempre foram alvo de atitudes preconceituosas e ações impiedosas.

A literatura clássica e a história do homem refletem esse pensar discriminatório, pois é mais fácil prestar atenção aos impedimentos e às aparências do que aos potenciais e capacidades de tais pessoas.

Nos últimos anos, ações isoladas de educadores e de pais têm promovido e implementado a inclusão, nas escolas, de pessoas com algum tipo de deficiência ou necessidade especial, visando resgatar o respeito humano e a dignidade, no sentido de possibilitar o pleno desenvolvimento e o acesso a todos os recursos da sociedade por parte desse segmento.

O nascimento de um bebê com deficiência ou o aparecimento de qualquer necessidade especial em algum membro da família altera consideravelmente a rotina no lar. Os pais logo se perguntam: por quê? De quem é a culpa? Como agirei daqui para frente? Como será o futuro de meu filho?

O imaginário, então, toma conta das atitudes desses pais ou responsáveis e a dinâmica familiar fica fragilizada. Imediatamente instalam-se a insegurança, o complexo de culpa, o medo do futuro, a rejeição e a revolta, uma vez que esses pais percebem que, a partir da deficiência instalada, terão um longo e tortuoso caminho de combate à discriminação e ao isolamento.

A falta de conhecimento da sociedade, em geral, faz com que a deficiência seja considerada uma doença crônica, um peso ou um problema. O estigma da deficiência é grave, transformando as pessoas cegas, surdas e com deficiências mentais ou físicas em seres incapazes, indefesos, sem direitos, sempre deixados para o segundo lugar na ordem das coisas. É necessário muito esforço para superar este estigma.

Essa situação se intensifica junto aos mais carentes, pois a falta de recursos econômicos diminui as chances de um atendimento de qualidade. Tem-se aí um agravante: o potencial e as habilidades dessas pessoas são pouco valorizados nas suas comunidades de origem, que, obviamente, possuem pouco esclarecimento a respeito das deficiências. Onde estão as causas da exclusão dessas pessoas no Brasil?

No plano de governo, o que se vê são programas, propostas, projetos, leis e decretos com lindas e sonoras siglas, que ficam, na maioria das vezes, só no papel. Programas similares e simultâneos são lançados em duas ou três pastas, sem que haja integração de objetivos e metas entre eles.

Essas ações não são permanentes, pois a cada mudança de governo são interrompidas, esvaziadas, perdendo a continuidade e a abrangência, sendo que outras aparecem em seus lugares para "fixar" a plataforma de quem está no poder. E com isso, não saímos do lugar.

Quando se trata em escola, nos deparamos com mais uma barreira. Com a inclusão desses alunos com necessidades especiais ao sistema regular de ensino, Plaisance (2006) denomina um moralismo abstrato, que invoca o direito a inclusão sob a ótica da boa vontade e dos bons sentimentos, obstaculizando a efetivação de práticas educacionais inclusivas. Este autor questiona o apelo sentimental associado ao slogan da inclusão. O risco que se corre é consequente ampliação das exclusões dentro dos sistemas de ensino, pois os alunos ditos especiais, embora incluídos fisicamente ficariam excluídos das atividades rotineiras que os professores despreparados não saberiam como concretizar.  

CONCLUSÃO

A inclusão é um movimento de luta das pessoas com deficiências e seus familiares na busca dos seus direitos por um lugar na sociedade. É preciso fazer algo para que a inclusão realmente aconteça de forma efetiva. É necessário identificar o problema e buscar soluções.

Soluções essas que não  sirvam apenas como paleativo, mas como um tratamento eficaz na raiz da enfermidade que tornou-se a questão inclusiva no país. É importante frisar que o contexto deve ser favorável para que haja a construção de uma ideologia inclusiva em todos os âmbitos da sociedade, pois um ambiente amoroso e estimulante, intervenção precoce e esforços integrados de educação irão sempre influenciar positivamente o desenvolvimento de crianças ou adultos com dificuldade nesse processo.

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