OS JOGOS E BRINCADEIRA COMO FERRAMENTA NO DESENVOLVIMENTO DA APRENDIZAGEM
Por: lena009 • 30/3/2020 • Tese • 4.406 Palavras (18 Páginas) • 276 Visualizações
OS JOGOS E BRINCADEIRA COMO FERRAMENTA NO DESENVOLVIMENTO DA APRENDIZAGEM.
Roziane Batista de Meneses
RESUMO
O presente trabalho tem por objetivo principal é fazer uma análise sobre a importância dos jogos e brincadeiras como ferramentas que contribuam para a apreensão de conhecimento no processo de aprendizagem dos escolares, tanto da Educação Infantil, quanto das Séries Iniciais. Assim, a problemática em questão diz respeito à influência das brincadeiras e jogos no desenvolvimento da aprendizagem. A escolha do tema está articulada à necessidade de possibilitar vivências variadas que envolvam as brincadeiras e os jogos no processo de ensino e aprendizagem. esse sentido, utilizar jogos e brincadeiras como um recurso escolar proporciona meios facilitadores para a aprendizagem, aproveitando uma motivação própria das crianças para torná-la mais atraente e significativa. Este artigo está fundamentado em vários autores entre os quais destacamos Kishimoto, Vygotski, Scheffler & Lisboa e Jean Piaget. Este estudo foi realizado com base em pesquisa bibliográfica e trata do uso das brincadeiras e jogos nas atividades escolares para melhoria do efetivo desenvolvimento cognitivo das crianças e do processo de ensino-aprendizagem.
Palavras-chave: Jogo, brincadeira, aprendizagem.
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho aborda o seguinte tema: brincando também se aprende. A partir de então, delimitou-se o tema para jogos e brincadeiras na construção do processo de ensino e aprendizagem na educação.
Tem-se como objetivo geral a análise da importância que têm os jogos e brincadeiras no processo de ensino e aprendizagem e assim, trataremos neste trabalho o quanto se pode tornar o ensino mais significativo e alegre para as crianças através de jogos e brincadeiras.
Justifica-se a pesquisa deste tema ao fato de que os jogos e brincadeiras fazem parte da vida da criança. Ao incluir o jogo e a brincadeira no campo educacional tem-se como pressuposto o favorecimento do desenvolvimento da criança enquanto indivíduo e na construção do seu conhecimento.
Brincar e jogar são coisas simples na vida das crianças e a escola não pode negar isso. Através das brincadeiras, os alunos são desafiados constantemente por problemas que lhes são significativos e, assim, são estimulados a pensar logicamente, confrontar seu ponto de vista com o dos colegas, desenvolverem estratégias para conseguir atingir seus objetivos, imaginar o que o outro está pensando e trocar opiniões.
É importante que se tenha a clareza de saber que articular os jogos e as brincadeiras como ferramentas de contribuição para o desenvolvimento intelectual da criança é permitir um aprendizado significativo, e isso auxilia no processo de aquisição de conhecimento do individuo a partir de recursos proporcionados pelo jogo.
Para Santos (1997) brincar é a forma mais perfeita para perceber a criança e estimular o que ela precisa aprender e se desenvolver. A dificuldade de assimilação dos conteúdos por parte dos alunos causa problemas no processo de ensino aprendizagem, sendo uma das principais preocupações dos docentes. Uma das estratégias encontradas para auxiliar a metodologia didática é utilizar o jogo e a brincadeira para tornar as aulas mais lúdicas e produtivas, facilitando o aprendizado das crianças. Em geral, as próprias crianças supervisionam e desenvolvem sua autonomia ao resolver problemas e buscar soluções para os conflitos que, eventualmente, surgem no grupo.
A seguir, apresentam-se as considerações finais.
2 A LUDICIDADE NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL
As experiências lúdicas de uma criança, desde bebê, vão lhe sofisticando as representações do universo social. Pelo brinquedo acontecem as adaptações, os acertos e erros, as descobertas, as soluções de problemas e as tomadas de decisão que vão torná-lo um sujeito autônomo.
Os jogos e as brincadeiras devem ser vistos como meios propícios à construção do conhecimento, porque promovem-no partindo da ludicidade e da alegria.
A brincadeira infantil é capaz de promover o desenvolvimento intelectual do aluno. Sobre isso, disserta Ribeiro, ET AL (2004):
[...] jogos e brincadeiras devem estar presentes na escola e o professor pode utilizá-los em todas as disciplinas, com atividades práticas. No entanto, o uso do lúdico no ensino infantil deve estar inserido numa proposta pedagógica significativa e contextualizada, pois o ensino nas nossas escolas não pode limitar-se apenas a transmitir ao aluno determinados conhecimentos, a formar um mínimo de aptidões e de hábitos, e sim desenvolver a capacidade de analisar fenômenos da realidade, raciocinando com autonomia. O brinquedo, em si, é só um objeto, mas o importante é o que ele pode proporcionar: a capacidade de criar diferentes situações para o desenvolvimento motor, cultural, político e social.
O professor deve pensar do uso dos brinquedos, das brincadeiras e dos jogos como ferramentas agregadoras ao seu trabalho de educar. As situações criadas a partir das brincadeiras, quando propostas pedagógicas coerentes, proporcionam o movimento de apreender, ou seja, de recolher para si o conhecimento.
Quando uma criança está jogando o faz pelo prazer, diversão, e, por meio destas, emerge a aprendizagem. É na infância que as crianças mais brincam. É através das brincadeiras que elas se realizam, que expressam seus sentimentos e desejos, e que começam a internalizar as intencionalidades e as regras: o que lhes é permitido e o que não é. Essa aprendizagem se dá também partindo da interação da criança com o outro.
Para Bruini,
Nos jogos, a criança começa a estabelecer e entender regras constituídas por si e/ ou pelo grupo. Desse modo, estará elaborando e resolvendo conflitos e hipóteses de conhecimento e, ao mesmo tempo, desenvolvendo a capacidade de entender pontos de vista diferentes do seu ou de fazer-se entender e de coordenar o seu ponto de vista com o do outro. (BRUINI, 2013).
Sobre a utilização dos brinquedos em atividades pedagógicas, é importante que se tenha em mente que o brinquedo não deve ser visto apenas como um objeto que a criança usa para brincar. O professor deve entender que o brinquedo possibilita que a criança se transporte para um mundo imaginário, funcionando como um suporte para as brincadeiras e, segundo a proposição pedagógica do professor, poderá significar a compreensão de determinados conteúdos. O uso do brinquedo como suporte para a brincadeira é tradado por Vygotsk (1991, p. 92), que destaca ainda a relação do brinquedo com o desenvolvimento da linguagem.
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